No sétimo dia de guerra com o Ucrânia, a Rússia mantém a sua Bolsa de valores fechada nesta quarta-feira (2).
É o terceiro dia consecutivo que a MOEX não opera. O site da bolsa de Moscou segue fora do ar. Embora o Banco Central da Rússia mantenha a bolsa suspensa, disse que permitirá uma gama limitada de operações pela primeira vez nesta semana.
O banco central russo também elevou na segunda-feira (28) sua taxa básica de juros de 9,5% para 20%, ordenou que empresas lideradas pela exportação vendessem 80% de suas moedas estrangeiras e proibiu estrangeiros de vender títulos russos esta semana em uma medida de emergência para combater o risco de maior depreciação do rublo.
Mesmo assim, a moeda segue em queda, atingiu uma mínima histórica de 110 por dólar nesta quarta, e era negociado a 108,7 no mercado interbancário.
No mercado acionário, mesmo com a bolsa russa fechada, os papéis da Gazprom, principal empresa de petróleo do país, seguem despencando em Londres, na faixa acima dos 34%, depois que a Shell disse na segunda-feira (28) que pretende sair de suas joint ventures com a russa.
Os fundos negociados em bolsa também foram atingidos ontem: o Lyxor MSCI Russia UCITS, listado em Paris, que acompanha o índice MSCI russo, afundou 33%, depois de perder metade de seu valor na sessão anterior – no momento, sobe 6,62%. O maior ETF listado nos EUA que rastreia ações russas, o VanEck Russia ETF, caiu 12% nas negociações de pré-mercado, logo após perder 30% um dia antes (no momento, mais 1,45%).
Já após anúncio de saída do mercado europeu, Sberbank vê seus papeis serem reduzidos a centavos na bolsa de Londres.
A queda das ações do maior banco da Rússia, cujo principal acionista é justamente o Bank Of Russia, ultrapassou 80%.
Desde que a guerra com a Ucrânia estourou, na semana passada, o Ocidente vem impondo sanções ao sistema financeiro russo e o Sberbank foi um dos que mais sofreu. No pregão do dia 28 de fevereiro, perdeu 74,00% e no dia seguinte, mais 80,95%. No começo de fevereiro, uma ação era cotada a US$ 13,40.
