As inovações tecnológicas têm impactado o ambiente corporativo, de maneira que muitas organizações estão reavaliando seus valores e práticas, para se adaptarem ao novo cenário de mudanças e incertezas. Nesse âmbito, também se inclui a questão da diversidade, que tem sido discutida pela alta gerência em razão da sua importância para os negócios no mundo contemporâneo somada à sua relevância dentro do contexto que estamos inseridos, a globalização. Sabe-se que as organizações que não conseguirem se reinventar muito provavelmente não sobreviverão aos desafios atuais e futuros.
Algumas iniciativas podem gerar um impacto expressivo através de ações para sensibilizar os colaboradores com o propósito de incentivar e apoiar a diversidade no ambiente de trabalho. É importante salientar que os valores da empresa devem condizer com suas práticas, visando à interação e ao interesse das pessoas pelo assunto.
Para atrair talentos e desconstruir vieses inconscientes, já existem empresas que adotam uma nova abordagem para o recrutamento e seleção por meio de “currículo cego”, ou seja, os candidatos omitem os dados inerentes aos aspectos pessoais, como: idade, gênero, nome das instituições de ensino em que estudam ou se formaram, visando à desconstrução de paradigmas e à ampliação de equipes diversificadas.
Assim, há a percepção de que tendemos a agir de acordo com os pensamentos que estão internalizados, como, por exemplo: “os melhores engenheiros devem ser homens” ou “mulher no volante, perigo constante”, “essa vaga deve ser preenchida pelo gênero masculino”. Pode-se dizer que essa mudança de mindset deve ser promovida essencialmente por toda a liderança e se desdobrar até a pirâmide base.
Como se pode observar, é evidente que ainda existem paradigmas e resistências em relação ao novo, porém, abrir-se a novas possibilidades e valorizar as pessoas, independentemente da sua orientação sexual, religião, cor e filosofia de vida, pode gerar ganhos para todos e trazer um novo significado para a empresa. Essa pluralidade gera a inovação no ambiente corporativo e cria estímulos para que os colaboradores tragam novas ideias e contribuam para alcançar e traçar metas com vistas às mudanças e transformações futuras.
Por Sandra Tambara (facilitadora), Leila Martins e Giovane Prestes (integrantes) do Grupo de Estudos de Diversidade, de Sorocaba.
