Fake news como identificar e evitar informações falsas?

Quando a tecnologia mostrou que chegou para ficar, e com revoluções múltiplas na maneira de nos relacionarmos como sociedade, especialistas cravaram: vivemos na Era da Informação.

Por que então, em pleno século 21 tornou-se tão importante aprender como identificar uma fake news? Afinal de contas, você já deve ter percebido a quantidade de desinformação que é veiculada e repassada por pessoas (via redes sociais ou aplicativos de mensagens) causando um verdadeiro labirinto sobre o que é verdade e rumor.

Para ajudar a minimizar os efeitos negativos desse tipo de atitude que beneficia a pouquíssimos e fere a ética profissional e pessoal, preparamos este post completíssimo!

Nos tópicos abaixo, vamos explicar em detalhes como evitar fake news e contribuir para que possamos assumir, orgulhosamente, que vivemos na Era da Informação!

O que é uma fake news?

As fake news se popularizaram, especialmente, em campanhas políticas. Foi assim na Rússia, nos EUA e no Brasil também. E isso não tem nada a ver com bandeiras políticas, mas uma ferramenta de comunicação com o único propósito: confundir.

E essa confusão pode ser motivada para causar medo, pânico e garantir que aquele ponto de vista, em particular, possa ser comprovado. Acontece que, como o próprio nome sugere, a fake news nada mais é do que uma mentira.

Em inglês, a palavra remete, em tradução livre, ao termo “notícia falsa”. E atualmente esses fatos mentirosos estão por toda a parte, no mundo inteiro!

Relatório recente elaborado pela Reuters, inclusive, apontou os 12 países com maior exposição às fake news. Abaixo, os cinco primeiros colocados do ranking:

  • Turquia;
  • México;
  • Brasil;
  • Estados Unidos;
  • Coreia do Sul.

Ou seja: é fundamental, em tempos atuais, que saibamos como identificar uma fake news e a evitá-las para que você não se torne um instrumento de disseminação de mentiras em seu círculo de amigos.

Por que as fake news viralizam tão rápido?

Em geral, são notícias de interesse público e coletivo. Normalmente, sobre questões polêmicas e com um caráter mentiroso e fantástico, claro, o que torna o choque de quem tem contato com esse rumor ainda maior. E, consequentemente, o desejo de repassar para mais pessoas.

Portanto, existem diversos elementos que contribuem para a sua proliferação rápida:

  • sensacionalismo;
  • público-alvo definido;
  • polêmica que ajude a reforçar um ponto de vista de quem o lê (estimulando, assim, o repasse das fake news);
  • facilidade de propagação pelos meios de comunicação utilizados.

É claro que isso, por si só, não é suficiente para aprendermos como identificar uma fake news. É para isso que as dicas a seguir vão ser melhor aplicáveis. Afinal de contas, além do caráter absurdo das notícias existem outros elementos em comum que podem ser analisados em grande parte dessas notícias falsas que percorrem a web em velocidade alucinante.

Como evitar fake news no dia a dia?

Assim como a fofoca no ambiente de trabalho, as fake news tendem a ter um ponto central verdadeiro. Os boatos nos corredores corporativos, entretanto, podem assumir um aspecto verdadeiro.

As fake news, por sua vez, não. Ainda mais porque elas podem surgir de formas muito variáveis. Às vezes, o texto está correto, enquanto a chamada do link é mentirosa. Em outras situações, pode acontecer de a imagem ser uma montagem, enquanto o texto foi retirado de diferentes fontes para formar um argumento próprio… Ou seja: a construção de uma fake news é bastante ampla, o que torna difícil até saber onde foi que a mentira teve início.

Que tal aprender a identificá-las e acabar com esse tipo de problema que só desagrega e conflitos de todas as espécies, entre pessoas com visões e perspectivas distintas?

Cheque a veracidade de todos os aspectos da notícia

Fake news costumam aparecer na timeline de nossas redes sociais — costumeiramente, já compartilhadas por um contato — e chocam, a princípio, seja pela imagem ou pelo conteúdo da manchete.

Entretanto, você pode descobrir como identificar uma fake news ao atentar-se na veracidade e confiabilidade da fonte citada. Pode ser, por exemplo:

  • o site (não só o endereço, como o domínio também);
  • a fonte usada na matéria;
  • o autor do conteúdo;
  • o perfil que compartilhou (especialmente, se a pessoa tem a tendência de compartilhar fake news).

Uma dica: normalmente, sites que disseminam as fake news possuem endereços similares aos de grandes portais de notícias — e não é raro que tenham um layout bem parecido também. Ao lermos rapidamente, focando mais no significado da matéria do que nos aspectos técnicos em si, nem percebemos esse tipo de coisa.

Por isso, crie o hábito de ir além da manchete ou da foto impactante. Analise as informações acima citadas para que você perceba, rapidamente, que pode ser algo mentiroso.

Inclusive, para aprofundarmos um pouco no aspecto psicológico da questão, temos um convite para você: salve para depois a leitura de nosso artigo sobre desonestidade no trabalho, e verifique como o campo ético abrange todas as áreas de nossas vidas!

Fique de olho na estrutura do texto

Diferentemente dos portais de notícias, que são geridos e nutridos por jornalistas e profissionais da área de comunicação, muitos sites que divulgam fake news são mantidos por pessoas sem o mesmo rigor técnico desses especialistas na elaboração de conteúdos digitais.

Não à toa, então, vemos tantas notícias falsas repletas de erros ortográficos e de formatação da página.

Cuidado com a data da publicação da matéria

Uma notícia antiga e compartilhada fora de contexto pode ser confundida com uma decisão atual sobre um tema similar. Muitas pessoas se aproveitam disso e compartilham fatos assim para causar discórdia entre as pessoas ou mesmo provar um ponto do seu argumento.

Mas, com uma verificada rápida na data de publicação, você já pode descartar e, assim, evitar uma fake news mais na sua rotina.

Confirme em outros sites 

Partindo do princípio: se você recebeu uma notícia diretamente de um aplicativo de mensagens instantâneas, mas esse fato tão impactante não figura em nenhum veículo de comunicação, algo está errado.

E, normalmente, é a notícia recebida pelo aplicativo que está errada.

É só pensar a respeito disso: por que nenhum dos grandes veículos de comunicação não estariam informados de algo que está correndo livre e publicamente pelo aplicativo de mensagens? A resposta é simples: porque esse material é uma desinformação, não condiz com a verdade.

Ao ler uma notícia assim, então, faça um exercício de checar em outras fontes. Copie trechos da matéria e pesquise nos mecanismos de busca (como Google ou Bing) para ver se surgem resultados similares. Se nenhum lugar — além da fonte que você viu primeiro — está noticiando, é melhor ter cautela com a veracidade desse tipo de conteúdo.

Denuncie as fake news

Esta dica tem menos a ver com saber como identificar uma fake news, mas é a etapa seguinte à descoberta: é importante usar as redes sociais — a ferramenta de denúncia — para apontar o conteúdo como falso.

Assim, menos fake news vão circular pela internet e, por consequência, impactar um número menor de pessoas.

Além disso, vale destacar outro ponto de atenção: só compartilhe o conteúdo se, mesmo após seguidos todos os passos anteriores, você tiver a certeza de que a notícia é, de fato, verdadeira.

Onde checar se as notícias são verdadeiras ou não?

Para complementar tudo o que vimos por aqui, vamos elencar uma lista de sites que têm trabalhado exclusiva e exaustivamente no combate às fake news. Assim, fica mais fácil checar se a notícia recebida tem um fundo de verdade, ou não.

São eles:

  • o Fato ou Fake foi elaborado pelo Grupo Globo e conta com a parceria de diversos profissionais de veículos de renome, como a CBN, a Época e o G1, entre outros;
  • o Comprova foi idealizado para lidar com as fake news em uma iniciativa de profissionais de quase 25 veículos de comunicação brasileiros;
  • a Agência Pública – Truco é uma instituição sem fins lucrativos e fez, entre 2014 e 2018, um trabalho de checagem de fatos;
  • a Aos Fatos também se especializou na checagem de fatos por meio da análise rigorosa de notícias com base em determinadas categorias;
  • a Agência Lupa está ligada ao jornal Folha de S. Paulo, e foi a primeira a se ocupar desse tipo de trabalho para evitar fake news disseminadas com tanta facilidade;
  • o Fake Check – Detector de Fake News tem origem na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e usa tecnologias para checar a veracidade das notícias;
  • o Boatos foi criado em 2013 pelo jornalista Edgard Matsuki em 2013 com o objetivo de apontar se as notícias mais populares na web são, ou não, verdadeiras;
  • o E-Farsas verifica, há um bom tempo, esse tipo de situação, sempre desmistificando os rumores que pipocavam na internet (como lendas urbanas) a fim de trazer à tona a verdade sobre esses casos.

Com essas dicas e links relevantes para checar os fatos, fica mais fácil evitar as fake news de proliferarem-se em suas redes sociais e aplicativos de mensagens. 

Fonte:Xerpa

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