conheça o novo livro do Paulo Veras

Leia o primeiro capítulo do livro Unicórnio Verde-Amarelo, de um dos nomes por trás do primeiro unicórnio brasileiro, a 99. 

Paulo Veras é conhecido pelo sucesso da 99. Mas sua jornada como empreendedor começou muito antes, aos 23 anos. Todas as suas experiências empreendedoras geraram inúmeros aprendizados, que foram compilados em seu segundo livro Unicórnio verde-amarelo: como a 99 se tornou uma startup de um bilhão de dólares

Leia o primeiro capítulo

Em uma conversa com empreendedoras e empreendedores da nossa rede, Paulo Veras contou o backstage do livro e compilou os principais insights da sua trajetória. Confira. 

O dia a dia do empreendedor é mais suor do que glamour. O grande objetivo deste livro é passar os aprendizados pra frente – nos sentimos mais seguros quando vemos que não é difícil só pra gente. Pra mim, me conforta saber que não é fácil pra ninguém. Me dá mais energia para seguir as minhas ideias com mais convicção.” _ Paulo Veras

Como fizeram para manter a moral do time em momentos difíceis?

PV: O perfil das pessoas do nosso time era empreendedor. A gente dava autonomia e as pessoas se sentiam muito donas do que elas tocavam. Como contrapartida, as pessoas eram muito jovens e se afligiam facilmente. Porém, a cultura nos ajudou a manter o time unido e cuidando dos seus processos. 

Como o empreendedor pode levantar sua moral?

PV: Se você não tem referência, todo problema parece gigantesco. As referências te ajudam a olhar os problemas de forma diferente – são pequenos obstáculos pelo caminho que vão te tornar mais forte. É preciso entender que nem todo problema ameaça sua empresa. 

Empreender é um jogo de xadrez. Tem muitas jogadas que você pode fazer – ter vários planos te traz conforto.

Dinheiro é um elemento importante para crescer a empresa?

PV: Levantar dinheiro é difícil pra todo mundo. Algumas startups conseguem crescer rápido e, com isso, levantar capital mais rápido. Para captar investimento, crescimento é fundamental, é o que fisga investidor. 

Como foi a entrada de investidores na 99?

PV: No começo, os sócios juntaram dinheiro e conseguimos manter um ano de trabalho. Esticamos cada real e contamos cada centavo. Quatro anos depois, estávamos fechando uma rodada de 1 bilhão de reais. Um dia, você conta centavo e, no outro pisa no acelerador do crescimento. 

É preciso ter criatividade para esticar o capital que tem. Não pode usar falta de capital para deixar de fazer as coisas. 

Como você vê o cenário de captação durante a pandemia?

PV: Captar não é fácil – tomamos 99 nãos e um sim. Mas hoje tem muito mais capital do que há um ano. A quantidade de capital disponível para startups nunca foi tão grande – aumenta a competitividade, mas, boas estratégias e bons modelos de negócios têm mais chance.

O covid também acelerou a transformação digital, isso abre oportunidade para empresas que oferecem soluções mais inovadoras. 

“O Mapa de Acesso a Capital ficou espetacular, é disparado o mais compreensivo que fizemos no Brasil. Em 2004, quando eu liderava a Endeavor, fizemos uma lista com os fundos de VC e vemos que hoje tem muito mais alternativas de acesso.” 

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Quais foram os principais aprendizados de gente e cultura?

PV: Crescer time é um dos maiores desafios do empreendedor. Ele precisa embutir gestão de gente em tudo que faz. Até porque ele não faz nada sozinho. Toda interação é uma chance de desenvolver o time e evoluir as pessoas. 

Um CNPJ é uma coleção de CPFs.

É preciso fazer trabalho proativo de articular visão, missão, valores. É preciso de comunicação, consistência. Não existe empresa forte sem cultura forte. Você não encontra uma empresa espetacular sem cultura forte – é ela que te permite crescer e ser referência no mercado.

Qual o real papel do CEO?

PV: O empreendedor tem que mudar com o tempo – se não a empresa ou o CEO vai afundar. Quando você começa a puxar mais pessoas para o barco, elas vão subindo sua barra. 

O CEO tem que fazer um trabalho proativo para evoluir e se desenvolver. Senão ele ou a empresa ficam pra trás.

O CEO deve focar em um time alinhado e motivado, fazer um alinhamento claro do que quer construir e ser referência emocional do time – passar solidez emocional, crença no sonho, garantindo que as pessoas não percam a fé na empresa. 

Eu tive que gastar mais tempo gerindo pessoas do que tomando decisões – assim as pessoas tomam decisões levando em consideração o ponto de partida do CEO. O papel mudou de tomar decisões para subir a barra do time e manter o alinhamento inequívoco de longo prazo. De ser a pessoa que decide para apoiar o time que decide. 

Você separa a vida pessoal da profissional? 

PV: Eu tentava não colocar o eu pessoal e o eu profissional em caixinhas separadas. Isso não tem espaço para o empreendedor ou para pessoas que fazem coisas pelo sonho. Quem desliga da paixão começa a morrer por dentro. 

O que vale é a jornada: superar obstáculos, resolver problemas. A medida do sucesso é ter orgulho do ciclo vivido. Ter orgulho e sonho grande. Manter a chama acesa do poder fazer mais e melhor e você olhar pra dentro e ver tudo que você fez. 


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