Relacionamento entre corporações e scale-ups

Cada vez mais, as corporações olham para inovação aberta como uma alternativa de realizar a transformação cultural e digital, deixar os processos internos mais ágeis e gerar impacto na sociedade.

Neste artigo, falamos um pouco sobre as possibilidades de inovação aberta para as corporações.

Aqui na Endeavor, desde 2014, nós conectamos corporações que têm uma estratégia de inovação mais madura com empreendedores e empreendedoras à frente dos negócios que mais crescem no país.

O grande diferencial das scale-ups é justamente o seu grau de maturidade, o que facilita a geração de negócios com as corporações. Elas já têm um modelo sólido e validado, com soluções plug and play que escalam mais rápido, de acordo com a necessidade do cliente. E, por já existirem há alguns anos no mercado, já têm experiência para navegar pelas corporações com cases comprovados, o que diminui o risco.

Por isso, usamos nossa experiência de seis anos em inovação aberta para te ajudar a superar esses principais desafios e facilitar o relacionamento com scale-ups. Confira as nossas dicas.

Passo 1 – Checklist para a escolha de scale-ups parceiras

Antes de mais nada, ao escolher uma empresa, você deve prestar atenção nesses detalhes:

  • Fit da solução da scale-up com demanda da corporação;
  • Estágio de crescimento;
  • Check de referências e histórico;
  • Perfil dos empreendedores.

Lembrando que não existe uma resposta certa, é preciso considerar o contexto, o seu desafio e os resultados que espera obter.

Se os lados entenderem que existe uma sinergia e estão dispostos a trabalhar juntos, desenham uma POC – é a oportunidade da scale-up mostrar como pode gerar valor e da corporação ganhar agilidade.

O que é uma POC?

Uma POC (do inglês, Proof of Concept) é a forma mais simples de testar se a solução de uma scale-up resolve o problema de uma área da corporação antes da contratação efetiva. É um projeto enxuto, que soluciona um problema em pequena escala, por tempo limitado, com entregáveis pré-definidos.

Em Open Innovation, a POC é a primeira etapa para validar o valor que uma solução pode agregar, para depois dar escala a ela.

Passo 2 – Envolva as áreas viabilizadoras desde o início da relação

A inovação aberta não acontece só com o head de inovação em uma grande empresa. Ela passa por compras, jurídico, TI e segurança da informação, por exemplo. Isso pode fazer com que os processos demorem mais que o esperado para acontecer.

E, como as scale-ups normalmente têm uma velocidade diferenciada, vale aplicar, dentro da sua empresa, processos mais rápidos e ágeis – que chamamos de fast tracks:

  • Crie contratos/ NDA’s padrão para scale-ups;
  • Estabeleça prazos razoáveis de negociação – considere que os prazos de pagamento afetam diretamente a operação da empresa de alto crescimento;
  • Tenha processos de cadastro de fornecedor simplificados e que não exigem tantos documentos.

Passo 3 – O que fazer para destravar o avanço dos projetos dentro de casa

Não só o envolvimento de todas as áreas garantem que os projetos avancem dentro da organização. Por isso, sugerimos algumas dicas que podem ajudar a ter a agilidade das scale-ups:

  • Tenha um sponsor interno que destrave os processos;
  • Busque quick wins para provar internamente a eficiência do projeto;
  • Garanta que a estratégia de inovação seja top-down: as lideranças precisam estar compradas;
  • E, claro, tenha métricas claras: tanto para cada projeto quanto para os objetivos de inovação da sua corporação. As metas do projeto precisam estar alinhadas com as da empresa e ser compartilhadas com outras áreas envolvidas no projeto. Além disso, é importante medir o número de colaboradores engajados em iniciativas de inovação aberta.

Passo 4 – Dica dos mentore/as Endeavor

No encontro do Corporate Hub de setembro, tivemos um bate-papo com os sócios e mentore/as Endeavor Dra. Fabiana Fagundes e Dr. Rodrigo Menezes sobre os aspectos jurídicos da relação com a scale-up – que, segundo mapeamento feito por eles, é um dos maiores desafios das corporações. Dessa mentoria, separamos algumas lições:

  • O processo de criação de valor tem que ser benéfico para todos. As corporações precisam acelerar o crescimento das scale-ups que, por sua vez, irão acelerar a inovação das corporações;
  • É preciso envolver stakeholders em todas as áreas do processo;
  • As corporações precisam entender que fazer inovação demora, demanda tempo;
  • O problema das questões jurídicas entre corporações e scale-ups é tentar encaixar uma bola no quadrado. Geralmente, os parceiros não falam a mesma língua. Por isso que o trabalho do sponsor para intermediar essa relação;
  • Uma das funções do head de inovação é fazer o trabalho de catequização do board.

Para finalizar, os mentore/as deixaram uma dica de livro que fez toda a diferença em sua jornada: A Empresa Criativa.


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