saiba como usar a administração financeira na crise!

Administração financeira na crise é algo relativamente novo para os empreendedores. Acontece de tempos em tempos, é verdade, mas dificilmente estamos preparados para lidar de maneira rápida e efetiva.

Por isso, um bom plano de gestão empresarial pode servir como a bússola para navegar através de tempos turbulentos assim. Afinal, mesmo que não saibamos qual será a origem da próxima crise, seus profissionais vão saber como conduzirem o negócio sem que desperdícios e prejuízos se acumulem.

Esse tipo de  administração financeira, envolve boas práticas de gestão empresarial. Afinal, em um momento conturbado e de incertezas, é importante manter a calma e tomar decisões pautadas em números e argumentos. Para tanto, é possível blindar-se com algumas orientações interessantes, como:

  1. Analise os números;
  2. Avalie o corte de gastos;
  3. Reúna-se com todos os colaboradores;
  4. Redefina as metas;
  5. Tome cuidado com as solicitações de crédito;
  6. Cuide também dos seus colaboradores;
  7. Prospecte novos clientes;
  8. Invista em diferenciais competitivos;
  9. Coloque a razão acima da emoção;
  10. Cuidado com as ações extremistas.

E é sobre isso que vamos falar ao longo deste artigo. Nos próximos tópicos, vamos explicar a importância da gestão empresarial e como aplicá-la para garantir um cenário positivo com boas práticas de administração financeira na crise.

Boa leitura!

A importância da gestão empresarial

Mesmo quando não existem crises despontando no horizonte, a gestão empresarial é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento de qualquer empresa. E por diversos motivos, entre eles:

  • agrega mais segurança ao seu patrimônio;
  • permite um planejamento personalizado, de acordo com as suas necessidades e objetivos;
  • mantém a equipe focada, ciente do que fazer — e como fazer — diante de diversos cenários;
  • melhora o fluxo de trabalho, orientando todas as equipes sobre as suas responsabilidades;
  • gera um crescimento sustentável, pautado em números e não em palpites incertos.

Dessa maneira, uma boa administração financeira na crise vai se converter em planos de ação previstos para reter gastos, minimizar os impactos negativos na economia e fazer com que o empreendimento siga funcional e produtivo.

As dicas de gestão empresarial para uma administração financeira na crise

Para quem vai começar a montar o planejamento agora, ou mesmo para quem já aplica boas práticas de gestão empresarial, as dicas a seguir podem servir como um bom guia de orientação. Confira quais são, e analise a possibilidade de implementá-las na rotina da sua empresa!

1. Analise os números

Você acompanha todos os índices financeiros e qualquer outro dado que ajude no monitoramento de sua empresa? Isso é essencial, independentemente de qualquer crise que estejamos vivendo.

E sabe por que? Essas informações são cruciais para saber se uma estratégia está rendendo o esperado e, também, permite o diagnóstico de problemas que podem estar desacelerando a sua busca por resultados.

Por isso, convém começar a sua gestão empresarial por meio do que os relatórios e planilhas têm a dizer. Interprete-os, para entender o quanto uma crise financeira pode prejudicar o seu negócio, e também quais soluções adotar para que a saúde financeira permaneça em dia.

Complementarmente, aproveite para avaliar os registros dos últimos meses e, assim, avaliar o que está errado. Talvez, uma equipe esteja gastando (tempo e recursos) mais do que o necessário ou, até mesmo, o fluxo de trabalho contenha diversos gargalos produtivos.

Isso tudo se converte em um desperdício inaceitável para qualquer empreendimento, mas especialmente para uma boa administração financeira na crise.

2. Avalie o corte de gastos

Ainda de carona no último tópico, uma boa maneira de usar a gestão empresarial em benefício da empresa, mesmo diante de uma crise econômica, é o corte de despesas.

E, convenhamos: é sempre possível reduzir algo, aqui e ali, para melhorar os resultados. Em uma crise financeira, então, esse assunto torna-se elementar para garantir um fôlego nas contas, ao final do mês.

Para isso, faça um mapeamento para entender para onde vai cada centavo: investimentos, contratações, manutenção da empresa, produção… Tudo, para que não existam imprevistos na hora de calcular os gastos e também os recebimentos nesse período.

Estamos falando de um momento no qual o equilíbrio das contas deve ser feito. Portanto, qualquer economia é mais que bem-vinda para enxugar o orçamento empresarial.

3. Reúna-se com todos os colaboradores

A administração financeira na crise não depende, apenas, dos esforços da gestão e do RH em conscientizar: cabe a todos. Por isso, reúna-se com todas as equipes e tenha o máximo de clareza e transparência na mensagem.

Afinal de contas, é comum que as pessoas se sintam temerosas e até desmotivadas diante de um cenário tão adverso. O medo pelo desemprego é um deles, assim como os resultados ruins podem prejudicar a produtividade e engajamento dos funcionários.

Então, esse diálogo ajuda a unir e integrar todos. Faz com que a missão de poupar, usar os recursos assertivamente e evitar erros (que se traduzem em desperdícios e prejuízos) criem um ambiente mais perigoso e propício ao corte de mão de obra com o tempo.

4. Redefina as metas

O almejado crescimento de 15% ao ano pode ter que esperar. Pois, em uma crise financeira, o mercado inteiro é afetado. O consumidor compra menos, as empresas têm resultados inferiores aos meses anteriores e as incertezas se acumulam.

De nada adianta, portanto, manter a meta anteriormente prevista se ela se tornou, em decorrência da crise, um número inalcançável. Nessas situações, as reuniões devem ocorrer periodicamente para analisar, rever e projetar novos números que garantam, primeiramente, o controle financeiro.

5. Tome cuidado com as solicitações de crédito

Às vezes, pode ser inevitável a solicitação de empréstimo com uma instituição financeira. No entanto, evite que essa prática ocorra sem o mínimo de planejamento e sem garantias de que os compromissos (prazos) sejam respeitados.

Pois os juros e taxas, além de eventuais multas, podem colocar a perder todo um planejamento financeiro. Dessa maneira, a administração financeira na crise prevê uma atenção maior a essas alternativas que resolvem um problema, em curto prazo, mas que podem se converter em uma adversidade maior em médio e longo prazo.

Outra dica interessante nesse sentido: renegocie suas dívidas. Busque prazos mais acessíveis, taxas menores ou, até mesmo, facilidades para quitar o débito se feito imediatamente. Isso pode se traduzir em um período mais tenso, a princípio, mas com menos riscos para a empresa posteriormente caso as dívidas se acumulem.

6. Cuide também dos seus colaboradores

Não negligencie a gestão de pessoas. Primeiramente, porque a questão é parte inerente da gestão empresarial, mas também porque os funcionários têm tantos receios e temores quanto os gestores, no que diz respeito a uma crise financeira.

Aqui, vale reunir-se com o RH para ajudar a manter a produtividade, a motivação e o engajamento elevados. A busca por resultados deve existir, afinal de contas, e é importante que a conscientização atinja a todos os departamentos da empresa. Sem exceção.

7. Prospecte novos clientes

Ponto importante, e que muitos parecem esquecer-se, ao lidar com a administração financeira na crise: existem oportunidades de negócios mesmo em um ambiente turbulento economicamente.

O desafio, aqui, está em identificá-las. Por isso, vá ao mercado, prospecte, relacione-se e estimule os seus colaboradores a fazerem isso com afinco. Lembre-se que a sua empresa não vai parar por conta da crise, apenas desacelerar: daí, a importância em considerar alternativas estratégicas para gerar renda enquanto, internamente, a redução de custos permanece trabalhada.

8. Invista em diferenciais competitivos

Para complementar o tópico anterior, vale a pena observar o mercado para identificar carências que os concorrentes ainda não exploraram. Por exemplo: prazos de pagamento mais flexíveis, entregas mais rápidas e novos modelos de negócios que estreitem os laços comerciais com seus parceiros.

Tais medidas podem estimular o consumismo ainda que o momento não seja ideal. Ainda mais, porque você está concedendo facilidades para que tais compras ocorram sem que ninguém corra sérios riscos de gerar inadimplência nesse período.

9. Coloque a razão acima da emoção

Gestores e donos de empresas tendem a se abalar com os ecos de uma crise financeira. Não por menos, já que as incertezas colocam em xeque o planejamento de um ano inteiro, muitas vezes.

Só que é importante manter a calma, respirar e agir com objetividade e clareza. A tomada de decisão deve vir pautada em números e argumentos, nunca em palpites e, menos ainda, em prostração — algo que pode ocorrer quando o estresse nubla o raciocínio lógico.

Especialmente, na liderança. Esse deve ser um exemplo que cause inspiração, nos colaboradores. Se os próprios líderes estão assustados e aparentam não saber o que estão fazendo, os funcionários têm altas chances de reagirem da mesma maneira.

10. Cuidado com as ações extremistas

Por fim, sua gestão empresarial deve considerar todas as alternativas. Isso porque, muitos empreendedores embarcam em uma jornada de “vida ou morte” para salvar o seu negócio.

O que isso significa? Que, em vez de reduzir drasticamente as receitas — significando um encolhimento no faturamento —, as pessoas tentam manter o mesmo porte e resultados até que as dívidas se tornem um impeditivo para que o empreendimento sustente-se por mais um mês.

Vale a pena considerar — principalmente, diante de uma crise financeira — todas as suas opções. Reduzir um faturamento de R$ 1 milhão para R$ 500 mil parece catastrófico, mas permite que, ao final desses tempos turbulentos, toda a empresa se reerga para recuperar o seu espaço e ter uma ascendência comercial novamente.

Fonte:Xerpa

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