Por que não omitir experiências de trabalho informal do currículo

O ano de 2018 foi marcado pela maior taxa do trabalho informal desde 2012: foram 11,2 milhões de trabalhadores informais no setor privado, além dos 23,3 milhões que estavam trabalhando por conta própria. Muitos destes profissionais atuavam nesse formato enquanto continuavam sua busca por uma oportunidade CLT, porém, acabavam não acrescentando ao CV a experiência adquirida no período de trabalho sem registro em carteira.

“Notamos em entrevista que candidatos deixam de relatar experiências informais importantes, às vezes até em sua área de trabalho, por não ter sido registrada na carteira de trabalho”, conta Barbara Silva, especialista em RH da Luandre. Ela explica que é consenso no mercado: trabalho informal também pode dar força extra ao currículo. “Para muitas vagas o recrutador não analisa apenas os aspectos sobre a formação e os conhecimentos do candidato, mas também o tempo fora do mercado e a permanência em determinada função”, diz.

Para Bárbara, essa análise ocorre tanto em processos para vagas júnior, quanto para cargos de média e alta gestão: “a crise não escolheu segmento ou porte de empresa, então muita gente, de diferentes perfis e momentos de carreira, teve que buscar uma alternativa”, destaca.

Quando acrescentar experiências informais ao currículo?

A especialista destaca dois aspectos-chave para analisar o valor das experiências informais e como elas podem ser utilizada para enriquecer o currículo. O primeiro é quando o último emprego com carteira assinada foi há muito tempo ou existem intervalos longos entre as experiências recolocação. Sendo as últimas experiências profissionais na área a que o candidato é formado ou não, é importante incluí-las no CV, pois significam que o profissional não se acomodou e buscou alternativas de fonte de renda e conhecimento.

O segundo é para quando as experiências duraram tempo razoável. Experiências informais são importantes quando consistentes, ou seja, duram tempo suficiente para que a pessoa absorva conhecimento e experiência. “Quando o candidato atuou, por exemplo, por dois meses em empresa de segmento X, depois quatro em outra de segmento Y e mais quatro meses em uma terceira de segmento Z, mostra que ele não tem constância, o que pode prejudicá-lo ao invés de ajudar”, explica Bárbara.

Fonte: administradores.com.br

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