Confiança, transparência e verdade são aspectos valorizados por profissionais

Grupo pessoas aplaudindo

A 18ª edição da pesquisa Carreira dos Sonhos revelou que confiança, transparência e verdade são os aspectos mais valorizados por profissionais em seus locais de trabalho. Entre os resultados, está a percepção de que os profissionais brasileiros estão sentindo falta de coerência entre o que as empresas dizem e o que fazem. Mesmo entre a alta liderança esse fator é recorrente. Apenas 18% dos líderes consideram que suas empresas mantêm coerência entre discurso e prática.

“A alta liderança também questiona a coerência das empesas. O que é curioso, porque é como se este não fosse justamente a missão dos líderes”, afirma Danilca Galdini, head de Insights da Cia de Talentos. “Boa parte dos líderes focam nas dificuldades, não se colocam como agente da transformação. Ainda estão no modelo de liderança com base no papel de ‘super-homem’ – mantendo um relacionamento distante das pessoas, para que não vejam suas vulnerabilidades”, comenta Danilca. “Mas começa a surgir outro perfil de CEO, mais transparente, que abre o canal de conversas. E começa a nascer uma liderança exercida por um grupo de pessoas, e todos com suas vulnerabilidades e fortalezas – mais para ‘Vingadores’ do que para ‘Super-Homem’”, complementa.

Realizada desde 2002, a pesquisa divulgada pela Cia de Talentos traz um mapeamento completo das impressões e expectativas de estudantes e jovens em início de carreira e de profissionais da média gestão e da alta liderança. Ao todo, foram 96.827 respondentes no Brasil, em estudo que contempla ainda a participação de outras 56.350 pessoas da América Latina, incluindo Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, México, Panamá, Paraguai e Peru.

Além da coerência, os profissionais de todos os níveis consideram muito importante que uma empresa seja transparente. “Mas, de acordo com os dados da Carreira dos Sonhos 2019, ainda há um longo caminho a percorrer nesse campo”, comenta Danilca Galdini. “Apenas 37% dos jovens, 31% da média gestão e 40% da alta liderança concordam que a empresa em que trabalham é transparente.”

A pesquisa também indica fraqueza nas relações profissionais. Quando os profissionais foram questionados se seus líderes compartilham dos mesmos valores que eles, apenas 25% dos jovens, 23% da média gestão e 31% da alta liderança disseram que sim.

O estudo indica ainda que falta tempo para que os profissionais se dediquem a novos projetos e mostrem todas as suas habilidades, uma vez que conseguem executar apenas as funções que estão dentro de seu escopo. “Quando não temos tempo para ir além das nossas responsabilidades, deixamos de experimentar novas situações, de aprender e, consequentemente de gerar melhorias e inovações para a empresa. Aqueles que ocupam cargos de média gestão são os que mais sentem esses problemas, o que torna a dificuldade ainda maior porque eles são os responsáveis por passar adiante a cultura organizacional para suas equipes e estimular o aprendizado contínuo”, explica Danilca.

Mas ainda existe otimismo. A maioria dos entrevistados possui uma empresa dos sonhos. Google e Nestlé são as mais almejadas pelo mercado de trabalho em todos os grupos estudados. As dez companhias mais citadas são:

Jovens: Google, Nestlé, Itaú, Petrobrás, Ambev, ONU, Bayer, Natura, Nubank e Grupo Globo.

Média gestão: Google, Nestlé, Natura, Petrobrás, Itaú, Ambev, Vale, Unilever, Johnson & Johnson e Nubank

Alta liderança: Google, Nestlé, Natura, Amazon, Itaú, Apple, Disney, Johnson & Johnson, Ambev e Petrobrás

Fonte: administradores.com.br

Posts Relacionados

Deixe um comentário