O que as grandes empresas podem aprender com as startups?

As grandes empresas podem (e devem) aprender com as startups – aliás, esses dois mundos aprendem cada vez mais um com o outro. Ainda que as dinâmicas de trabalho sejam diferentes, existem muitas diretrizes fundamentais que valem tanto para um, quanto para o outro.

Allan Costa, que nos últimos anos se dedicou a investir em dezenas de staturps, comenta que: “esses dois mundos opostos possuem diversas sinergias que, muitas vezes, passam despercebidas”. O investidor listou cinco lições que grandes empresas podem aprender com startups, vejamos:

A primeira lição está diretamente ligada à cultura. Para Costa, a cultura é uma vantagem competitiva intocável e muito poderosa para qualquer empresa. A firma que não desenvolve uma cultura com rapidez em seus processos, com menos hierarquias e orientação a resultados, certamente enfrentará adversidades para manter seus resultados a longo prazo.

“A cultura é uma construção contínua. Da mesma maneira, empresas gigantes como Amazon, Google e Apple, mesmo com centenas de milhares de funcionários, conseguiram manter suas culturas corporativas relevantes ao longo das décadas, o que lhes deu uma vantagem competitiva muito grande frente às concorrentes”, comenta Allan.

A segunda lição está conectada com busca por crescimento. Está na natureza das startups ter foco e crescer o máximo possível, mesmo que estejam em um cenário incerto e com recursos escassos. Desta forma, é de costume que um uma startup grande fatia dos colaboradores tenham uma mentalidade de crescimento sucessivo. “Em grandes empresas, essa mentalidade pode se perder diante de tantas áreas diferentes, burocracia e processos. Quanto mais uma empresa cresce, é natural que muitos funcionários acabem “presos” em tarefas burocráticas e percam o foco no crescimento da companhia”, ressalta o investidor. Desta forma, fica claro a importância de que as grandes empresas saibam como apresentar e acompanhar as métricas para seus colabores e lograr mantê-los engajados.

Com a terceira lição, as grandes empresas devem aprender a construir uma cultura de aprendizado interrupto. As startups estão sempre passando por mudanças e se adequando à realidade de mercado, já que muitas delas precisam mudar suas formas de monetização. Já em uma grande empresa, é comum ter estabilidade no mercado e possuir clientes determinados, é costumeiro que acabem deixando de lado o pensamento de aprendizado interrupto e assim, acomodam-se em suas respectivas posições.

Ligada às duas lições anteriores, a quarta lição trata do aprendizado contínuo e busca por crescimento, o que faz com que as startups realizem muitos testos. Para seguir em frente e ter sucesso no mercado das startups, é preciso que testes sejam realizados e de preferência, nas mais variadas instâncias do negócio.

Nas grandes empresas todo o processo é mais lento e teste não são realizados de maneira frequente, o que faz com que o aprendizado e o crescimento da empresa acabem lesados.

A quinta lição está relacionada à velocidade da troca de informações, um ponto muito relevante se aplicado da maneira correta. À medida que uma empresa cresce, é normal que se criem núcleos e assim, a comunicação interna seja prejudicada. Conflitos na troca de informações dentro de uma empresa resultam em menos eficiência na tomada de decisões e nas ações da companhia.  Nas startups, a forma de trocar informações acontece de maneira dinâmica – isso deve ao fato das equipes serem reduzidas e os processos exigirem velocidade.

Reduzir núcleos e a hierarquização de uma grande empresa pode ser uma boa opção para melhorar a velocidade no fluxo de informações, um ponto muito relevante no mundo dos negócios atualmente.

Fonte: Gazeta do Povo

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