*Por Cássia Tavares, Founder na Hackers de RH e RH Internacional na BIP Consulting
Antes de entrarmos no COMO e nos Benefícios, gostaria de conceituar vocês sobre o que é benchmarking. Vejo muitas pessoas com dúvidas ainda. Então vamos lá, continue a leitura e confira o meu artigo.
Benchmarking é um processo de estudo de mercado. Uma análise profunda das práticas utilizadas por empresas do mercado e que podem servir de inspiração para potencializar o seu negócio.
Estudar a concorrência é uma ótima forma de se manter por dentro do que acontece no mercado. Mas como fazer benchmarking e aproveitá-lo bem? Separei 5 passos para te ajudar de forma bem objetiva!
1. Tenha um objetivo claro: o que você quer saber no benchmarking?
Ter um objetivo claro é fundamental e vai te ajudar muito nos próximos passos.
2. Mapeie as empresas que você quer buscar informações
Importante: muita gente tem a tendência de fazer benchmarking somente com as empresas concorrentes. A concorrência deve entrar no mapeamento, com certeza, mas buscar uma ou duas empresas fora do seu setor pode te surpreender e ampliar sua perspectiva. Então, não se limite somente à concorrência!
3. Se conecte com profissionais das empresas alvo que você colocou em seu mapeamento
O Linkedin hoje é a opção mais usada para esse tipo de conexão, mas ele não é o único lugar. Aqui mesmo na RH Portal temos mais de 280 mil assinantes ativos, ou seja, olha o potencial de benchmarking que temos aqui. Ampliar sua rede profissional é fundamental para que seu benchmarking seja um sucesso.
Outra forma, pode ser através de profissionais que trabalham em sua empresa. Certamente alguns deles vieram de outras empresas e possuem informações sobre processos e práticas que podem te ajudar!
4. Já tem o objetivo, empresas mapeadas, conexão com pessoas dessas empresas? Agora é hora de roteirizar sua conversa
Ter um roteiro para guiar seu benchmarking é importante demais. Não basta saber só o objetivo, você precisa construir uma linha de raciocínio pra conseguir ter as respostas que precisa.
Então, criar um roteiro em formato de entrevista é a chave para conseguir fazer do momento, um momento proveitoso. Afinal, a pessoa já está se disponibilizando para conversar com você, não dá para perder tempo.
Importante: cuidado com o excesso, crie perguntas objetivas e em uma sequência lógica, que facilite a construção da resposta de quem está sendo entrevistado.
5. De preferência, vá para o benchmarking acompanhado!
É importante que alguém anote as respostas enquanto você pergunta e conversa com o entrevistado. Primeiro para garantir que as informações estão sendo registradas e não se percam. Segundo porque é muito chato para o entrevistado, ter o entrevistador desviando os olhos o tempo todo para anotar. Então é bem melhor que uma pessoa foque na conversa e outra no registro.
Planejamento e execução são importantes, mas sem coleta e análise de dados, podem ser perda de tempo.
Dicas extras
– Dados coletados nas entrevistas devem ser compilados e analisados, até para você conseguir identificar padrões e tendências do mercado e conseguir separar aquilo que é comum do que é inovador, que poucos estão fazendo.
– Defina um tempo para conversa e respeite esse tempo.
– Não, em hipótese alguma, publique informações do benchmarking sem autorização formal da empresa. Você está recebendo informações sigilosas que estão sendo confiadas a você naquele momento.
RH que faz benchmarking se mantém vivo e ativo no mercado, além de ser uma ótima forma de recrutar talentos.
Agora que você já tem um passo a passo de como fazer benchmarking, está na hora de usufruir dos benefícios que ele traz para sua área de RH. E não são poucos:
– Conhecimento de mercado: oportunidade de conhecer as práticas de RH que o mercado e seus concorrentes possuem.
– Rede de relacionamento ampliada e aquecida: o benchmarking permite que você amplie seu networking e crie uma rede maior e mais colaborativa, podendo também ser alvo de benchmarking para colegas.
– Algumas dessas redes podem inclusive virar grandes comunidades vivas e que se ajudam em diversos temas, incluindo indicando pessoas para ocuparem aquelas posições super difíceis que o RH às vezes não consegue fechar.
– Contribui para um ecossistema mais inovador: pessoas trocando práticas abrem espaço para construção de novas ideias, mudanças de paradigmas, logo contribuem para um mercado mais inovador.
“Sair de casa” e buscar pontos de vista diferentes dos seus, é sempre enriquecedor e o benchmarking é um ótimo caminho para fazer isso!
Agora, é sua vez de reunir essas dicas e começar a colocar em prática. Se inspirar para ter processos e práticas no RH que sejam cada vez mais robustas, inovadoras e consistentes!
Outras referências para aprofundamento: https://g4educacao.com/portal/o-que-e-benchmarking/