Cidade de São Paulo permite reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza a partir de 6 de julho

Bares vazios na hora do almoço, no Rio de Janeiro. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

SÃO PAULO – Em coletiva nesta sexta-feira (26), o governo do estado de São Paulo anunciou a ampliação da quarentena no estado de 28 de junho para 14 de julho, além de informar o avanço da cidade de São Paulo e região metropolitana para a fase 3 do Plano São Paulo (amarela), que permite maior flexibilização.

Bruno Covas, prefeito de São Paulo, contudo, afirmou que será permitida a reabertura de bares e restaurantes da capital somente a partir de 6 de julho, após assinatura de protocolos e confirmação da cidade na etapa de maior flexibilização.

Segundo Patrícia Ellen, secretária de desenvolvimento econômico, os estabelecimentos poderão funcionar apenas em horário reduzido de seis horas e 40% da capacidade total permitida, além de seguir obrigatoriamente os protocolos de higiene e segurança.

Cenário no estado

Patrícia Ellen afirmou que em junho até esta sexta-feira (26) houve um crescimento de 71% de novos casos, para 138.889, mas menos do que os 207% em maio. “Crescimento menor do que estava acontecendo nos últimos meses graças ao esforço das equipes de saúde e cidadãos que estão ficando em casa”.

Além disso, em números de internações é possível observar uma estabilidade com uma redução de 1% para 46.092 no mesmo período citado. Já o número de novos óbitos também no estado aumentou 17% em junho na comparação com maio.

Segundo a secretária, desde o lançamento do plano São Paulo, em 10 de junho, a ocupação média de leitos no estado vem caindo de 72,6% na primeira semana do plano para 65,5% nesta semana. Adição de novos leitos numero médio de leitos para cada 100 mil habitantes foi de 15,4 para 19,7 leitos.

“Mas na capital e na região metropolitana houve melhora significatica da epidemia. Notamos isso na ocupação de leitos, queda das internações, menor variação de casos, sobretudo na capital e com redução de óbitos na comparação com a semana interior”, afirmou Patrícia como uma das justificativas para que a capital e região metropolitana de São Paulo avançassem para a próxima fase do plano, a amarela.

Fase amarela  

As regiões da fase amarela (3 do plano), de “flexibilização”, devem estar operando com menos de 60% de ocupação dos leitos de UTI específicas para Covid. Nessas localidades estão liberadas, desde que respeitem os protocolos sanitários e de distanciamento social, atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, indústria e construção civil.

A ocupação de leitos na cidade está em torno de 57%, segundo Covas. “Essa taxa é referente aos leitos administrados pela prefeitura de São Paulo”.

Nessa etapa, o comércio de rua, shopping center e salão de beleza estão liberados para funcionar com horário reduzido e 40% da capacidade. Bares, restaurantes e similares também podem abrir com restrições, desde que sejam ao ar livre. Concessionárias, atividades imobiliárias e escritórios também estão permitidos a operar normalmente.

Bruno Covas explicou, no entanto, que o comitê de saúde terá de confirmar esse avanço da cidade para que essa retomada siga como o planejado.

“Durante essa próxima semana manteremos contato com os setores e serviços permitidos para que assinem os protocolos de segurança, e se na próxima sexta-feira (3), o comitê de saúde confirmar o desempenho do munícipio a partir do dia 6 de julho será permitida a reabertura. Bares, hoteis, restaurantes, salões de beleza, barbearia e vai valer para três setores que já estão abertos nessa fase laranja, shopping center, comércio e serviços que poderão ampliar o horário de atendimento”, diz.

Na cidade de São Paulo são 142.750 casos confirmados e 5.241  óbitos, segundo dados informados pela prefeitura.

Fases vermelha e laranja 

No interior do estado, no entanto, há um aumento de casos, internações e óbitos. “Por isso, estamos acompanhando de perto e está fazendo um trabalho para controle da epidemia e melhora da condição atual do sistema de saúde”, disse.

Cidades do interior como Franca, Ribeirão Preto, Araçatuba, Marília, Bauru, Sorocaba, Registro e Piracicaba estão em estado de alerta vermelho, considerado a fase vermelha (1 do plano) – momento em que nenhum tipo de setor pode operar, com exceção de transporte e educação que podem ser considerados dependendo do caso.

A Baixada Santista segue na fase laranja (2),  shoppings centers, comércio de rua, concessionárias, atividades imobiliárias e escritórios estão permitidos a operar com capacidade de 20% do total.

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Fonte: IR sem erro

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