Grau de endividamento brasieliro em 2020: conheça os números!

A economia global foi profundamente afetada pela pandemia de Covid-19, por isso, entender qual é o grau de endividamento brasileiro em 2020 é importante para compreender as projeções para 2021, assim como para se preparar financeiramente para os desafios que podem surgir.

Dentro deste contexto, este artigo vai abordar questões como:

  • o impacto da pandemia na economia;
  • endividamento público;
  • endividamento das famílias brasileiras em 2020;
  • projeções para 2021.

Ter uma visão geral da situação econômica do país também é fundamental para colocar as finanças pessoais em dia. Assim, é possível fazer planos mais concretos, avaliar riscos e definir as melhores estratégias para passar pelo próximo ano.

Continue a leitura!

Como está o grau de endividamento brasileiro em 2020?

Definitivamente, 2020 não foi um ano fácil. Por isso, para compreendermos como está o grau de endividamento brasileiro em 2020, primeiro é necessário entender qual é a atual situação do país e os eventos que interferiram na economia brasileira ao longo do ano.

O impacto da pandemia na economia

O impacto da pandemia de Covid-19 na economia mundial foi enorme. No Brasil, as notícias sobre o coronavírus e o aumento dos casos de infecção pela doença se tornaram uma realidade após o Carnaval, e em março foi decretada oficialmente a quarentena. 

O período de quarentena manteve o comércio fechado e a maioria dos serviços parados. Com isso, a economia brasileira que já não andava muito bem, parou de crescer de vez. De acordo com as projeções dos economistas, o PIB brasileiro (Produto Interno Bruto) fechará o ano com uma retração de aproximadamente 6%.

Além da falta de crescimento econômico, a pandemia agravou a situação do desemprego no país. Com o serviços  parados, muitos estabelecimentos acabaram demitindo funcionários, e a taxa de desemprego atingiu 14,6%. Na prática, isso significa que atualmente há mais de 14 milhões de brasileiros desempregados. 

A ajuda financeira fornecida à população pelo governo através do auxílio emergencial permitiu a compra de itens básicos, mesmo que o valor não garantisse a cobertura de todas as contas básicas. 

Outro ponto que contribuiu para o grau de endividamento brasileiro em 2020 foi o aumento dos gastos das famílias. Segundo dados da pesquisa “Impactos do Coronavírus no Consumo”, realizada através de uma parceria entre a CNDL e a Offerwise, 42% dos brasileiros afirmam ter aumentado os gastos desde o início da pandemia. A maioria (68%) atribui esse aumento ao crescimento de gastos com supermercados.

Já em relação ao mercado financeiro, muitas pessoas que investem em ofertas a longo prazo seguiram investindo ao longo do ano. Com o baixo retorno da taxa Selic, que hoje está em 2% ao ano, a busca por ações aumentou. A procura por seguro de vida também cresceu em 12%.

Endividamento público

A situação do grau de endividamento brasileiro em 2020 não é das melhores. De acordo com o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, em entrevista à Reuters, o nível de endividamento do país pede atenção e cuidados.

O endividamento público é referente à emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional, a fim de financiar o déficit orçamentário do governo federal. Isso acontece quando o governo arrecada menos do que gasta.

Atualmente, o Brasil já tem apresentado o crescimento de dificuldades para pagar suas dívidas, o que aumenta a classificação de risco do país e, consequentemente, diminui o interesse de outros países em investirem por aqui. 

O crescimento da DBGG está bastante ligado à pandemia, que aumentou as despesas públicas para combater o coronavírus. De acordo com os especialistas, o impacto da pandemia mudou o patamar de endividamento público brasileiro esperado para a próxima década. 

Ainda segundo o secretário, o governo pretende realizar a venda de reservas internacionais para reduzir o endividamento público. Essas reservas servem como um tipo de seguro a ser usado em momentos de crise, como agora, garantindo que o país cumpra suas obrigações internacionalmente. Porém, a decisão ainda cabe ao Banco Central (BC).

Além disso, a equipe econômica do governo federal prevê que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) chegue a 100,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. Se a projeção se concretizar, essa será a primeira vez que o endividamento público passará dos 100%. 

Endividamento das famílias brasileiras

Se a economia geral não vai bem, não é surpresa que as finanças pessoais de grande parte da população também estejam comprometidas. Neste ano, o percentual de famílias com dívidas aumentou, o que também contribui para o grau de endividamento brasileiro em 2020.

Já em abril, esse percentual bateu recorde com uma taxa de 66,6% das famílias brasileiras endividadas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), em junho esse número chegou a 67,1%.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre as famílias com renda mensal de até 10 salários mínimos, 69% delas estão endividadas. O nível de inadimplência é de 26% das famílias que não conseguem pagar suas contas.

Como já dito, os gastos aumentaram durante a pandemia. Além dos gastos maiores com supermercado, 49% das pessoas atribuem o aumento das contas ao crescimento de preços de produtos e serviços.

A maior parte das dívidas das famílias brasileiras está vinculada ao cartão de crédito (76,1%), seguida de itens como cheque especial, carnês e financiamento de casas e veículos.

Projeções econômicas para 2021

Apesar do cenário, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a retomada da economia brasileira em 2021 pode ser um pouco melhor do que o imaginado anteriormente. Atualmente, a projeção é que o PIB tenha uma retração de 6% este ano, menos que as especulações de meses atrás que chegaram a 9,1%.

A atividade econômica brasileira deve aumentar 2,6% no próximo ano. A taxa básica de juros (Selic) deve permanecer em 2%. Também no próximo ano, o PIB deve crescer 2,8% em relação a este ano. Até 2030, a expansão deve se manter em 2,3% ao ano

Perante o grau de endividamento brasileiro de 2020, a expectativa sobre a DBGG é que ela só retome a trajetória de queda apenas em 2029. Ou seja, até lá, a dívida pública do governo deve permanecer acima dos 100%.

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Fonte:Xerpa

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