Medidas práticas para inserir na rotina de gestão
1. Tenha um propósito
Segundo Rocha, as empresas devem ter propósito no que fazem. Uma condição onde a missão e visão da companhia são bem definidas para que o gestor possa direcionar melhor as suas ações.
Assim, entende-se que as preocupações em relação à falta de clientes como um fator de dificuldade no primeiro ano de uma empresa, ou mesmo uma das causas da falência, pode ser uma questão de perspectiva.
O gestor procurava os clientes no lugar errado. Logo, aqueles clientes não enxergavam o que a empresa tinha a oferecer e não eram fidelizados.
2. Repense processos
Processos organizacionais são caminhos pelos quais as atividades de uma empresa devem passar para que o produto ou serviço seja entregue da maneira mais efetiva possível.
Com o tempo e a evolução natural dos negócios, as empresas acabam acumulando processos inúteis ou que pouco agregam para um bom atendimento ao cliente. Às vezes é necessário checar os processos e analisar se eles ainda favorecem uma boa experiência do cliente ou se são apenas entraves burocráticos.
É necessário colocar o cliente no centro para entender o que ele valoriza, o que ele pensa, sente, o que espera do seu produto ou serviço. Desenhe um verdadeiro mapa da empatia e revisite os processos, à luz do que faz sentido para o cliente.
3. Inove e aumente a produtividade
Não é simplesmente uma questão de fazer mais com menos, e sim de eliminar o desperdício. Desperdício de tempo, de recursos e de cliente. É importante estar atento a detalhes que fazem toda diferença no resultado.
Muitas vezes, o investimento em inovação é associado à aquisição de novas tecnologias e softwares revolucionários. Não é um equívoco. De fato, existem soluções tecnológicas que eliminam retrabalho e agilizam processos.
Mas inovar também diz respeito à maneira de abordar e encantar os clientes, de como executar atividades com menos recursos ou até mesmo de mudar o comportamento e a atitude diante dos funcionários antes de exigir que eles façam o mesmo em relação aos consumidores.
O professor e especialista em Inovação Felipe Scherer explica que, nos últimos anos, a inovação deixou de ser algo espontâneo e foi colocada sob a ótica da gestão.
“Ou seja, ao invés de esperar que a inovação ocorra no nosso negócio, que seja concebida de forma aleatória, começamos a enxergar esse tema como sendo de gestão, como algo que pode ser potencializado dentro da empresa por meio de métodos, ferramentas e uma atitude proativa e coordenada dos gestores”, afirma, no workshop Inovação na Prática.
4. Invista na gestão de pessoas
Essa parece ser a parte mais difícil ou, pelo menos, a que costuma gerar mais reclamações. Não basta culpar o mercado ou a baixa qualificação das pessoas.
É preciso saber selecionar, treinar, desenvolver e gerir as pessoas para que elas deem o seu melhor. Motivação vem de dentro, mas inspiração vem de fora, e a empresa deve ser capaz de inspirar sua equipe pelo seu propósito e pelo seu modelo de gestão.
Uma vez que você tem uma mão de obra qualificada e preparada, a gestão delas também é facilitada. Todos devem caminhar pelo bem do mesmo propósito.
Para César Souza, presidente do Grupo Empreenda, uma das maiores dificuldades de qualquer empresa é a falta de integração da equipe.
“Achamos mais confortável buscar culpados na economia, numa tecnologia disruptiva, em um novo concorrente, no concorrente tradicional, mas não enfrentamos os deveres de casa. E um dos mais importantes deveres é buscar aumentar o grau de integração interna entre as pessoas e entra as áreas numa mesma empresa”, afirma, na websérie Saindo do Zero.
A integração só é possível com uma gestão eficiente de pessoas. E sua ausência pode levar a organização a perder clientes e desperdiçar oportunidades de negócios.