Aprenda como começar a investir com pouco dinheiro

Faz parte da natureza humana querer ganhar mais dinheiro para construir a vida que sempre sonhou, comprar um imóvel, viajar. Mas, a maioria dos brasileiros ao final do mês passa por apertos financeiros. Então, como começar a investir mesmo com pouco dinheiro?

Se você quer ver o seu dinheiro trabalhando por você, comece a investir mesmo com pouco dinheiro para aplicar. Este artigo servirá como um guia introdutório sobre investimentos onde você vai encontrar:

  • Conceitos básicos: rentabilidade, juros, taxas, risco e liquidez;
  • Perfil dos investidores: conservador, moderado ou agressivo;
  • Investimentos de renda fixa X investimentos de renda variável: o que isso significa?;

Além de dicas e uma lista com os erros mais comuns cometidos por investidores iniciantes para você ficar atento e tentar evitar.

Acredite, investir não é coisa só para milionário. Se você investir com precaução e regularmente, seu patrimônio financeiro vai crescer constantemente. Veja nesse artigo como começar a investir com pouco dinheiro.

Saiba o porquê você deve começar investir

Você já deve ter ouvido falar em inflação. Esse é um termo da economia e também uma das razões pelas quais você não deve apenas poupar e guardar, mas sim ter uma noção de como começar a investir o seu dinheiro.

A inflação é usada para mostrar o aumento do custo de vida, que acontece por conta da elevação dos preços dos produtos e serviços e da desvalorização da moeda.

Basicamente significa que, com o tempo, o dinheiro que recebemos hoje consegue comprar menos coisas no futuro porque tudo vai ficando mais caro. Dos itens mais básicos de alimentação, até os de grande porte como uma moradia, por exemplo.

Os salários ou ganhos financeiros demoram mais para serem reajustados do que a inflação e com isso perdemos poder de compra, compramos menos produtos com a mesma quantidade de dinheiro.

Poupar é importante. Entretanto, se você deixar o seu dinheiro parado, você vai estar, na verdade, perdendo dinheiro! 

Portanto, é fundamental saber como começar a investir, mesmo pequenas quantidades, para proteger o seu poder de compra e atingir seus objetivos mais rapidamente.

Já que graças ao amadurecimento do mercado financeiro, atualmente, existem diversas opções para quem quer ver o patrimônio crescer. Há alternativas para diferentes realidades econômicas e níveis de conhecimento sobre economia.

Conceitos básicos para entender como começar a investir

Antes de começar a investir é essencial conhecer alguns termos e conceitos básicos utilizados no mercado. Confira alguns deles.

Rentabilidade

É o quanto de retorno uma aplicação produz em relação ao valor que foi investido. Quanto maior o lucro dizemos que maior é a rentabilidade daquele investimento.

É comum os investidores iniciantes ou mais conservadores pensarem na caderneta de poupança como primeira opção. Apesar de ser bastante segura, sua rentabilidade é muito baixa. Em 2019, ela rendeu 0,05%, menos que a inflação.

Portanto, se você quer aprender como começar a investir, a rentabilidade é um item importante para ser analisado antes de iniciar a aplicação.

Normalmente, o recomendado para investidores iniciantes é escolher aplicações de renda fixa como o Tesouro Direto (títulos da dívida federal), o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e a LCI (Letras de Crédito Imobiliário). Eles não exigem tanto acompanhamento e não oferecem riscos com oscilações de mercado.

Juros

É uma espécie de remuneração paga por quem contrata um empréstimo ou realiza um investimento. No caso dos investimentos, é como se pagassem uma compensação pelo período em que o seu dinheiro ficou aplicado.

Dentre os juros que existem estão: o simples, os compostos, de mora, nominais, reais, rotativos e sobre capital próprio.

Saber qual é o tipo de juros da sua aplicação é essencial para compreender como funcionará o rendimento e de quanto serão seus ganhos durante o tempo em que seu dinheiro ficar retido neste ativo.

O CDB, por exemplo, é um tipo de investimento que funciona com a regra de juros compostos. Isso significa que o valor que você tem de rendimento é incorporado ao total do que está investido.

Ou seja, ele se soma a aplicação inicial e passa a render juros também. São ganhos progressivos e não lineares.

Taxas

Pode ser um tributo, exigência financeira, cobrada por governos municipais, estaduais, federais ou organização privada, por um serviço, produto ou transação econômica.

Também pode ser entendida como o “cálculo” de remuneração dos investimentos e poder classificada como renda fixa ou variável.

As taxas estão diluídas nos preços de itens que consumimos no nosso dia a dia, em empréstimos bancários, faturas de cartão de crédito, em serviços que contratamos e faz parte do universo dos investimentos.

Taxas fixas 

As taxas fixas como o próprio nome diz, se mantêm iguais durante o prazo da aplicação e permitem que você saiba de quanto será os juros a serem pago e/ou o rendimento esperado. Não há surpresas no meio do caminho, é possível fazer um planejamento.

Ativos com taxas fixas são os mais indicados para quem está aprendendo a como começar a investir e também para quem precisa atuar de forma mais cautelosa para não perder dinheiro em tentativas mais arriscadas.

Taxas variáveis

Já as taxas variáveis exigem mais atenção porque os juros oscilam ao longo do tempo impactando as aplicações de acordo com as variações de mercado, da bolsa de valores e cenários nacionais e internacionais.

Por isso, não tem como começar a investir sem analisar e compreender como as taxas funcionam. Esse estudo deve fazer parte do seu dia a dia se a sua meta é conquistar resultados positivos desde as suas primeiras aplicações.

Saber avaliar e escolher entre um ativo com taxa fixa ou variável pode ser determinante na rentabilidade das suas aplicações. Conforme sua experiência ficar mais aguçada será possível aprender a como se beneficiar das oscilações de taxas variáveis. 

Taxa Selic

É importante saber que no Brasil existe uma taxa básica de juros, a Selic. Ela influencia outras taxas, como os juros que os bancos cobram por empréstimos e no cartão de crédito, e é um dos principais indicadores utilizados pelos títulos de renda fixa. 

Quem define a Selic é o Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central, a cada 45 dias. 

Riscos

Representa a chance de algo não sair como planejado, do lucro do investimento não atingir o patamar projetado ou até de se perder dinheiro dependendo da situação.

É um desafio alinhar expectativa de retorno com o risco da aplicação. Ainda mais para quem quer saber como começar a investir. De uma forma geral, investimentos com alto risco possuem maior rentabilidade. 

Porém, agir de forma planejada e alinhada com a sua realidade financeira é uma atitude sensata e protege seu patrimônio. Portanto, avalie bem os riscos do ativo antes de começar a investir o seu dinheiro.

Por outro lado, esse conselho não tem o objetivo de deixar você com medo de investir. E sim, de estimular que desenvolva três habilidades essenciais para os investidores: a cautela, a observação e a capacidade de analisar diversos parâmetros para então elaborar estratégias.

Lembre-se: os grandes investidores tiveram que dar o primeiro passo um dia. Então, prepare-se, pesquise e vá em frente. Para começar a investir é preciso dar o primeiro passo.

Liquidez 

É a facilidade ou dificuldade de resgatar ou transferir os ganhos proporcionados por um investimento. Um ativo tem maior liquidez quanto mais rápido o investidor consegue usufruir de seu lucro. Já um ativo com menor liquidez a situação é o inverso.

Normalmente, ativos que são negociados diariamente e movimentam grandes quantias de dinheiro possuem maior liquidez. Um exemplo são os contratos de mercado futuro que negociam moeda e commodities (milho, soja etc.).

Como começar a investir será algo novo na sua vida, vale a pena comparar os ativos e selecionar aqueles que possuem maior liquidez.

A liquidez, aliás, foi o tema principal do nosso artigo “Liquidez: o que é e como influencia o seu investimento”.

Perfil de investidores: descubra qual é o seu

Atualmente, o mercado financeiro oferece opções e oportunidades tanto para investidores mais experientes e com grande quantia para aplicar, como para pessoas que ainda não sabem bem como começar a investir.

Você se considera mais poupador ou gastador? Mais cauteloso ou imprudente? Consegue lidar bem com situações imprevisíveis? Conhecer as características da sua personalidade pode lhe dar dicas valiosas em quais ativos e mercados deve investir.

Se você é uma pessoa que lida mal com imprevistos ou fica muito chateado quando perde dinheiro, é bem possível que investimentos com taxas variáveis e de alto risco não sejam uma boa opção para você.

Veja os tipos de perfis de investidor:

  • Conservador – Perfil com baixa tolerância ao risco de perdas e oscilações do mercado. Prefere investir em opções que tenham alta liquidez e taxas fixas para proteger seu capital.
  • Moderado – também protege seu patrimônio e na maioria das vezes opta por aplicações com baixo ou médio risco. Entretanto, consegue ousar um pouco mais e arriscar às vezes quando as projeções se mostram rentáveis.
  • Agressivo – sabem lidar com o risco inerente de grandes oportunidades. Reconhecem que podem perder dinheiro, mas se arriscam mesmo assim se as projeções indicam lucros maiores no futuro. Costumam ser pessoas com ampla experiência na área comercial, que conhecem bem os mercados e o comportamento da economia.

Erros mais comuns do como começar a investir

O mercado financeiro é desafiador e cheio de nuances para quem deseja saber como começar a investir no mercado. Para quem está começando nesse universo é comum cometer erros e abaixo selecionamos os principais que você deve evitar.

  • Ter a poupança como única fonte investimento;
  • Não definir objetivos e prazos;
  • Escolher a aplicação que está na moda;
  • Deixar de avaliar os riscos e custos do investimento;
  • Aplicar todo o capital em renda variável;
  • Seguir sem questionar dicas de mercado ou de corretoras de valores;
  • Pegar empréstimos para investir.

Se você pensou em fazer ou já adotou alguma dessas práticas é hora de parar e repensar. 

Essas atitudes oferecem muitos riscos e podem te colocar em situações complicadas como em uma dívida de empréstimo ou a ponto de perder totalmente ou parcialmente seus rendimentos de anos.

Confira mais algumas dicas de como começar a investir

Além de vontade, é muito importante antes de começar a investir estar atento a algumas dicas para se tornar um expert nesse mercado que é cheio de detalhes e que qualquer passo precisa de uma análise prévia. 

Para lhe ajudar a começar a investir incluímos neste conteúdo mais algumas dicas.

Fixe objetivos e prazos 

O que alcançar, por qual meio vai conseguir e por quanto tempo você pretende manter seu dinheiro fora de uso? Esses parâmetros auxiliam no planejamento dos investimentos e consequentemente na projeção de quanto você vai receber quando a aplicação terminar.

Estabeleça um valor para começar 

Determine o quanto você pode e quer investir. É possível começar a investir com pouco dinheiro e ter esse valor estipulado também vai te ajudar a fazer um planejamento mais realista e menos arriscado. 

Além disso, o recomendado é que você invista constantemente e, por isso, é importante já considerar essa quantia como um custo mensal que será direcionado para as suas aplicações.

Tenha uma reserva financeira ou fundo de emergência 

Não faça aplicações com valores além do que você pode e poupe alguma quantia para imprevistos e momentos emergenciais. Preservar um fundo de emergência é, na verdade, uma espécie de seguro para futuro que é sempre incerto.

Pesquise sobre os tipos de taxas e de investimentos 

Assim você terá conhecimento suficiente para escolher com segurança em quais ativos vai aplicar e minimizar as chances de surpresas desagradáveis como uma cobrança inesperada, por exemplo. 

Ao mesmo tempo, essas informações aumentam suas probabilidades de notar rapidamente uma tendência do mercado e lucrar bastante a partir de uma escolha ágil e assertiva.

Escolha uma corretora de valores 

Ela vai te auxiliar na compra e venda de ações e/ou aplicação em ativos. Elas são empresas especializadas em investimento e sabem quais as opções mais indicadas para o seu perfil. 

Além disso, elas costumam ter taxas de administração mais baratas do que os bancos, oferecem sistemas de negociação e relatórios detalhados sobre seus investimentos.

Diversifique seus investimentos

Não deixe seu dinheiro na poupança ou em apenas um tipo de ativo ou até mesmo em um único setor, pois, isso oferece um alto risco. 

Diversificar os tipos de investimentos, segmentos e prazos aumentam suas possibilidades de rendimento. Os investimentos existem para te ajudar a alcançar seus objetivos mais rapidamente. Aproveite.

Planeje-se antes de começar a investir

O ideal para quem vai começar a investir é escolher pelo menos duas opções diferentes e distribuir a quantia em aplicações distintas. Afinal, se um dos investimentos não vai bem, os outros podem compensar as perdas ou até superar as expectativas com bons retornos financeiros. 

A diversificação é um dos conselhos do milionário e investidor super conhecido Warren Buffett.

Portanto, como começar a investir pode mexer com seu atual planejamento financeiro, separe um tempo para estudar o assunto como já foi citado anteriormente. Faça escolhas conscientes para não se frustrar ou causar danos a sua conta corrente.

Defina seus objetivos, escolha os tipos de investimento e delimite o prazo de cada um deles. Não se esqueça de levar em conta os riscos de cada ativo e o seu perfil de investidor na hora dessas decisões. 

Planeje estratégias para, na medida do possível, diversificar suas aplicações.

Se esse artigo te ajudou a entender como começar a investir, você poder conferir também outros conteúdos sobre o universo dos investimentos no perfil do Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn da Xerpa. 

Fonte:Xerpa

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