Taxa prefixada e pós-fixada: o que é e qual escolher?

Se você está acostumado a fazer aplicações em renda fixa ou já realizou algum empréstimo, provavelmente já ouviu falar em termos como taxas prefixadas e pós-fixadas. Mas você realmente sabe o que significam?

É importante entender o que é taxa prefixada e pós-fixada para fechar contratos e não ficar no prejuízo. A primeira é uma taxa definida previamente e permite que o consumidor saiba o valor exato a pagar. Enquanto isso, a segunda é vinculada a índices de inflação ou juros, podendo variar conforme a economia do país.

Embora as duas taxas tenham definições bem distintas, não quer dizer que uma seja melhor do que a outra. Ambas possuem suas vantagens e desvantagens no momento de um investimento.

Se você é iniciante no assunto e quer conhecer um pouco mais sobre os diferentes tipos de investimentos, sugerimos também a leitura deste artigo para se aprofundar.

Agora, se quer saber qual é a melhor opção para você entre as duas taxas, acompanhe o conteúdo a seguir. Boa leitura!

O que é taxa prefixada e pós-fixada e quais suas diferenças?

Esta é uma das principais dúvidas das pessoas no momento de montar uma carteira de investimentos ou de contratar um empréstimo mais longo. Afinal, qual o significado e diferenças dessas duas taxas? Qual devo escolher?

É necessário conhecer detalhadamente cada uma delas para entender seus significados e diferenças. Confira:

Taxa prefixada

A taxa prefixada é aquela que foi determinada antes da contratação de um empréstimo ou da realização de um investimento. Portanto, o valor exato de todas as parcelas a serem pagas são fixas e sob o controle do contratante.

Com ela, no caso de um empréstimo, é possível ter juros prefixados. Essa opção costuma ser considerada mais segura contra as oscilações do mercado.

Isso acontece, pois, na taxa prefixada, o valor firmado em contrato não mudará com o tempo, independente da situação da economia.

No investimento não é diferente. Com taxas prefixadas, a pessoa sabe desde o início quanto a compra do título trará de rendimento ao longo do período até o resgate. Portanto, é possível estimar a rentabilidade no resgate que está realizando desde o começo.

Taxa pós-fixada

Já a taxa pós-fixada é aquela que está vinculada a índices de inflação e juros de curto prazo. Por isso, elas podem variar de acordo com o tempo e economia do país.

Na opção pós-fixada, o consumidor poderá ter sua parcela alterada mensalmente, sem nenhuma previsibilidade. Ela está relacionada às taxas de base que remuneram as cadernetas de poupança.

No caso de um empréstimo, os juros estão relacionados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) que acompanha a inflação. Desse modo, a pessoa passa a ter o valor das prestações alterado, normalmente ficando mais caro, mês a mês.

Quando se trata de um investimento, a taxa pós-fixada não é informada aos investidores previamente. Logo, apenas será possível saber a rentabilidade e retorno, acompanhando as mudanças nos índices da inflação.

Como essas taxas se comportam nos diferentes tipos de investimentos?

Agora que você já entende como cada uma das taxas funcionam, é importante saber como elas se comportam diante dos principais investimentos de renda fixa. Acompanhe:

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional que consiste na venda de títulos públicos federais para pessoas físicas. Ele tem como objetivo democratizar o acesso a esses títulos.

Os títulos públicos oferecidos pelo Governo Federal se dividem em três opções: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+.

Ao optar por um título prefixado desse programa, a pessoa consegue saber antecipadamente qual será a sua rentabilidade no momento do resgate no vencimento de seu título.

Nessa opção, caso a pessoa queira resgatar o valor antecipadamente, pode ter uma rentabilidade diferente da firmada no momento da aplicação, deixando de ser uma alternativa vantajosa.

O Tesouro IPCA+ possui uma taxa pós-fixada, portanto pode ser uma excelente opção para investimentos a longo prazo. Ele pode ter um rendimento acima da inflação, assim, a rentabilidade pode ser maior do que na taxa prefixada.

Agora, com o Tesouro Selic, que segue a taxa básica de juros, a pessoa poderá contar com menores alterações do mercado. Portanto, é um investimento vantajoso para quem quer ter uma rentabilidade maior em um curto prazo de tempo.

Para que você entenda um pouco mais sobre Tesouro Direto, confira abaixo um vídeo da Nath Finanças sobre o assunto:

CDBs

CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário e, geralmente, é uma opção de investimento em renda fixa bastante vantajosa para quem busca estabilidade e segurança em seus investimentos.

Esse investimento pode oferecer três tipos diferentes de rendimento: o prefixado, com um juro estabelecido antes da contratação, e o pós-fixado que é atrelado à variação de um índice, geralmente, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). A terceira opção seria a mesclagem das duas taxas, mas que é menos comum.

Desse modo, quando contratado por taxa pós-fixada, a rentabilidade do CDB é atrelado ao CDI, logo, a pessoa paga o percentual de variação no período da compra até o vencimento do título.

Enquanto isso, com a taxa prefixada de juros, é possível saber a rentabilidade bruta do investimento. Por exemplo, se um título oferece taxa de juros de 5% ao ano, é possível calcular quanto receberá ao final. Basta considerar o valor investido, a taxa de juros e o período até a data de vencimento.

LCI e LCA

LCI é a sigla de Letras de Crédito Imobiliário, que tem como objetivo apoiar a criação de crédito imobiliário no Brasil. Já o LCA é a abreviação de Letras de Crédito do Agronegócio, que é voltado para o setor do agronegócio no país.

Esses títulos são emitidos por bancos com o objetivo de captar recursos financeiros destinados a empréstimos, que serão oferecidos para os dois setores.

Normalmente, por se tratarem de títulos de baixo risco, seus rendimentos costumam ser positivos. Porém também irão depender das taxas de juros prefixada e pós-fixada.

Assim, caso seja contratado por uma taxa prefixada, o rendimento ao final será fixo. Por exemplo, se um LCI rende 9,9% ao ano e sua aplicação inicial é de R$ 25.000,00, após 12 meses, o investidor poderá resgatar R$ 27.475,00.

Agora, se a taxa escolhida é pós-fixada, o resgate estará atrelado a uma taxa variável, como o CDI ou o IPCA, por exemplo.

Isso significa que, se um LCI rende 92% do CDI, o valor final só será conhecido na data de seu vencimento, visto que o CDI pode estar maior ou menor do que estava quando o título foi comprado.

Ainda existe também a LCI e LCA híbridas, que têm remuneração atrelada a indicadores como o IPCA e juros prefixados.

Como escolher entre taxa prefixada ou pós-fixada?

Agora que você já sabe o que é taxa prefixada e pós-fixada, é importante saber em quais momentos optar por cada uma delas. Como já citamos anteriormente, não há uma opção melhor ou pior do que a outra. Ambas possuem vantagens e desvantagens que devem ser levadas em consideração.

O primeiro passo para saber qual é a melhor opção para você, é entender seu objetivo do investimento ou empréstimo que será realizado. Na hora de escolher, será preciso considerar a estimativa de evolução, no caso das taxas pós-fixadas, e o valor da taxa de juros nominal oferecida em cada uma.

Além disso, nos casos de investimento, você precisa entender o seu perfil de investidor – gosta de arriscar ou é mais conservador? Além disso, é necessário ficar de olho no cenário atual do mercado econômico e saber se a inflação está muito alta ou não.

Os juros prefixados, apesar de se manterem fixos durante todo o tempo e serem uma opção segura, podem render menos caso a rentabilidade seja menor do que a inflação.

Em outras palavras, quando você investe em um pós-fixado, é muito difícil perder dinheiro para a inflação, por exemplo. Já em um prefixado, isso pode acontecer com mais facilidade. Por outro lado, em um momento de queda de juros, o prefixado pode ter uma rentabilidade altíssima.

Portanto, além de saber o que é taxa prefixada e pós-fixada, é crucial entender seu perfil de investidor e acompanhar constantemente as variações de mercado. Apenas assim será possível determinar qual a melhor taxa para seu investimento ou empréstimo.

Fonte:Xerpa

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