Geração Z: quais as novas prioridades desses colaboradores

Imagem de StockSnap por Pixabay

A geração Z está pronta para ingressar no mercado de trabalho, mas será que as organizações e a pessoas das outras diversas gerações que nelas atuam estão realmente preparadas para receber os integrantes da geração Z?

A crise sanitária mundial fez com que a sociedade 5.0 reavaliasse os seus sonhos, metas e prioridades. Ao mesmo tempo, muitas pessoas ressignificaram esse momento e o transformaram em uma nova fonte de renda, de conhecimento ou uniram os dois, utilizando a internet como grande aliada nesse processo. Ao contrário das gerações anteriores, a geração Z já nasceu com acesso à internet.

Neste conteúdo, vamos conhecer um pouco mais sobre a geração Z, suas características pessoais, profissionais e como essas diferenças em relação aos grupos antecessores impactam no mundo corporativo. Sendo “cringe” ou não, você não pode perder essa leitura!

A origem da geração Z

Também chamados de “Centennials”, a geração Z é composta por indivíduos nascidos entre 1995 e 2010, e, agora, vamos descobrir um pouco mais sobre os seus precursores para entendermos a evolução das gerações no mercado de trabalho.

Baby Boomer

Os “baby boomers” são os nascidos entre o pós-guerra e o início da Ditadura Militar no Brasil (entre 1946 e 1964). São profissionais extremamente leais às suas empresas e que tinham como meta a estabilidade profissional, o que lhes custava a construção de laços afetivos familiares de qualidade.

Geração X

A geração X é composta de indivíduos nascidos entre 1965 e 1981, aqueles que perceberam a necessidade de equilibrar a vida pessoal e profissional para uma vida com maior qualidade física e mental.

Também conhecida por impulsionar a inserção das mulheres no mercado de trabalho, esse grupo acompanhou toda a evolução tecnológica e a invasão da internet mercado de trabalho.

O espírito empreendedor foi o ponto inicial dessa geração, além de outras características típicas, como, por exemplo, a crença na meritocracia; o respeito à hierarquia; coragem nos desafios impostos pelo ambiente corporativo; e dificuldades em encarar mudanças, principalmente se elas impactam a estabilidade financeira.

Geração Y

Os Millennials nasceram entre os anos 80 e início dos anos 90. Com a infância baseada na era digital, a conectividade e as facilidades dessa evolução estiveram presentes durante todo o seu desenvolvimento.

No mercado de trabalho, eles passaram por grandes dificuldades devido à criação de novas profissões e a automação de processos, o que os impulsionaram a se tornar profissionais capazes de realizar multitarefas e, assim, a se manterem competitivos e ativos no mercado de trabalho. Também houve uma busca por uma profissão na qual se possa fazer o que gosta e, ao mesmo tempo, ser bem remunerado por isso, alinhado ao conceito de ikigai.

Agora que conhecemos a evolução das gerações, vamos nos aprofundar nos Centennials, como também são chamados os membros da geração Z.

A Geração Z e suas características

Os integrantes dessa geração são pessoas marcadas pela tecnologia, pela inteligência artificial nos processos, e pela acessibilidade ligada aos dispositivos móveis, o que faz com que elas tenham características diferentes dos seus antecessores, e isso interfere diretamente nas relações e visões dessa geração. Confira!

Pragmáticos

Um perfil ligado a figuras realistas e práticas, com tendências a buscar diferentes meios para atingir seus próprios objetivos. São indivíduos pragmáticos, metódicos e focados em metas voltadas para a satisfação de suas necessidades financeiras. Utilizam o pensamento lógico para atingirem seus objetivos de modo responsável e ético.

Críticos

São jovens que tendem a possuir um raciocínio mais crítico, com um mindset aberto a novas experiências e aprendizados. As mudanças de comportamentos impostas pela tecnologia tornaram essa geração a primeira a lidar com a linguagem digital. Com isso, além da linguagem verbal e linguagem não verbal, a linguagem escrita digital trouxe novas formas de expressar sentimentos e opiniões, via emojis, gifs e memes, por exemplo.

Com esse universo se tornando cada vez mais ilimitado, a cada dia surgem novas figurinhas em aplicativos de conversas e isso desenvolve a mente desses jovens para as inovações, além de exercitar a capacidade crítica com criatividade, leveza e humor.

Indefinidos

Essa característica se dá justamente porque essa geração não aceita imposições ou rótulos. Eles defendem a quebra de estereótipos, sem definições de gênero, classe ou idade, por acharem que isso deixa a vida mais interessante e livre.

Na visão dos “Zs”, o importante é respeitar a individualidade e compreender as diferenças.

Comunicativos

Uma geração na era da hiperconectividade tornou os Centennials muito comunicativos e sem barreiras ou fronteiras que impeçam esses diálogos e interações. Também conhecidos pela superexposição, esses jovens não têm medo de expor nas redes as suas fragilidades e conquistas diárias.

Digitais

Mesmo com toda a definição de sua personalidade envolvendo a tecnologia e a facilidade que eles têm de utilizar novos aplicativos e ferramentas digitais, o wifi ainda perde lugar no ambiente de trabalho para as relações olho no olho, algo que pode ser diferente quando a geração alpha, nascidos a partir de 2010, entrar no mercado.

Empoderados

Esperar a ordem para depois executá-la?!

Essa não é uma característica dos Centennials. Sua proatividade latente faz com que eles se ofereçam para participar de processos, projetos e criações.

Excluí-los dessa participação pode fazer com que sua motivação diminua e, como eles não se prendem a coisas ou lugares, rapidamente vão encontrar outra empresa que queira sua presença.

As estruturas hierárquicas são menos relevantes e esses profissionais enxergam as organizações de forma mais achatada. Apesar disso, apreciam que em suas avaliações de desempenho sejam enfatizados os seus pontos positivos. Gostam que suas contribuições através de suas real skills sejam ressaltadas e que suas hard skills e soft skills sejam enaltecidas.

Criativos

A criatividade é aflorada na geração Z e isso é o que mais os diferencia dos grupos anteriores. Os processos burocráticos não são seu ponto forte, razão pela qual eles tentem a “pensar fora da caixa”.

Geralmente, os pensamentos inovadores acontecem porque eles acreditam que a empresa deve focar no que realmente importa, simplificando atividades morosas e com pouco valor agregado.

Desprendidos

Reter essa geração é o maior desafio das empresas. Por serem mais desapegados, também tendem a ser mais individualistas, tendo como metas principais o desenvolvimento profissional, a construção de suas carreiras e o seu próprio estilo de vida.

Eles não querem apenas ser “mais um”, mas sim os protagonistas da própria história. Não espere um time de Centennialsvestindo a camisa” da empresa, mesmo que a faixa salarial seja atrativa, a menos que suas reivindicações estejam sendo praticadas.

A geração Z e o mercado de trabalho

O Brasil tem cerca de 30 milhões de jovens dessa geração e isso fez empresas se inspirarem nas características comuns a esses jovens, o que facilitou o sucesso de instituições como Uber, Netflix, Spotify e startups que incentivam o estilo desse grupo.

As relações trabalhistas e papel dos sindicatos e conselhos de classe também estão sendo impactadas pela forma de pensar, agir e se comunicar dos Centennials, pois eles se relacionam de uma forma diferente com o trabalho, se comparado com as gerações anteriores. Esse é um grande desafio para que os diversos subsistemas de RH consigam transformar o RH do futuro para atrair, treinar e desenvolver, e reter esses novos profissionais.

A convivência natural com a tecnologia fez essas pessoas se tornarem mais antenadas, com pensamentos rápidos e habilidades multitarefas. Por isso, não é muito difícil encontrar jovens abrindo mão dos escritórios, buscando uma flexibilização do dress code, benefícios flexíveis ou até mesmo buscando modelos de contratação além da CLT tradicional. Inclusive, muitos se tornam nômades digitais.

Ganhar dinheiro já não é mais a única prioridade desse grupo, mas a conciliação que deve existir em se fazer o que gosta, ter qualidade de vida e o sucesso financeiro, o que os tornam profissionais criativos, curiosos, dinâmicos, interativos e multidisciplinares.

Empreendedores

O desafio é algo que está na veia dessa geração, o que a impulsiona a ter o seu próprio empreendimento ou se superar no intraempreendedorismo.

Afinal, a independência e a busca por sucesso financeiro com qualidade de vida compõem a marca registrada dos “Zs”, e isso os inspira na realização dos seus sonhos com a construção das próprias condições de trabalho.

Além disso, a ideia de não precisarem cumprir horários fixos e poderem realizar suas atividades de onde quiserem é a principal tendência dessa geração, o que reforça ainda mais o modelo home office.

Multitarefas

Agilidade e produtividade são características dessa geração que convive desde cedo com smartphones e tablets. Por isso, eles têm o hábito de fazer várias coisas ao mesmo tempo, o que os tornam mais aceitos em funções onde a pessoa deve estar atenta a vários detalhes simultaneamente.

As empresas precisam estar prontas para essa geração

Achar que os profissionais devem se adaptar à empresa, e não o contrário, pode se tornar a ruína das organizações que desejam fortalecer sua marca empregadora e inovar em seus produtos e serviços.

Afinal, em um mundo definido como VUCA e BANI, essa geração está sedenta por oportunidades e o RH deve estar atento a essas necessidades e particularidades.

Por isso, é importante considerar que os “Zs” poderão ser atraídos por empresas que consigam oferecer condições como:

Tais condições podem ser os principais caminhos para atrair, engajar e reter a geração Z em uma organização e desfrutar de suas inovações e soluções de problemas.

Mas nem tudo será fácil. Afinal, a geração XYZ precisará atuar em conjunto nas organizações, o que pode custar certa adaptação e flexibilidade de todas as partes.

O papel dos gestores será o de identificar e mapear esses perfis comportamentais e construir equipes que sejam complementares entre si. Com isso, será mais fácil praticar a empatia e o respeito às diversidades, características fundamentais em times de alta performance e empresas de sucesso.

Neste papel de alocar a pessoa certa no lugar certo, de acordo com seus valores, habilidades e objetivos, algumas empresas se destacam no que tange ao assunto de carreira e mercado de trabalho.

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