Remuneração tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

Oferecer uma boa remuneração é um dos aspectos mais importantes da gestão de pessoas e negócios. Afinal, todo profissional busca um retorno financeiro satisfatório na hora de avaliar oportunidades de trabalho. Nesse cenário, é importante estar por dentro de tudo o que envolve o assunto, desde o conceito às normas da CLT.

Pensando nisso, explicamos neste artigo tudo o que você precisa saber para não cometer erros no plano de remuneração da sua empresa. Confira abaixo os tópicos que trataremos no post:

  • O que é remuneração
  • Tipos de remuneração
  • Remuneração fixa
  • Benefícios da remuneração fixa
  • Pagamento sob demanda
  • Remuneração variável
  • Benefícios da remuneração variável
  • Critérios para remuneração variável
  • Políticas de remuneração
  • Remuneração por competência
  • Remuneração funcional
  • Participação acionária
  • Plano de benefícios
  • Convênio com academia
  • Vale-cultura
  • Assessorias diversas

Se interessou? Continue conosco e acompanhe tudo a seguir!

O que é remuneração?

Ao contrário do que muitos pensam, remuneração não é sinônimo de salário. Salário é a compensação financeira mensal que o colaborador recebe por seus serviços. Remuneração é a soma do salário aos demais benefícios, ou seja, a totalidade dos ganhos do funcionário.

É muito importante utilizar os termos corretos para garantir a transparência dos contratos de trabalho. Assim, a empresa evita duplas interpretações e eventuais disputas jurídicas por divergências com os colaboradores. Além disso, os colaboradores ficam sempre a par dos seus ganhos e direitos.

Segundo a CLT, as verbas consideradas como remuneração são aquelas que fazem parte da base de cálculo para 13º salário, férias, rescisões e encargos como INSS e FGTS. Além do salário, entram nessa conta os seguintes pagamentos:

  • benefícios (vale-transporte, vale-refeição, etc);
  • horas extras;
  • adicional noturno;
  • adicional de periculosidade;
  • adicional de insalubridade;
  • descanso semanal remunerado (DSR);
  • comissões;
  • gratificações;
  • quebra-caixa;
  • gorjetas.

De acordo com a Lei 13.467/2017, no art. 457 da CLT, as seguintes verbas não são consideradas remuneração, ou seja, não entram nas bases de cálculos citadas anteriormente?

  • abonos;
  • prêmios;
  • ajuda de custo de até 50% do salário;
  • abonos habituais/salário in natura (aluguel de casa, carro, escola dos filhos, etc);
  • diárias para viagem, ainda que excedam 50% do salário.

Quais são os principais tipos de remuneração?

Existem dois grandes tipos de remuneração: a fixa e a variável. Cada uma delas tem suas vantagens, desvantagens e particularidades que precisam ser consideradas. A seguir, saiba mais sobre elas e veja qual é mais adequada para a sua empresa.

Remuneração fixa

Remuneração fixa é o valor que cai na conta do trabalhador todo mês, incluindo o salário e todos os adicionais que compõem a renda fixa do profissional, como o adicional noturno e o de insalubridade. Também fazem parte desse tipo de remuneração benefícios como vale-transporte e vale-alimentação, entre outros.

O pagamento da remuneração fixa não é feito necessariamente em dinheiro, mas também em forma de cupons, cartões e outras modalidades, dependendo do benefícios concedido.

Benefícios da remuneração fixa

Com a remuneração fixa, o colaborador sabe exatamente quanto vai receber no final do mês, podendo organizar suas finanças pessoais com mais tranquilidade. Essa também é uma vantagem para a empresa, que ganha mais controle sobre as receitas que serão destinadas ao pagamento dos funcionários.

Por outro lado, aquele dinheirinho extra sempre bem-vindo nas horas de aperto não está presente na vida do trabalhador. Caso ele precise de um respiro financeiro, precisará esperar o 13º salário ou o pagamento das férias, pagamentos previstos em lei para a remuneração fixa.

Pagamento sob demanda

Normalmente, é estipulada uma data fixa no mês para o pagamento da remuneração fixa, mas a tecnologia trouxe novas possibilidades quanto a isso. Atualmente, vem ganhando espaço no mercado o pagamento sob demanda, no qual o colaborador tem acesso imediato ao salário dos dias já trabalhados no mês.

Assim, os funcionários não precisam esperar pelo dia de pagamento para contar com o dinheiro, obtendo mais controle sobre as próprias finanças.

O app Xerpay, que funciona integrado à plataforma de RH da empresa, é uma ótima ferramenta para o pagamento sob demanda. Por meio dele, o colaborador pode acompanhar seus ganhos ao longo do mês e solicitar recebê-los quando quiser.

Após a solicitação, o app envia o dinheiro imediatamente para a conta do colaborador. No dia em que a empresa faz o pagamento integral da remuneração, a parte adianta é devolvida para a plataforma.

Remuneração variável

A remuneração variável é o valor referente a bonificações e comissões pagas por vendas ou produtividade, variando de acordo com o desempenho do colaborador. Normalmente, funciona como um complemento à remuneração fixa, mas também há casos em que o profissional conta apenas com o pagamento variável.

Ao contrário da fixa, a remuneração variável não acontece necessariamente todo mês. O funcionamento e os valores dependem do plano traçado pela empresa. Entre os pagamentos mais comuns desta categoria destacam os bônus por produtividade, comissões, gorjetas e planos de participação nos lucros

Olhando para fora das grandes empresas, temos também uma grande gama de profissionais autônomos e liberais que se beneficiam da remuneração variável. Nestes casos, o trabalhador recebe apenas pelas vendas e serviços executados no mês, sem contar com um valor fixo garantido.

Benefícios da remuneração variável

Por se atrelada ao bom desempenho, o maior benefício da remuneração variação é servir como motivação para os funcionários. Ao perceber que seu trabalho está sendo valorizado com uma bonificação por cumprimento de metas, o empregado naturalmente se engaja e passa a render ainda mais.

Inclusive, ao ver o sucesso de um colega, os outros colaboradores podem se inspirar, criando um ambiente de muita motivação e alta performance.

Por outro lado, se o clima interno for ruim, o efeito pode ser o contrário, gerando inveja e ciúmes. É preciso uma gestão atenta e forte para evitar esse tipo de situação e cortar o mal pela raiz quando ela surgir. Chame os funcionários para uma conversa franca, para reforçar que todos podem ter benefícios caso apresentem um bom desempenho.

Critérios para remuneração variável

Para oferecer remuneração variável, é preciso primeiro definir qual modelo será adotado. O pagamento será feito por metas alcançadas? Melhor desempenho na equipe? Qual será a periodicidade? Quais serão os objetivos estipulados?

Com isso resolvido, decida quais indicadores de produtividade serão utilizados para avaliar os funcionários. É importante que essas métricas sejam comunicadas a todos, para garantir que o processo seja transparente. Assim, todos ficam satisfeitos e bem informados sobre o que precisam fazer para conseguir as bonificações.

Outro ponto importante é definir como será paga a remuneração variável. Afinal, assim como a fixa, nem sempre ela é paga em dinheiro. Pode ser uma viagem ou um investimento em cursos, por exemplo. Tudo depende contexto, da empresa e do perfil dos funcionários.

De um jeito ou de outro, os complementos à remuneração devem estar previstos no orçamento da empresa. Uma boa dica é determinar um valor máximo, um teto que pode ser investido.

Simule um cenário em que todos os colaboradores atinjam 100% das suas metas, para não ter surpresas caso esse desempenho excelente realmente aconteça. Quando o assunto é direcionamento de verbas, é preciso sempre ter uma margem de segurança garantida.

Quais são as políticas de remuneração mais comuns no mercado?

Seja qual for o tipo de remuneração praticado, toda empresa define políticas e critérios próprios para fazer o pagamento dos colaboradores. Dependendo do modelo de negócio e do perfil da organização, um modelo pode ser mais adequado que o outro em determinado contexto.

A seguir, conheça as políticas de remuneração mais comuns e suas principais características.

Remuneração por competência

Esta política de remuneração valoriza o nível de aprimoramento do profissional e sua importância para a equipe. Nesse modelo, colaboradores que assumem mais atividades e responsabilidades são melhor remunerados, com o cargo que ocupam ficando em segundo plano.

Pense, por exemplo, em um analista de marketing que busca evoluir profissionalmente por meio de um MBA. Em uma empresa que pratica a remuneração por competência, essa pessoa tem grandes chances de receber um aumento — caso, é claro, mostre na prática o valor do que aprendeu em aula.

Aquele funcionário engajado, que entrega sempre além do que é pedido, é outro forte candidato a ganhar reconhecimento financeiro. Afinal, toda empresa quer reter talentos que se interessem pelo negócio e se aprimorem para conquistar melhores resultados.

Remuneração funcional

Na remuneração funcional, a importância do cargo ocupado e o tempo de casa são critérios importantes para a valorização dos colaboradores. Também chamada remuneração meritocrática, é uma prática mais tradicional, em que os gestores ganham mais pela responsabilidade que assumem.

Nesse modelo, funcionários mais antigos tendem a receber mais que os novatos, mesmo que exerçam a mesma função na equipe.

Além disso, as vantagens podem ir além do salário. Em muitas empresas, por exemplo, profissionais a nível de gerência e acima ganham direito a uma vaga na garagem e outras regalias.

O maior benefício dessa política de remuneração é o incentivo aos planos de carreira. Se ele for bem estruturado, será uma motivação a mais para os colaboradores perseguem suas metas e buscarem cargos mais elevados.

A consequência disso é o aumento da retenção de talentos. Afinal, com tantas possibilidades de crescimento e boa remuneração, a tendência é que os funcionários queiram permanecer por mais tempo na companhia.

Participação acionária

A participação acionária é uma política de remuneração muito usada para cargos de gestão. Ela consiste em oferecer uma fração da empresa ao colaborador, transformando-o em um dos donos da companhia, mesmo que em pequena escala. Essa fração pode ser repassada em cotas ou ações, dependendo do tipo de sociedade firmada pela empresa.

Com isso, o profissional tem a chance de receber dividendos ou lucrar futuramente com a venda do título financeiro. Trata-se de um benefício que pode ser muito rentável, mas que está condicionado aos resultados do negócio.

Como o colaborador passa a ser proprietário da empresa, acaba criando mais compromisso, identidade e orientação para resultados. Afinal, executar um bom trabalho poderá trazer um retorno muito grande, enquanto um mau desempenho pode significar um enorme prejuízo.

Antes de oferecer participação acionária a um colaborador, certifique-se de que ele tem as características adequadas, como entusiasmo, engajamento e senso de dono. Qualquer erro nesse momento significa um grande risco para os reais proprietários do negócio.

Plano de benefícios

O pacote de benefícios faz parte do plano de remuneração de toda empresa, mas algumas se destacam mais neste quesito do que outras.

Hoje, oferecer apenas benefícios básicos como vale-transporte e assistência médica não é mais suficiente para satisfazer os colaboradores. É preciso ser criativo e ir além do óbvio, buscando vantagens diferenciadas e relevantes para o dia a dia dos funcionários. Confira abaixo alguns exemplos:

Convênio com academia

Atividades físicas ajudam a aumentar a criatividade, a memória e a concentração dos colaboradores. Portanto, ter convênios com academias pode ser útil para manter o bem-estar dos funcionários e torná-los mais produtivos. 

Vale-cultura

Muitas empresas vêm adotando esse benefício como forma de proporcionar entretenimento e crescimento pessoal aos colaboradores. Afinal, atividades que envolvem leitura, cinema e teatro são extremamente importantes para aumentar a bagagem cultural dos funcionários. Além disso, é uma forma de oferecer ao time boas opções de lazer a custo zero.

Assessorias diversas

Algumas organizações de grande porte incluem no pacote de benefícios assessorias diversas para a vida pessoal dos colaboradores. Entre as mais comuns estão as assessorias jurídica, financeira, social e psicológica.

Esse suporte é muito importante em alguns momentos chave, como doenças graves, divórcios e dívidas. Ao oferecer apoio ao colaborador nesses casos, a empresa garante que ele passe pela situação da forma mais tranquila possível, sem que isso afete seu desempenho no dia a dia.

A iniciativa também é uma boa oportunidade para aumentar o poder de retenção de talentos na empresa. Com esse apoio extra em questões complicadas, os colaboradores tendem a se sentir mais valorizados e engajados nos objetivos do negócio.

Além disso, tudo é feito de forma confidencial, protegendo a identidade da pessoa em situações controversas.

Chegamos ao fim do nosso guia sobre remuneração. Agora que você já está por dentro do assunto, que tal colocar o que aprendeu em prática? Mantenha o RH informado sobre o que diz a lei sobre remuneração e avalie quais práticas são mais adequadas para a realidade da sua empresa. Assim, você garante tranquilidade para o negócio nesse quesito!

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Fonte:Xerpa

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