Como abrir uma empresa de prestação de serviços?

Você sabia que o setor de serviços é responsável por aproximadamente 70% do PIB nacional? Isso mostra como empresas desse segmento são lucrativas e importantes para a nossa sociedade. Portanto, se você gostaria de empreender, pode ser útil aprender como deverá agir para que possa abrir uma empresa de prestação de serviços.

Um negócio desses pode ser de qualquer natureza possível, desde uma clínica de odontologia até um serviço de dedetização, passando por escritórios de advocacia e arquitetura, academias e muito mais. No entanto, independentemente do tipo do serviço, todas as empresas dessa categoria começam pelo mesmo caminho que mostraremos neste artigo.

Quer empreender e aprender como abrir uma empresa de prestação de serviços? Então siga a leitura do artigo abaixo!

Como abrir uma empresa de prestação de serviços?

Para verificar como abrir uma empresa de prestação de serviços, precisamos em primeiro lugar decidir três elementos sobre ela e, depois, seguir o passo a passo da burocracia. Siga a leitura para saber mais!

Porte da empresa

O primeiro ponto a decidir sobre a sua empresa de serviços é o porte dela. Considerando que 99% de todos os negócios no Brasil são de micro ou pequeno porte, é provável que você tenha de escolher entre dois portes em específico: o de Microempresa (ME) ou o de Empresa de Pequeno Porte (EPP).

No primeiro caso, uma ME é uma empresa que fatura até R$360 mil reais por ano, pode ter sócios, vários funcionários e atuar em diversas áreas econômicas diferentes. Ela é a melhor opção para quem não pode ser MEI ou tenha a necessidade de contratar vários colaboradores.

Já a Empresa de Pequeno Porte serve para as empresas prestadoras de serviço que atuam em uma escala um pouco maior, faturando de R$360 mil a R$4,8 milhões anuais. Desse modo, são negócios com mais funcionários e melhor capacidade de rendimento.

Regime Tributário

Em seguida, será necessário escolher qual o Regime Tributário para a sua empresa de prestação de serviços. Nesse ponto, não há resposta certa a ser indicada. Tudo dependerá do seu contexto municipal e estadual, além da área de atuação. Afinal, as alíquotas cobradas em cada Regime, bem como suas condições especiais, dependem de cada área.

No geral, existem três sistemas a escolher:

  • Simples Nacional, que costuma ser mais vantajoso para quem fatura até R$4,8 milhões. Ele simplifica a cobrança de 8 impostos em uma única guia, o que facilita a vida da empresa;
  • Lucro Presumido, que assume uma certa fatia do faturamento como lucro para a cobrança dos impostos. Tem limite de faturamento de até R$78 milhões anuais;
  • Lucro Real, que exige que a empresa mostre o quanto lucrou para o cálculo de tributos. Isso pede um controle mais rigoroso das contas, mas não há limite de faturamento aqui.

Natureza jurídica

O terceiro elemento a resolver antes de abrir sua empresa prestadora de serviços é a sua natureza jurídica. Em termos simples, é possível escolher um dos modelos de empresas de dono único (EI, EIRELI ou SLU), cada uma com suas regras, limites de faturamento e atividades permitidas, ou empresas com no mínimo dois sócios pelos sistemas de LTDA (Sociedade Limitada), SS (Sociedade Simples) ou SA (Sociedade Anônima). A escolha dependerá de cada atividade econômica que a empresa realizará.

Passo a passo para abrir empresa de serviços

Definidos os três elementos em questão, o próximo passo é lidar com a burocracia do processo de abertura de empresas no Brasil. Basicamente, o primeiro ponto a definir é ver se a sua prestação de serviços exige algum tipo de registro profissional. Por exemplo, advogados devem se registrar na Ordem dos Advogados do Brasil, enquanto dentistas devem fazer o registro no Conselho Federal de Odontologia e por aí vai.

Em seguida, é importante verificar outros requisitos específicos de cada tipo de prestação de serviços. Áreas de medicina devem ter espaços que cumpram determinados requisitos, enquanto escritórios de arquitetura não precisam disso. É essencial se adequar a isso antes de seguir os próximos passos.

Depois de estar adequado com o seu contexto, basta pegar toda a documentação exigida para a abertura de empresa (RG, CPF, comprovante de endereço, IPTU do imóvel da empresa e Contrato Social, caso tenha sócios) e ir até à Junta Comercial estadual ou até ao Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, dependendo da sua atividade.

Com isso você conseguirá o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE) do seu negócio. O próximo passo é requerer um CNPJ com a Receita Federal e usar esses documentos para poder lidar com a burocracia municipal da sua cidade: alvarás de funcionamento, inscrição municipal e outras obrigações que a sua Prefeitura exija, inclusive para poder emitir notas fiscais eletrônicas ou tradicionais. Lembre-se de que você precisará pagar o ISS por ser uma empresa prestadora de serviços.

Vale a pena ser MEI prestador de serviços?

Na maior parte dos casos, não. Isso porque o MEI é limitado em relação às atividades que podem usar esse modelo (e quase nenhuma das citadas aqui é permitida).

Além disso, como MEI há um limite significativo de faturamento (R$81.000,00 por ano) e você só pode ter um funcionário, existe, portanto, um teto bem baixo de crescimento para a sua empresa.

Como reduzir custos e administrar uma empresa de prestação de serviços?

Saber como abrir uma empresa de prestação de serviços é apenas o primeiro passo para poder empreender na área. Afinal, de nada adianta conseguir abrir o negócio sem saber como mantê-lo gerando lucro e garantindo um crescimento sustentável. Não é à toa, por exemplo, que metade de todas as empresas que abrem as portas no Brasil acabam por falir em menos de 5 anos de atuação.

Para poder se manter no setor de serviços é necessário ter uma alta competitividade, sendo capaz de reduzir custos de maneira estratégica e inteligente, tornando seu serviço mais acessível e atraente ao consumidor ao inserir mais valor para ele. Uma das formas de fazer isso é ter uma contabilidade eficaz ao seu dispor.

Afinal, ter um bom trabalho contábil ajuda o seu negócio a reduzir custos tributários e administrativos, permite que você possa montar contratos de trabalho mais vantajosos para a sua empresa e aumenta a sua competitividade no mercado, especialmente se o seu negócio for de pequeno ou médio porte.

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Fonte: Consultoria RR

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