Mercado livre de energia tem nova onda de expansão

O Brasil tem registrado um grande volume no mercado livre de energia, ambiente em que empresas em certo nível de consumo podem negociar preços e condições diretamente com companhias de geração ou comercializadores.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que controla operações nesse mercado, relara um forte ritmo de migração de empresas para o segmento, com aproximadamente 130 adesões mensais, atrás apenas de 2016.

O fluxo em 2020 acontece enquanto preços de contratos livres de energia recuam ao menor nível desde 2016, em meio à queda na demanda associada à crise do coronavírus, com quarentenas em diversos Estados e municípios para tentar conter a disseminação da doença levando ao fechamento de muitas empresas e reduzindo atividades na indústria.

O movimento lembra em parte uma onda vista em 2016, quando as migrações envolveram média de 192 empresas por mês, ajudadas por uma disparada das tarifas das distribuidoras enquanto a crise econômica derrubava os preços dos contratos bilaterais.

A maior parte das empresas que tem sido autorizada a operar no mercado em 2020 tem demanda de cerca de 0,6 megawatt, contra um mínimo exigido em lei de 0,5 megawatt, apontou ele, citando como exemplos redes de lojas e supermercados e até mesmo grupos do setor de educação, como universidades e redes de escolas.

O forte crescimento do mercado livre acontece enquanto o governo do presidente Jair Bolsonaro busca aprovar uma reforma no setor elétrico que aumentaria a importância desse nicho.

Em tramitação no Senado, a reforma prevê gradual redução de exigências para que empresas atuem no segmento. Se aprovada, ela ainda definiria prazo de quatro anos para que o governo apresente plano prevendo que todos consumidores, inclusive residenciais, possam negociar livremente sua energia.

O número de empresas no mercado livre, incluindo geradores e comercializadoras, alcançou 10 mil até a terça-feira, 11.

Fonte: Reuters

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