Apenas 15% dos profissionais consideram seu ambiente de trabalho ideal para saúde mental

Imagem de homem com mão no rosto desesperado

A saúde mental se tornou um tema constantemente discutido no mercado de trabalho ao longo da pandemia – infelizmente, por motivos negativos. Sobrecarregados com as demandas profissionais e isolados em suas casas, brasileiros acometidos por ansiedade, depressão ou outros problemas mentais ou emocionais se tornaram ainda mais numerosos, tendo sérias dificuldades em seu cotidiano durante esse período.

É o que comprova a pesquisa Saúde Emocional e Carreira, realizada pela área de Educação in Company do Administradores Premium, streaming de educação para negócios do Administradores. Seus dados revelam que apenas 15,3% dos profissionais consideram seus ambientes de trabalho como lugares ideais para sua saúde mental.

Apenas 17,6% dos 800 respondentes de todo o Brasil, consultados entre os dias 18 e 21 deste mês, declaram sua saúde emocional como muito boa – uma parcela pequena e preocupante. “A sobrecarga de trabalho e o excesso de atividades são alguns dos maiores influenciadores desses resultados, o que acende um alerta para as empresas prestarem mais atenção em seus times e na qualidade de vida de todos”, ressalta o pesquisador e terapeuta Vasco Patú, professor do “Respira: Programa de Combate ao Estresse e Ansiedade“, no Administradores Premium. A íntegra do estudo pode ser

Dentre os problemas mais relatados do tipo, 33,7% disseram ter sido diagnosticados com ansiedade, junto a 15,3% que sofrem com depressão e 7% com estresse crônico. Conforme destaca Patú, o diagnóstico de um profissional capacitado é essencial para o direcionamento do melhor tratamento a ser seguido. Na prática, entretanto, são poucos os que buscam essa solução.

A pesquisa identificou que, dentre aqueles que suspeitavam estar enfrentando alguma doença mental, apenas 20,5% decidiram buscar o auxílio de um psicólogo, enquanto 21% optaram por consultar um médico. Mas 31,5% nunca procuraram a ajuda de um especialista na área para terem o apoio necessário para lidar com a situação. Os demais preferiram apenas conversar com amigos, colegas de trabalho, familiares ou líderes religiosos.

Dos profissionais que nunca tiveram diagnóstico formal, 48% disseram suspeitar estarem sofrendo de ansiedade, 14%, de estresse crônico, e 12%, de burnout. “A saúde mental não é, até hoje, tida como essencial para muitas pessoas. Mas, já está mais do que na hora de mudar esse pensamento, uma vez que qualquer um desses sintomas pode trazer consequências sérias para cada um”, ressalta Patú.

Estudo busca lançar luz sobre tema

“Por aqui, já treinamos mais de 100 mil profissionais, dos mais variados níveis e segmentos”, afirma Simão Mairins, que lidera a área de Educação in Company do Administradores e coordenou o levantamento. “Seja na liderança ou no chão de fábrica, as questões emocionais estão sempre presentes. Percebemos que tanto quem lidera quanto quem é liderado têm dificuldades para lidar com o assunto. Com esse levantamento, esperamos colocar luz sobre o tema e ajudar o mercado a construir ambientes de trabalho mais saudáveis”, acrescenta.

No mês em que se celebra o Setembro Amarelo, colocar sobre a mesa a discussão sobre a saúde mental e emocional se mostra essencial para garantir um ambiente equilibrado, evitando, assim, danos irreversíveis. “O isolamento social trouxe impactos drásticos para a vida de muitas pessoas. Por isso, as empresas precisam, mais do que nunca, priorizar a construção de locais de trabalho saudáveis para todos, por meio de ações que combatam esses diagnósticos e façam com que todos se sintam felizes em sua rotina”, conclui Patú.

Clique aqui para conferir a íntegra do estudo.

Fonte: administradores.com.br

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