As estratégias por trás dos super apps

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No Brasil, segundo dados divulgados pela SimilarWerb, o iFood contabilizou 390 mil pedidos por dia, apenas nas últimas semanas de outubro do ano passado. Um crescimento de 109% se comparado ao mesmo período em 2017. A Rappi, startup colombiana de delivery, apresentava até novembro do ano passado 3,6 milhões de usuários, um quinto deles no Brasil, mediando cerca de 11 mil pedidos por hora – segundo apurado pela revista Exame. Números grandes como esses mostram como o fenômeno de “super apps” tem crescido de forma exagerada por aqui.

Eles chamam a atenção dos usuários por oferecem mais de uma possibilidade de serviços, com fácil usabilidade e preços acessíveis, como Rappi, Glovo, Uber Eats, Yellow e tantos outros. Mas, o mercado de mobile não é tão simples, principalmente quando se depende de um fator externo, como usuários.

Nesse quesito, no final de fevereiro, a espanhola Glovo anunciou que sairia do mercado brasileiro. Em resposta à veículos de comunicação, a empresa esclareceu que “o Brasil é um mercado extremamente competitivo e que, para obter o sucesso que planejamos originalmente, precisaríamos de mais investimento e tempo para penetrar, liderar e alcançar rentabilidade”. Com isso, nota-se que é um desafio constante investir e se manter atualizado no mercado de mobile.

Esses aplicativos sofrem com uma alta taxa de desinstalação, tendo em vista que grande parte dos usuários instala o app para fazer um pedido de comida e depois excluem. Pesquisas mostram que a cada 30 dias um app perde cerca de 90% da base que acabou de criar de usuários, ou seja, os aplicativos precisam investir em mídia constantemente para que o usuário que desinstalou o app, instale-o novamente, realize novas transações e não use o do concorrente. Nesse sentido, as adtechs são estratégicas e fundamentais para direcionar as demandas de reengajamento de usuários.

Super apps, como estes, necessitam de tecnologia para impactar potenciais usuários de regiões geográficas específicas, já que estes serviços não estão disponíveis em todas cidades do país. O iFood, por exemplo, estava em 463 cidades até outubro do ano passado. Com um trabalho mais detalhado, é possível segmentar uma campanha para determinada região.

Algumas empresas de mobile marketing também oferecem tecnologias para fazer remarketing, ou seja, impactar usuários inativos ou que já desinstalaram um app. Com isso, é possível rodar campanhas que ajudam a incentivar os usuários a voltarem a usar o app, fazer mais pedidos e outras ações, por meio de promoções e cupons de desconto. Essa tecnologia é mais assertiva para impactar determinados grupos de usuários com perfis de consumo mais restritivos.

Os desafios são muitos quando se trata de aplicativos, pois é um mercado muito competitivo. Nesse quesito, é preciso ter estratégia e visão, além de uma boa tecnologia para atender a cadeia do consumidor por inteira. Boas campanhas são desenvolvidas quando você (empresário) pensa como usuário, em como gostaria de trafegar dentro do aplicativo: O seu aplicativo atende todas as demandas?

Marcus ImaizumiEspecialista em aquisição de usuários, monetização e em desenvolvimento de negócios digitais. Com mais de 15 anos de mercado, atualmente, é Head of Latam na adtech alemã Applift.

Fonte: administradores.com.br

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