O que é Ownership e como ele pode ajudar no engajamento

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*Por Lanna Reis, diretora de Cultura da Creative Pack

Você sabe o que é ownership? Na tradução literal, ownership significa “propriedade”. Já no contexto corporativo, pode ser interpretado como “sentimento de dono”, trata-se de um conjunto de estratégias que contribuirão para que as pessoas de uma equipe tenham “sentimento de dono”.

Grandes times que alcançam grandes resultados são aqueles que podemos identificar um alto nível de engajamento com a visão do negócio. Para chegar nesse nível, líderes buscam entender e aplicar práticas e estratégicas para tornar seus times mais sólidos e coesos possíveis.

Dentro desse contexto, é comum ouvirmos lideranças falarem sobre a importância das pessoas do seu time desenvolverem um sentimento de dono. Isso é o que definimos como Ownership, que no ambiente corporativo significa um conjunto de ações colocadas em práticas para estimular o sentimento de pertencimento de profissionais. Contudo, esse sentimento só será possível se houver uma cultura adequada para fazer emergi-lo.

Inicialmente, em casos onde se observa equipes altamente desengajadas e sem resultados é importante observar os principais impeditivos que contribuem com esse cenário. Como dica, podemos destacar o livro Os 5 Desafios das Equipes do autor Patrick Lencioni, onde ele traz uma análise interessante sobre as principais disfunções que podem atrapalhar empresas de despertarem uma cultura de ownership, são elas: falta de confiança, medo de conflitos, falta de comprometimento, falta de disposição para responsabilizar o time e falta de atenção aos resultados.

Outro caminho interessante para líderes promoverem o senso de ownership é dar atenção igual tanto para as necessidades do negócio quanto para as necessidades das pessoas. Ou seja, compartilhar a visão do negócio e estabelecer metas e resultado, para dar senso de organização e direcionamento.

Em paralelo ao mapeamento constante dos interesses individuais das pessoas é uma combinação poderosa para criar um ambiente onde o alto engajamento esteja presente, pois ownership é uma atitude emocional, e ser bem sucedido com essa prática depende da alta capacidade de entender pessoas.

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Isso se faz necessário, pois em um contexto atual onde os modelos de trabalhos devem ser atualizados constantemente, acreditar que o alto engajamento de times está vinculado apenas a remuneração, benefícios e incentivos financeiros é uma crença obsoleta. Hoje, é preciso ir além disso.

Por isso, temas como gestão de cultura, employee experience e EVP (Employee Value Proposition) precisam fazer parte das agendas de lideranças que querem promover o senso de ownership nas empresas.

Isso também se deve ao fato de que profissionais estão cada vez mais exigentes sobre quais empresas e desafios querem se engajar. Questões sobre cultura e valores da empresa, liderança, qualidade de vida, flexibilidade e oportunidades de crescimento pesam nas decisões de carreira.

Compreender a importância disso, levam líderes a criarem modelos de negócios onde se pode ver o match perfeito entre pessoas e negócios, e isso é a base para o alto engajamento e a prevalência de sentimento de pertencimento.

Além disso, algumas práticas, aplicadas no dia a dia, ajudam empresas a se aproximarem de uma cultura de ownership. São elas:

  • Recrutamento e Seleção baseada em fit cultural, ou seja, contratar perfis com essa mentalidade.
  • Mapeamento de cultura e clima organizacional para identificar forças e impeditivos.
  • Estabelecimento de rituais culturais que promovam esse comportamento.
  • Desenvolvimento de lideranças inspiradoras e multiplicadoras.
  • Práticas de acompanhamento, como conversas 1:1 e feedback 360, para captar interesses das pessoas.
  • Comunicação constante da visão do negócio.
  • Práticas de Employee Experience para gerar bem-estar e ambiente positivo.
  • Liberdade com responsabilidade para promover autonomia.

Se o desafio for promover o sentimento de pertencimento em time remotos, a dica é começar inicialmente pelo entendimento e atendimento das principais necessidades dessa modalidade de time: necessidade de contextualização, necessidade de comunicação, necessidade de acesso, necessidade de fluxo de trabalho e necessidade de ver os resultados.

Seja remoto, presencial ou híbrido, estimular o senso de ownership, através de uma cultura centrada nas pessoas, pode trazer vantagens significativas. São elas:

  • Times altamente engajados e coesos, e consequentemente melhores resultados.
  • Autonomia e flexibilidade e tomadas de decisões mais ágeis.
  • Soluções inovadoras para relação com o mercado.
  • Oportunidades de aprendizagem e crescimento na curva de aprendizagem.
  • Retenção de profissionais.

Sobre a Creative Pack

A Creative Pack é um hub de inovação que oferece consultoria e avaliação para empresas com o objetivo de compreender o que precisam para atingir metas.

Fonte: Portal RH

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