Primeiro trimestre fecha com melhoria nas condições do crédito para os pequenos negócios

Análise feita pelo Sebrae, a partir de dados do Banco Central, indica uma menor restrição ao crédito

A oferta de crédito para os pequenos negócios ficou menos restritiva e apresenta uma tendência de melhora, segundo aponta levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a partir dos indicadores da Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito. O trabalho, realizado pelo Banco Central, foi feito com base nos três primeiros meses de 2019. A tendência de melhoria vem se registrando desde 2016, mas os números positivos só passaram a ser observados a partir deste ano. Entretanto, a o levantamento também mostra que a demanda pelo crédito teve um pequeno recuo no mesmo período.

De acordo com dados do BC, os indicadores começam a mostrar uma recuperação no mercado de crédito, aparentemente para toda a economia. Os números também são favoráveis quando se trata de oferta e de aprovações que, mesmo em níveis ainda baixos, já são maiores do que os observados em toda a série histórica dos indicadores. Apesar da redução na força da demanda por crédito por parte das micro e pequenas empresas, entre dezembro do ano passado e o primeiro trimestre de 2019, os índices ainda são bons. “As taxas de juros também vem caindo desde 2017”, observa o especialista do Sebrae, Giovanni Bevilaqua.

Com os indicadores favoráveis, a tendência é de melhora nos próximos meses, o que poderá ser confirmado no próximo trimestre que termina em junho. Além disso, houve um aumento nas aprovações de crédito pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN), um fato que vem sendo registrado desde 2016. Isso foi observado em 2018 em relação às corporações de grande porte, enquanto que para os pequenos negócios ocorreu somente a partir de 2019.

O último ponto a ser considerado é o expresso pelo indicador de aprovações de crédito por parte do Sistema Financeiro Nacional. As aprovações de crédito para todos os portes vêm aumentando continuamente desde 2016, mas somente em 2018 é que os números passaram ao terreno positivo para as grandes empresas. Já para as micro, pequenas e médias empresas o mesmo ocorreu somente a partir do último mês de janeiro.

A modalidade de crédito mais utilizada pelos Microempreendedores Individuais (MEI) é o uso do cheque especial. Entre 2012 e 2018, essas operações somaram R$ 7 bilhões, seguidas do capital de giro (5,8 bilhões) e do desconto de cheque (R$ 3,6 bilhões). A taxa média de giro foi bastante elevada neste mesmo período, chegando a mais de 242% ao ano em créditos por adiantamento a depositantes, uma modalidade superior ao cheque especial, que somou de 226% ao ano.

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Fonte: Agência Sebrae

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