Caderneta de poupança: entenda como funciona

O modelo de aplicação financeira mais usado pelos brasileiros foi criado em meados do século 19 e, desde então, tem se popularizado entre as pessoas que buscam um investimento fácil e rápido para alcançar os seus objetivos financeiros. Com isso, o baixo risco da caderneta de poupança tende a ser, ainda, o principal motivo para optarem por ela antes de considerar outras opções de valorizar os seus recursos.

A caderneta de poupança pode ter perdido, um pouco, a predileção do brasileiro. Em parte, isso se deve à facilidade de acesso às informações sobre outros tipos de investimentos.

No entanto, é inegável que a poupança segue forte entre aqueles que buscam um tipo de investimento rápido, fácil e com baixo risco. Segurança patrimonial é, ainda, um assunto delicado para o investidor mais cauteloso.

Só que, neste post, vamos fragmentar tudo o que você precisa saber a respeito da caderneta de poupança, de maneira que você consiga visualizar se ela é, mesmo, a melhor opção de investimento para alcançar os seus objetivos financeiros. Confira!

O que é a caderneta de poupança?

Poupança, no dia a dia, é um termo que pode remeter à reserva de qualquer quantia que você economize de sua renda para uma finalidade futura. Isso pode significar tanto um objetivo imediato, como a sonhada viagem durante o período de férias ou, até mesmo, uma significativa reserva para a sua aposentadoria.

Mas, no jargão dos investimentos, a caderneta de poupança assumiu a mesma ideia: um local seguro e capaz de gerar uma rentabilidade constante para quem fizesse uso desse tipo de meio de poupar.

Quando foi criada?

A caderneta de poupança — também conhecida como conta poupança — é uma criação da Caixa Econômica Federal, e que data de meados do século 19 — mais especificamente, em 1861. Era a época do Brasil Imperial, ainda, sob a regência de D. Pedro II (que durou até 1899). 

Inclusive, esse tradicionalismo permanece como um dos pilares que mais fomentam a popularidade da poupança. Demonstra uma segurança e solidez que leva os investidores mais conservadores a procurá-la.

É claro que muitas atualizações e mudanças foram praticadas ao longo das décadas, mas permaneceu como um modelo prático, acessível e fácil de poupar e acumular rentabilidade para o seu patrimônio.

Não é segredo que, o rendimento da poupança é baixo. E existem diversos tipos de investimentos, hoje em dia, que são igualmente fáceis para começar a investir — como é o caso do próprio Tesouro Direto, por exemplo.

Para que você tenha todas as informações em mãos, para uma tomada de decisão alinhada aos seus objetivos e necessidades, vamos entender tudo a respeito da poupança, logo abaixo!

A poupança rende bem?

Atualmente, o rendimento da poupança é de 3,85% ao ano. Ou, ainda, 70% do CDI. Para facilitar a compreensão disso, imagine que você começou investindo R$ 100.

Dessa maneira, em um ano você terá acumulado R$ 3,85. O que totaliza R$ 103,85 em 12 meses. Como esse rendimento está atrelado à taxa Selic (e a rentabilidade da poupança sempre vai ficar abaixo dela), é difícil ver a poupança render bastante em momentos de instabilidade econômica no país.

Ou seja: se esse já não era o grande atrativo da poupança, as crises brasileiras podem afugentar ainda mais os investidores em busca de um retorno maior, e mais rápido, dos seus recursos.

Além disso, o rendimento é calculado uma vez ao mês, apenas, ao passo que muitos outros investimentos de baixo risco são calculados diariamente. E isso, mais uma vez, torna o crescimento de suas economias ainda mais vagaroso.

Como são calculados os juros em uma caderneta de poupança?

Para você entender a conta acima, sobre o rendimento da poupança, vale a pena saber mais a respeito dos juros da mesma, e como eles são calculados: são considerados 70% da taxa Selic e, também, a TR (a Taxa Referencial), que está zerada, atualmente.

Até por isso, cada vez mais, a poupança se mostra mais desvalorizada do que uma opção imperdível para quem vai ingressar no mundo dos investimentos.

Como investir na poupança, passo a passo?

Acontece que, para muitas pessoas, a falta de interesse, tempo ou mesmo conhecimento sobre as melhores opções do mercado levam-nas ao modelo mais prático de aplicar os seus recursos: a poupança.

Por isso, se você ainda está em dúvida sobre quais são os investimentos de curto prazo (ou mesmo para a sua aposentadoria), mas não quer perder tempo, a poupança pode ser uma porta de entrada.

E com isso, é importante se atentar às principais etapas para você investir rapidamente nessa modalidade de investimento. Confira o passo a passo, logo a seguir:

  • entre em contato com a sua instituição financeira e demonstre interesse em abrir uma conta poupança;
  • no geral, os bancos exigem a apresentação de alguns documentos, como um documento de identificação com foto e comprovante de residência;
  • muitas vezes, esse processo pode ser feito inteiramente on-line, sem a necessidade de dirigir-se a uma agência. Verifique se isso se aplica à instituição que você pretende abrir a sua poupança.

Simples assim. Em pouquíssimo tempo, você já tem a sua conta poupança para poder investir a sua renda e, consequentemente, colher os frutos dessa boa prática.

Por onde começar a minha poupança?

Saindo do aspecto técnico, da coisa, há quem pretenda começar a investir, mas esbarra em algo desafiador: o começo da poupança. Ou seja: a organização do seu planejamento financeiro.

Para ajudar, reunimos algumas dicas iniciais e práticas para você entender como pode poupar, lenta e gradualmente, para compor uma renda fixa e estável para investir na poupança:

  • compare a sua renda e custos, no mês, e identifique maneiras de economizar (pouco que seja);
  • avalie os gastos dos últimos meses e veja onde você tem desperdiçado os seus recursos;
  • identifique alguns objetivos para usar os recursos a serem poupados (como uma viagem, a compra de um imóvel ou mesmo pensando em longo prazo, na sua aposentadoria);
  • calcule o quanto você precisa poupar, mensalmente, e entenda o prazo para alcançar os seus objetivos.

Pronto! Com isso, você já tem um objetivo e o prazo para alcançar a sua meta, bem como os cálculos sobre a mesa para entender como você pode conquistar um patrimônio rentável ao longo do tempo.

Vale destacar que, complementarmente, você pode transformar a sua poupança em base para o ingresso em outros investimentos. Pois, como já adiantamos, existem outras opções que são fáceis de investir e geram uma rentabilidade muito mais atrativa.

É o caso do já citado Tesouro Direto, mas também você pode ficar de olho na LCA e na LCI e no CDB, entre outros tipos de investimentos. Se você quer saber mais um pouco sobre eles, ou já teve experiências nessas opções além da poupança, compartilhe a sua opinião conosco, no campo de comentários deste post!

Fonte:Xerpa

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