como os freelancers estão transformando as empresas

A gig economy é uma ideia que veio emprestada dos músicos de jazz que, à época, faziam “bicos profissionais” para manterem a banda ativa e em constante turnê. No mercado corporativo, o termo foi popularizado em decorrência da transformação digital, principalmente. Tudo porque, com as novas tecnologias, o trabalho freelancer expandiu-se em benefícios para todos os envolvidos.

Em julho de 2019, a taxa de desemprego alcançou o índice de 11,8% — embora a renda média do brasileiro tenha caído nesse período. E é essa desproporção que pode nos ajudar a entender a tendência da gig economy.

Tudo porque o conceito está atrelado ao uso de mais profissionais freelancers para algumas atividades das empresas. Considerando a transformação digital como elemento catalisador dessa facilidade, podemos avaliar com precisão os benefícios dessa prática.

Que tal seguir com esta leitura, então, e compreender como a gig economy — e os freelancers — estão transformando as empresas? Confira, logo a seguir!

O que é a gig economy?

Buscando o significado de gig economy, nós chegamos à conceituação segundo o Dicionário de Cambridge: trata-se de uma forma de trabalho temporária ou flexível, modificando a relação tradicional entre um empregador e um profissional.

É apenas um reflexo, portanto, da transformação digital e a grande revolução social imposta pelas soluções digitais. O profissional freelancer se beneficiou amplamente disso, mas as empresas também saíram ganhando com essa mudança nas relações trabalhistas.

Sem falar na geração de novas atividades profissionais. Os transportes sob demanda, como o Uber e o 99Táxi, entre outros, são bons exemplos disso. E plataformas profissionais também despontaram para aproximar as organizações e as suas respectivas demandas com trabalhadores remotos, como:

  • Crowd;
  • Workana;
  • VoiceBunny.

Entre outras plataformas que reforçaram uma grande certeza: a gig economy chegou para ficar!

O que muda com essa nova relação trabalhista?

O país está sofrendo com uma relação desproporcional entre os seus objetivos (pessoais ou profissionais), o orçamento necessário para isso e a sua renda mensal, do outro lado.

Assim, a gig economy garantiu aos profissionais uma facilidade para agregar mais flexibilidade à sua rotina e, assim, compor uma rotina profissional voltada para as suas necessidades e objetivos.

Para as organizações, esse tipo de relação oferece algumas vantagens, como:

  • menos custos com profissionais;
  • menor necessidade de infraestrutura física grande;
  • por meio de conceitos associados, como o BYOD, a empresa custeia menos equipamentos e agrega mais personalização ao trabalho dos seus funcionários;
  • flexibilidade para manter a empresa ativa a qualquer hora do dia;
  • mais poder de retenção e atração de talentos em decorrência da erradicação de uma rotina e hierarquia rígidas e burocráticas.

Vale mencionar que o estresse financeiro — grande motivo propulsor que leva as pessoas a buscarem fontes alternativas de renda — não é uma característica exclusiva do Brasil.

Um estudo de 2016, realizado pela McKinsey, mostra que entre 20 e 33% dos cidadãos europeus e norte-americanos com idade ativa fazem alguma atividade profissional independente — como freelancer.

Outros dados podem ser observados com base na pesquisa anterior. Por exemplo: esse tipo de relação profissional cresceu 3 vezes mais rápido do que o modelo convencional de trabalho — entre 2014 e 2017.

Além disso, a gig economy impulsionou novas ofertas de emprego por meio das plataformas anteriormente citadas. Sem falar nessa relação flexível de permitir aos colaboradores mais autonomia para trabalharem no momento mais conveniente para eles.

Desde que, é claro, os prazos acordados com a empresa não sejam prejudicados.

Quem pode se deixar atrair pela gig economy?

Vale observar que, ao longo dos anos, a relação profissional teve que se adaptar, continuamente, para atrair novos talentos profissionais e gerar mais pontos positivos para as empresas — e os seus funcionários.

Por exemplo, os egressos da geração X começaram a lidar com os primórdios da informática aplicada ao mundo corporativo. Logo, exigiu-se esse tipo de habilidade por ter se tornado um caminho sem volta nas rotinas profissionais.

E, com a grande presença da força de trabalho composta por millennials e a geração Z, o que se viu foi um amadurecimento naturalmente alinhado aos conceitos da gig economy.

Dessa maneira, as empresas não podiam mais ignorar a transformação digital. Não havia mais como atrair a juventude profissional com modelos arcaicos e engessados de trabalho: ansiosos por desafios e tendências tecnológicas aplicadas aos seus meios de produção, a gig economy apareceu nos radares de especialistas em Recursos Humanos.

Só que a ideia não deve ser aplicada somente para rejuvenescer o perfil profissional da empresa. A gig economy é uma resposta social: sua aplicação pode garantir aos profissionais novas maneiras de complementar as suas respectivas rendas e alcançar novos objetivos com facilidade — e isso independe da idade ou do meio profissional.

Qual é o meio para alinhar-se a essa tendência?

Em poucas palavras, é importante que a empresa comece a questionar a sua cultura organizacional, processos de trabalho e facilidade para adaptar-se às novas tecnologias.

Para tanto, não basta apenas investir em novas soluções digitais, com um software de gestão, ou mesmo adotar uma linguagem jovial e moderna nas ferramentas de comunicação da empresa.

A gig economy é uma ideia que modifica as estruturas corporativas. É necessário reinventar os processos e torná-los flexíveis e moldáveis para que a empresa se adapte continuamente às novas tendências.

Além disso, é necessário criar um meio de harmonizar a gig economy com a rotina atual da empresa. Afinal de contas, nem todos vão buscar por essa tal de flexibilidade, preferindo manter a rotina e jornada regradas.

Isso mostra, portanto, um desafio para os gestores e o setor de RH: dar um passo grande rumo ao futuro e, mesmo assim, garantir-se dentro do seu posicionamento e perfil corporativos.

Para ajudar a compor esse planejamento e investir gradualmente na gig economy, que tal curtir a nossa página no Facebook e seguir-nos no Instagram, Twitter e LinkedIn? Assim, sempre que apresentarmos uma nova dica ou novidade, sobre o assunto, você vai recebê-las em primeira mão e poder engajar com as suas opiniões sobre as questões debatidas!

Fonte:Xerpa

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