Diferença entre produto e serviço: Você sabe? Entenda aqui

Mulher com documentos em pé

Os pequenos negócios comerciais podem se confundir com empresas prestadoras de serviços. Por isso, para não existir confusão nas definições, é importante compreender as características e a diferença entre produto e serviço. Dessa forma, o empreendedor conseguirá escolher a atividade correta que corresponde ao tipo de empresa que deseja abrir.

Levantamento realizado pela Contabilizei indica que o setor de serviços segue em franca expansão no quesito da abertura de empresas com 64% do total de empresas abertas no Brasil, enquanto Comércio ficou responsável por 29% e Indústria com 6%. Os dados são referentes ao primeiro semestre de 2023. Comparado a 2022, o setor de serviços ganhou ainda mais protagonismo, quando representava 57% do total.

Mas, para saber qual a melhor opção para você abrir um CNPJ, veja o que levar em consideração de acordo com os especialistas em abertura de empresa da Contabilizei.

Diferenças entre vender produtos e serviços

Quando analisamos empresas baseadas em produtos, é possível dizer que os produtos serão os mesmos para todos os clientes. Logo, a experiência do cliente tende a ser mais previsível. Já na prestação de serviços, é ainda mais fundamental o relacionamento com o cliente, uma vez que o serviço pode variar de acordo com as necessidades de cada um. Ademais, há outras diferenças entre serviços e pequenos comércios de produtos.

1. Diferenças tributárias em relação a empresas de produtos e serviços

Empresas que revendem produtos estão sujeitas ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Esses impostos incidem sobre a venda de mercadorias e variam de estado para estado. Além disso, há o PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que também incidem sobre a venda de produtos.

Já as empresas que prestam serviços estão sujeitas ao ISS (Imposto sobre Serviços). Esse imposto é municipal e varia de acordo com a cidade onde a empresa está localizada. O ISS incide sobre o valor dos serviços prestados.

Agora, algumas empresas têm tanto atividades de revenda de produtos quanto prestação de serviços. Nesse caso, é importante separar as receitas e calcular os impostos separadamente, de acordo com a natureza de cada atividade.

Além disso, é essencial estar ciente das obrigações acessórias, como a emissão de notas fiscais adequadas e o cumprimento das obrigações contábeis e fiscais.

Consultar um contador ou especialista em tributação é sempre uma boa ideia para garantir o correto cumprimento das obrigações fiscais de sua empresa. Fale com a Contabilizei e saiba como podemos te ajudar.

2. Diferenças de público-alvo

O público-alvo de prestação de serviços e pequenos comércios costumam ser diferentes entre si. Empresas que comercializam produtos podem vender e anunciar para todo o país, enquanto empresas prestadoras de serviços tendem a ter um público-alvo mais local.

Um cabeleireiro, por exemplo, costuma atender clientes de uma região próxima a seu local de atendimento, enquanto um lojas de roupas podem vender para todo o Brasil através de um e-commerce. Mas isso, claro, com serviços que exigem uma presença local. Há diversos trabalhos no ramo do marketing, tecnologia e administração que permitem a prestação de serviços online.

Dessa forma, as estratégias de atuação de serviços e venda de produtos serão diferentes, para que assim, consigam atingir o mercado que almejam.

3. Diferenças do investimento em marketing

As estratégias de marketing tendem a ser muito diferentes entre empresas de produtos e serviços. Empresas baseadas em produtos costumam investir para divulgar a marca para diferenciá-la de outros com características similares. Logo, o marketing pode vir a alcançar uma região ou até o país inteiro.

Já as empresas de serviço preferem investir mais em marketing direto para clientes em potencial de uma área específica. Este tipo de negócio costuma ter como foco a experiência do cliente e a sua satisfação. Assim, a empresa busca a oportunidade de se destacar para fidelizar seus consumidores.

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4. Diferença de planos de negócios

Quanto ao plano de negócios, empresas de produtos têm como foco a construção da reputação da marca. Dessa forma, a empresa consegue melhorar seu posicionamento no mercado e, consequentemente, vender cada vez mais. Já as empresas de serviços têm como foco o aumento da receita. Neste caso, o posicionamento de mercado não tem tanta importância.

No processo de vendas, também há diferença entre serviços e produto. As empresas de produto costumam ter resposta mais rápida, pois o cliente tende a tomar decisões de compra mais rapidamente. Entretanto, essa decisão de compra pode variar dependendo do produto comercializado. A decisão por comprar imóveis e carros têm um processo mais longo do que decidir por comprar roupas, itens de supermercado, entre outros.

As empresas de serviço podem exigir negociações e contratos com o cliente. Logo, o processo de venda poderá durar mais tempo. Neste caso, o tipo de serviço também tem influência no tempo da decisão de compra. Um pacote de viagem demanda um processo de venda mais longo do que um serviço de corte de cabelo.

5. Diferença na forma de medir e precificar

Produtos e serviços também possuem formas diferentes de medir e precificar. Os produtos podem ser medidos através de medidas de massa, tamanho ou volume. Já os serviços podem ser medidos através de unidades de tempo como diárias ou horas trabalhadas, ou pelo esforço que o profissional ou a empresa terão para executar a atividade oferecida.

Estes fatores citados acima devem ser levados em consideração na hora de precificar um produto e serviço. Dessa forma, o valor ficará justo para quem está pagando e para quem está recebendo.

6. Diferença de perecibilidade

Enquanto produtos são armazenados em estoque, ocupam espaços, precisam circular no mercado e possuem prazo de validade, os serviços não funcionam sob a mesma lógica. No caso dos serviços, eles praticamente não possuem perecibilidade, pois este é prestado e consumido de forma simultânea. Sendo assim, o serviço é consumido por alguém na mesma hora em que está sendo produzido.

Como fazer análise do novo negócio? Passo a passo

Sempre há um risco em abrir um novo negócio, pois sempre é necessário um investimento inicial. Muitas empresas fecham em menos de dois anos de atividade. Isso acontece, principalmente, devido à falta de planejamento, gestão e a dificuldade de atingir os resultados e metas esperadas desde o momento da abertura da empresa. Por isso, o estudo de viabilidade do negócio se torna fundamental para atuar estrategicamente e para lidar com situações inesperadas.

Todos os fatores que envolvem o início de um negócio devem estar presentes neste estudo de viabilidade. Assim, será possível entender e planejar o novo negócio para o futuro.

1. Verificar a necessidade do negócio

Este tipo de estudo é importante para obter informações suficientes para medir o real potencial de retorno de investimento. A verificação de necessidade de um negócio é fundamental sempre que se pretende lançar um novo produto, atingir um novo público ou ampliar a área de atuação da empresa. Ou seja, toda vez que surgir a ideia de lançar um novo projeto.

Assim, será possível avaliar se os fundamentos elaborados são válidos. Em resumo, este tipo de estudo será usado para entender se uma grande ideia realmente poderá se tornar lucrativa e real para o mercado, além de trazer o retorno esperado.

2. Reúna informações

Cada negócio possui uma expectativa de retorno diferente. Por exemplo, uma loja online e uma empresa de serviços de comunicação possuem mercados diferentes com características e rendimentos próprios. Logo, a pesquisa de mercado é uma etapa fundamental para perceber e entender qual será a rentabilidade do negócio no contexto atual.

Também é importante definir o público-alvo e pesquisar como conseguir atingi-lo.

3. Projete as receitas

Através das análises realizadas anteriormente, será possível projetar as receitas e estabelecer a expectativa de retorno do novo negócio. Esta expectativa irá variar de acordo com o tipo do negócio. Por exemplo, se o novo negócio for uma camiseteria, provavelmente, poderá ser estabelecido um horizonte de dois a quatro anos. Entretanto, se o produto for algo mais elaborado, o retorno poderá precisar de um prazo maior.

Este estudo envolve, principalmente, para a projeção de metas do novo negócio, como o público-alvo, taxas de conversão, vendas, definição de faturamento, entre outras.

4. Calcule os custos

A projeção de receitas é realizada, basicamente, através de estimativas. Quanto aos custos, é possível diminuir o grau de elasticidade de elasticidade neste tipo de projeção. Isto acontece porque há os custos fixos e variáveis, sendo que os primeiros são mais fáceis de serem avaliados. Os custos fixos envolvem custos como aluguel e o número de funcionários que serão necessários para o novo negócio.

Já os custos variáveis estão relacionados à produtividade. Este custo envolve perguntas como:

  • Para atingir a meta estabelecida anteriormente na projeção de receita, quantos produtos precisam ser elaborados?
  • Será necessário pagar quanto de comissão para os vendedores?
  • Qual montante do faturamento bruto será descontado de impostos?

As análises dos custos fixos e variáveis são fundamentais para descobrir se o negócio é viável, se há uma taxa de rentabilidade e se a lucratividade será alta.

Como mudar de ramo e começar um novo negócio?

Geralmente, alguns dos fatores que levam empreendedores a cogitar uma mudança de ramo são a forte concorrência, endividamento, dificuldades no setor e falta de inspiração. Porém, esta decisão não pode ser tomada de forma impulsiva, pois a falta de conhecimento no novo ramo pode resultar em escolhas equivocadas.

Logo, como saber quando se deve mudar o modelo de negócio da sua empresa? Em primeiro lugar, é importante que o empreendedor esteja atento aos cenários de mercado, planejar e se informar sobre novas tendências.

As variáveis internas e externas devem ser levadas em consideração, como também, as questões pessoais e empresariais, vendas em queda, reclamações em excesso, falhas, devoluções de produtos, alta rotatividade de funcionários, produtividade em baixa, falta de propósito entre outras questões. Todos estes fatores devem nortear a decisão do empreendedor de mudar de ramo.

Além disso, é recomendável que o empreendedor faça uma orientação profissional e uma consultoria com um contador para levantar dados que podem passar despercebidos. Quanto às dívidas do negócio atual, é preciso avaliar a situação financeira empresarial e pessoal antes de encerrar as atividades.

Cada situação tem suas especificidades. A melhor alternativa poderá ser buscar um recurso societário e somar esta força de trabalho. Porém, se for um negócio inovador que demanda tecnologia, o ideal seria buscar um investidor. Ainda assim, a dica que vale para todo empreendedor é que ele una suas afinidades com uma boa oportunidade de negócio.

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