Como investidores analisam startups para investir?

Você já se perguntou como investidores analisam startups para investir? É inquestionável o quanto a evolução dos meios digitais causou uma mudança de comportamento da sociedade na hora de consumir todo tipo de produto ou serviço. E tudo isso, é claro, também transformou a maneira de investir e de aplicar o dinheiro.

Isso porque a tecnologia possibilitou aqueles que têm o empreendedorismo no DNA a criarem novos produtos e serviços digitais. Está longe de ser fácil, mas passou a ser muito mais acessível e viável para qualquer pessoa que tenha uma boa ideia.

As startups são exatamente a conexão entre a tecnologia e a necessidade da sociedade em evoluir a sua forma de consumir. Estes novos produtos e serviços possibilitam uma experiência muito mais ágil, intuitiva e agradável aos consumidores, além de, na maioria das vezes, cobrar mais barato do que as grandes instituições tradicionais de todos os setores.

Estas, aliás, têm repensado os seus modelos de negócio e começaram a entender que o segredo é ter o olhar sempre voltado para o cliente – o que não era uma realidade antes da era digital. Ou seja: a competição aumenta, os produtos e serviços são aprimorados e os consumidores só têm a ganhar!

Porém, para que as startups evoluam e escalem os seus produtos e serviços numa velocidade que acompanhe o mercado, elas precisam de investimentos. Neste post, vamos entender como investidores analisam startups para investir e transformar o mercado da forma que estamos vendo. Continue conosco!

Os critérios analisados pelos investidores para investir em startups

Com tantas startups sendo criadas atualmente, são muitas as boas ideias que existem por aí disponíveis para investimento. Assim, é essencial que os investidores analisem muito bem em quais irão investir, para que ele apresente o retorno esperado.

É importante lembrar que dentro deste universo de inovação, para a criação de uma startup que estime um grande sucesso, duas precauções são essenciais. São elas: ter uma reserva financeira para sustentar-se de um ano a um ano e meio, e mais do que tudo, investir tempo para se dedicar a testes – para errar e corrigir rápido.

Iniciando desta forma, as startups passam a ter grandes possibilidades de se tornarem ótimas opções para os investidores.

Para que isso aconteça, vamos entender como os investidores analisam startups para investir.

Principais critérios analisados pelos investidores

Como sabemos, o conceito de startup está diretamente ligado a inovação e aplicação de tecnologia. Comumente esse tipo de empresa surge da necessidade de preenchimento de diversos gaps, trazendo novas formas de oferecer os serviços antigos.

Nesse cenário, investir em startups é sinônimo de aplicar força em uma empresa que tem tudo para se tornar a preferida dos consumidores. No entanto, não há garantia de que um projeto terá adesão completa da clientela.

Por esse motivo, é preciso muita cautela antes de escolher uma startup para aplicar investimentos. Confira alguns dos critérios mais utilizados para a escolha de uma empresa dentro do mercado atual:

Resolução de uma dor do mercado

É essencial que a startup tenha muito claro qual é o principal problema que ela resolve para os seus consumidores e também quais são estes consumidores. Um produto ou serviço inovador e focado em resolver uma dor específica sai na frente na corrida por bons investimentos.

Aderência dos consumidores

Testes rápidos para errar rápido e corrigir rápido. Lembra que falamos disso anteriormente? A necessidade destes testes é exatamente para atender a este critério: entender a aderência dos consumidores. O produto ou serviço precisa ser relevante e garantir a melhor usabilidade possível aos seus usuários.

Ter um bom MVP em mãos

O famoso Minimum Viable Product, ou seja, o Mínimo Produto Viável, é a versão mais simples do produto e que é possível ser lançada rapidamente e desenvolvida com maior rapidez e menor custo. O MVP é essencial no momento de captação de investimentos, afinal, é a materialização da grande ideia do empreendedor e pode ser avaliada de forma ágil.

Concorrência

Para sair na frente da concorrência, aqui é possível pensarmos tanto em um produto ou serviço inédito, quanto em um produto ou serviço extremamente inovador, que evolui um que já existe no mercado. Se a startup oferece soluções inéditas que fazem total sentido para o mercado e tem aderência, eis um ótimo motivo para os investidores a escolherem.

Da mesma forma acontece com produtos e serviços que estrategicamente inovam soluções que já existem, mas que, de certa forma, são obsoletos e não dão muita atenção à experiência do usuário.

Abrangência do mercado

O alcance e a acessibilidade também são avaliados pelos investidores. Isso porque é muito interessante ter um produto ou serviço extremamente inovador, mas tão importante quanto, é que, idealmente, seja possível que com ele se obtenha crescimento exponencial e fidelização máxima de clientes.

Os critérios são muito específicos e desafiadores. Por isso, por mais rápido que o mercado da inovação tenha crescido em todo o mundo, é necessário muita maturidade, dedicação e paciência para se destacar e conseguir bons investimentos para escalar o negócio.

Ou seja, é preciso ser um verdadeiro empreendedor: equilibrar-se entre a estabilidade e o risco. Desafiador, não é mesmo?

Os 5T de como investidores analisam startups

Muito se fala nos “5T” no mundo da inovação e digamos que estes sejam o resultado de como os investidores analisam startups para investir. Ou seja, os “5T” definem, basicamente, como os investimentos em startups acontecem.

Vamos entender um pouquinho melhor? Siga conosco!

T1 – Time

Geralmente, o time que inicia uma startup é enxuto, mas com um poder de realização surpreendente. Por isso, na análise do time que compõe e realiza a startup, muitos são os fatores levados em conta pelos investidores.

É essencial que os empreendedores tenham experiência de mercado, ou seja, um conhecimento específico e até mesmo uma vivência intensa no universo de problemas e soluções da área a qual se propõe empreender.

Visão geral e estratégica também são essenciais neste DNA. Entender o mercado como um todo é tão importante quanto conhecê-lo em setores mais específicos. Assim, é possível definir estratégias muito mais precisas e dimensionar qual será a relevância da nova solução que a startup se propõe a oferecer.

A influência dos empreendedores e o constante networking realizado por eles também é bastante relevante. Relacionar-se com experts do mercado traz conhecimentos preciosos que podem fazer muita diferença na execução das ideias dos empreendedores e na forma como investidores analisam startups.

Vale ressaltar que no mundo das startups nem sempre o conhecimento acadêmico é o mais importante. São vários os gigantes do mercado que nem mesmo chegaram a completar seus estudos. Nesse universo o que mais conta é a mentalidade criativa e com capacidade de enxergar possibilidades dentro de problemas já conhecidos.

Outros fatores muito importantes e notáveis em relação ao time são o quão capacitado é seu líder, o quão complementares são as skills de cada um, o quão diversa e resiliente é a equipe e o quanto todos acreditam e defendem a solução criada “com unhas e dentes”.

Como mencionamos anteriormente: a mágica acontece quando o empreendedor é capaz de equilibrar-se entre a estabilidade e o risco.

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T2 – Total Adressed Market (Mercado Totalmente Endereçado)

Ter métricas claras e objetivas sobre o mercado o qual a solução que a startup oferece, traz muita credibilidade. Isso porque é necessário endereçar de forma muito específica quais serão os caminhos que a startup deverá percorrer dentro do mercado, constantemente em ebulição.

Entender o tamanho e o timing do mercado, aqui, é o maior segredo. Investidores almejam transformar startups em empresas extremamente inovadoras e lucrativas. Para isso, deve ser inquestionável a capacidade de crescimento do negócio e o entendimento da direção que essa evolução deve seguir.

T3 – Tech

Muito mencionamos até aqui sobre a usabilidade e a experiência focada no cliente. É disso que se trata o T3: como o produto ou serviço criado pela startup utiliza-se da tecnologia para criar soluções inteligentes e focadas no comportamento das pessoas.

Times diversos e complementares se tornam essenciais aqui. As metodologias ágeis desenvolvidas por estes times são transformadoras e fazem com que as startups sejam capazes de aprender muito rápido com seus consumidores.

Desta forma, a entrega é sempre um produto ou serviço muito inovador e bem estruturado para suportar tanto um crescimento extremamente acelerado, quanto mudanças demandadas pelas mudanças que acontecem no mercado.

Para tanto, as mais diversas vertentes tecnológicas podem ser utilizadas. Vale dar um destaque especial para a Inteligência Artificial, área que tem recebido muito investimento ao redor do mundo e é uma representação excelente da inovação que as startups pretendem proporcionar ao mercado.

T4 – Tração

Trata-se da consistência que o empreendedor garantiu até o momento em que a startup é analisada para investimento.

Neste momento crucial, é importante que a startup tenha métricas que favorecem seus principais objetivos. Ter consistência no crescimento e um histórico de sucesso de testes de canais de aquisição e distribuição são condições decisivas no momento da captação de investimento.

Aqui, também é analisada toda a estratégia de venda, desde o início, até o final do funil. Então, a partir daí, entende-se o quanto os consumidores se fidelizam e o quanto estão dispostos a pagar por produtos e serviços ainda mais inovadores.

Para a identificação dos níveis de tração da startup são utilizados diversos relatórios, bem como uma profunda análise do plano de negócios da empresa, estudando um a um os pontos que resultaram em sucesso e aqueles que ainda não foram alcançados.

T5 – Trenches (Defensabilidade do Negócio)

A defensabilidade do negócio trata-se do entendimento do crescimento da startup a partir dos mais diversos olhares. Crescimento de usuários, ampliação da oferta, inserção geográfica, entre outros.

Muito além disso, trata-se de compreender o mais precisamente possível quais são os fatores nos quais possíveis entrantes do mercado poderiam interferir na sua estabilização. Entendendo estes fatores, acaba sendo mais fácil prever sucessos e fracassos que estes podem causar.

Outras motivações que influenciam nessa decisão

As rodadas de investimentos as quais as startups se submetem, geralmente de séries A, B, C, ou D são gigantescas e extremamente competitivas. Para melhor entendimento: as séries de investimentos são proporcionais ao tamanho, ou seja, ao estágio de desenvolvimento, das startups que buscam investimentos.

Por isso o desafio do empreendedor em entender como investidores analisam startups para investir e quais são as melhores estratégias para se mostrarem eficientes em relação aos critérios de avaliação são preocupações inquietantes. E, claro, os incentivam sempre a manter a inovação proporcionada pela tecnologia, no topo dos seus objetivos.

Além dos critérios apresentados, existem outras motivações que influenciam essa decisão. São os casos dos investidores anjo e das venture capital, por exemplo.

No caso dos investidores anjo, a necessidade de balancear suas carteiras de investimentos, os incentiva a investir nos mais diversos tipos de ativos, sendo as startups um deles.

Já para as venture capital, as motivações e estratégias são extremamente mais complexas. As VC captam dinheiro de pessoas físicas e jurídicas para investirem de forma mais agressiva e com a intenção não só de crescer sua carteira, como também de retornar os ganhos aos investidores.

O caminho da inovação

Sem dúvidas empreender não é fácil, mas a transformação que toda essa evolução causa no mundo é incrível e extremamente necessária. Tanto para manter o mercado sempre em ebulição, quanto para incentivar o desenvolvimento da sociedade como um todo.

Isso porque a inovação tem proporcionado um foco muito maior em pessoas, tanto no interior das empresas, quanto em seu exterior, para seus clientes.

Essa mudança de cultura e o entendimento de como investidores analisam startups, resulta em uma competição fervorosa dentro do mercado, onde o consumidor só tem a ganhar, tendo mais possibilidades de escolha e preços menores.

E é claro, o incentivo para os empreendedores continuarem criando incessantemente melhores soluções e os investidores a continuarem investindo cada vez mais.

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Fonte:Xerpa

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