Quarta onda: entenda os reflexos da pandemia

A pandemia foi um divisor de águas no funcionamento da sociedade. Além dos problemas de saúde, a crise financeira e depressão são algumas das consequências da Covid-19

O grande ponto é que diante das incertezas que a doença trouxe, o isolamento social passou a ser uma realidade por longos períodos de tempo, e muitas pessoas tiveram que lidar com problemas financeiros, familiares ou com o desemprego. 

Ou seja, tiveram a sua saúde mental afetada diretamente.

De acordo com uma pesquisa do provedor de benefícios de saúde mental, Lyra Health e a National Alliance of Healthcare Purchaser Coalitions, 40% dos funcionários admitem estar esgotados. 

Dois terços deles afirmam que sua saúde mental foi afetada com a pandemia, interferindo na sua produtividade. 

No Brasil a pandemia está longe de acabar e muito se fala da “quarta onda” da Covid-19, que prevê exatamente essas consequências psíquicas da pandemia, como ansiedade, depressão e outras doenças. 

Neste artigo vamos tratar sobre: 

  • O que é a quarta onda da pandemia?; 
  • Como anda a saúde emocional e financeira da população?; 
  • Dicas para fugir da crise financeira e depressão na pandemia.

Se interessou pelo assunto? Então, siga em frente e boa leitura! 

O que é a quarta onda da pandemia?

Especialistas da saúde (médicos, psicólogos e psiquiatras) descrevem a  quarta onda da pandemia como um momento que impacta a saúde mental das pessoas. 

É uma onda onde ficam evidentes os reflexos da Covid-19, resultando no estresse, ansiedade, crise financeira e depressão.

 Isso ocorre em função da insegurança econômica no país, as incertezas do mercado em relação ao emprego e a doença em si e o isolamento social, que provoca medo e pânico nas pessoas. 

Mas será que já não estamos vivendo essa quarta onda? Veremos a seguir alguns números que podem confirmar esse cenário. 

Como anda a saúde emocional e financeira da população? 

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o Brasil lidera o ranking de casos de ansiedade causados pela pandemia. A ansiedade atingiu 63% das pessoas e a depressão 59%. 

Esses números estão ligados principalmente ao isolamento social, revelou a pesquisa. 

O reflexo disso é um aumento de 250% no número de atendimentos psicológicos, segundo a Amarq, especializada na gestão de benefícios. 

Se a saúde emocional foi afetada, o estresse financeiro também passou a fazer parte da rotina de muitas famílias. 

Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego bateu recorde atingindo 13,5% da população, ao todo, mais de 13,4 milhões de pessoas ficaram sem trabalho no país. 

Até por isso o ano de 2021 começou com um número maior de brasileiros endividados, chegando a 66,5%, apontou uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Isso corresponde a um aumento de 1,2% comparado a janeiro de 2020. 

Diante desses dados, é possível perceber que a chamada quarta onda da pandemia já é uma realidade. Afinal, a crise financeira e depressão vêm atingindo a população de forma concreta diariamente. 

Dicas para fugir da crise financeira e depressão na pandemia

Com a quarta onda em ascensão, que vem acompanhada da crise financeira e depressão, é essencial se atentar a alguns pontos para não se afundar nesses problemas. Para lhe ajudar a permanecer bem na pandemia trouxemos algumas dicas abaixo. Confira! 

Não exagere nos estímulos negativos

Esse é um momento onde estar a par de todos os acontecimentos pode fazer a diferença para ser assertivo nos cuidados e prevenção contra a Covid-19. No entanto, o excesso de informação pode causar ansiedade e medo. 

Até por isso, para tentar seduzir essa sobrecarga de informações negativas, evite ficar 24h por dia assistindo o noticiário ou lendo notícias da pandemia. Tente intercalar esse tempo com momentos de diversão, como assistir a um filme, série ou até a leitura de um livro.

Essa pequena mudança no seu dia a dia pode potencializar seu ânimo e diminuir um pouco o estresse e as preocupações relacionados à pandemia.

Mantenha contato com seus amigos e familiares

O isolamento social faz parte da nossa realidade e com isso sentimos falta de um apoio emocional por parte dos nossos amigos e familiares. Contudo, dá para amenizar essa situação de distanciamento usando a tecnologia a seu favor. 

Use seu computador ou celular e marque conversas rotineiras com seus colegas e familiares. Apesar do distanciamento físico, esse tipo de interação, mesmo que à distância, pode trazer um alívio a sua saúde mental.  

Crie rotina 

O descontrole, mental e financeiro, estão cada vez mais acentuados com a pandemia. A solução para não se afundar nesses problemas é estabelecer uma rotina diária. Definindo horários para trabalhar, fazer exercícios, almoçar, jantar e dormir. 

Ter esse controle sobre o próprio dia pode trazer uma sensação de tranquilidade maior sobre a rotina, já que você saberá exatamente o que precisa fazer no seu dia.

E não só isso, um dia planejado tem como alicerce a organização, que dá um certo alívio sobre o que você tem que fazer. 

Coloque tudo na ponta do lápis 

A crise financeira e depressão também tem relação com a pandemia. Afinal, o estresse financeiro afeta diretamente a forma de agir das pessoas. 

Tanto que 78% delas apontam a incerteza financeira como a principal causadora de preocupação e ansiedade no dia a dia, de acordo com uma pesquisa da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil)

Por isso, para evitar se afundar numa crise financeira em meio a pandemia, é essencial ter um controle completo sobre as finanças. Isso significa que tudo deve estar na ponta do lápis, ganhos e gastos (fixos e variáveis). 

Com essa visão sobre suas contas fica mais fácil fazer cortes, evitar gastos excessivos, que leve suas contas para o vermelho, e poupar dinheiro. 

Confira outro conteúdo do nosso blog onde falamos sobre como manter a saúde financeira em dia, clicando aqui

Corte despesas

Com a instabilidade financeira do país, cortar despesas pode ser de grande valia para não entrar no vermelho e se deixar dominar pelo estresse financeiro. 

Em meio a pandemia, 60% dos brasileiros adiaram algumas das suas compras e 37,7% começaram a guardar recursos por pura preocupação com o futuro, conforme pesquisa da FGV Ibre

Por isso, siga esse mesmo caminho e priorize o essencial (convênio médico, aluguel, luz, água) e corte despesas variáveis (serviços de streaming, planos de telefone móvel, TV). 

Aproveite esse momento de isolamento para poupar o dinheiro que usaria em passeios ou alimentação fora de casa. 

Toda economia, nesse tempo de pandemia e instabilidade financeira, pode fazer a diferença para evitar a crise financeira e depressão, causada pelo estresse financeiro. 

Renegocie as dívidas

80% das pessoas se sentem mais tristes quando estão endividadas, mostrou um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). No Brasil são mais de 61 milhões de pessoas endividadas. 

Nesse cenário, a pandemia pode evidenciar a crise financeira e depressão. Para tentar mudar esse cenário, uma boa alternativa é renegociar as dívidas. Assim, é possível evitar que tudo se torne uma bola de neve. 

A pandemia é um bom momento para pegar aquela dívida que está pesando no seu orçamento e sentar com seu credor para prorrogar o pagamento, reduzir as taxas de juros ou quem sabe pedir um desconto para pagar à vista. 

Essas renegociações de dívidas são fundamentais para dar um alívio na sua saúde mental, reduzindo o estresse e as preocupações com as suas finanças.

Saia do buraco financeiro e mental!

Como percebemos ao longo desse conteúdo, a crise financeira e depressão são uma realidade dentro da quarta onda da pandemia da Covid-19 em que o país entrou. Com isso, muitas pessoas tiveram sua saúde emocional e saúde financeira afetadas. 

Entretanto, o maior perigo não é passar pela crise financeira e depressão, mas sim se afundar nelas e não saber como sair. Para evitar isso, apresentamos acima algumas dicas para que você não mergulhe de cabeça nos problemas mentais e financeiros. 

Já que, apesar da pandemia, do isolamento social e da instabilidade financeira, é possível seguir em frente, se organizando e controlando seu dia e suas finanças. 

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Fonte:Xerpa

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