O papel da Contabilidade frente à Agenda 2030

Papel da Contabilidade frente à Agenda 2030 - Empresário segurando o mundo em suas mãos

Adotada pelas Nações Unidas em 2015, a Agenda 2030 tem por objetivo promover o desenvolvimento e direcionar o mundo para um caminho sustentável até 2030, conforme sugere o próprio nome da Agenda. Isso implica na erradicação da pobreza e na promoção da prosperidade para todas as pessoas. A meta é que “ninguém seja deixado para trás”, estabelece a ONU.

Para chegar a nesse propósito, foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas a serem cumpridas.

No que tange às empresas, há necessidade de repensar os padrões de produção e consumo, reduzir as desigualdades sociais e garantir a sustentabilidade ambiental. Portanto, é fundamental que as empresas se conscientizem das metas da Agenda 2030 e adotem práticas sustentáveis em suas operações, contribuindo assim para um futuro mais inclusivo e equilibrado. Além disso, a inovação e a colaboração entre os setores público e privado são essenciais para superar os desafios e alcançar os objetivos estabelecidos pela ONU. A transparência, a responsabilidade e a ética devem nortear as ações das empresas, que têm um papel fundamental na construção de um mundo mais justo e próspero para todos.

Assim, se destaca a atuação do profissional da Contabilidade, que desempenha um papel crucial na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, contribuindo para a transparência, responsabilidade e sustentabilidade das organizações.

Isso porque estamos falando de uma profissão que trabalha a prestação de contas detalhada, a comunicação clara de informações financeiras e o cumprimento das normas e regulamentos contábeis. Além disso, o contador desempenha um papel fundamental na promoção de práticas sustentáveis, auxiliando as organizações a considerarem os impactos sociais e ambientais de suas operações. Em resumo, a atuação do contador é essencial para garantir a transparência, responsabilidade e sustentabilidade das organizações, contribuindo para sua credibilidade e sucesso a longo prazo.

Além disso, a prestação de serviços de Contabilidade pode ajudar a promover a inclusão financeira e a reduzir as desigualdades sociais e econômicas. É imprescindível que os profissionais contábeis estejam atentos aos desafios e oportunidades apresentados pela agenda 2030 e atuem de forma proativa na busca por um futuro mais justo e equitativo para todos.

Clima

Para as empresas estão prestes a ocorrer várias mudanças, inclusive do ponto de vista contábil e financeiro. Isso se deve ao fato de que a Fundação IFRS, sigla para Normas Internacionais de Relatório Financeiro, vai exigir tais alterações.

Em termos práticos, o órgão regulador sediado em Londres, cujas normas são seguidas e adotadas por 138 países em todo o mundo, representando coletivamente 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, em julho do ano passado, divulgou um recurso para auxiliar as empresas a lidar com questões relacionadas ao clima ao preparar suas demonstrações financeiras de modo transparente e consistente. Dessa forma, o IFRS 2 exige que empresas divulguem informações sobre os riscos e oportunidades associados ao clima e às condições adversas. Tais dados serão valiosos tanto para os contadores como para os usuários na tomada de decisões.

Dessa forma, vem ganhando destaque nas empresas o investimento social estratégico. Mas, o que isso significa, na prática?

O investimento social estratégico consiste em uma abordagem em que empresas e organizações investem recursos financeiros e expertise em iniciativas sociais de forma planejada e alinhada com os propósitos empresariais. Essa prática visa gerar impacto positivo na sociedade, promovendo o desenvolvimento sustentável e contribuindo para a construção de um mundo melhor para todos, em consonância com as demandas da Agenda 2030.

As vantagens vão desde o fortalecimento da reputação da empresa, o estreitamento de laços com a comunidade e a promoção da inovação social.

O foco é maximizar o impacto social positivo das grandes empresas e apoiar voltados à população em situação de vulnerabilidade social. Com o uso de recursos privados ou acessando as leis de incentivo fiscal, os gestores podem maximizar os resultados com uso de tecnologia e apoio de especialistas na temática.

Neste sentido, o aprendizado em investimentos sociais é um novo campo de atuação que surge para o profissional contábil. Afinal, com base em informações confiáveis, os clientes terão a possibilidade de direcionar os recursos para territórios que requerem uma maior atenção – do ponto de vista socioeconômico e de oportunidades para os cidadãos –, maximizando o impacto social dos investimentos.

Ademais, com a devida orientação dos profissionais contábeis, as empresas que fazem uso de leis de incentivo fiscal podem tornar os investimentos sociais privados mais assertivos, direcionando os aportes para projetos e regiões que dialoguem com o cumprimento das metas da Agenda 2030.

Da mesma forma como um especialista em investimentos convencionais de capitais atua, o contadordesenvolverá o trabalho de dar suporte às pessoas jurídicas para que elas tomem as melhores decisões de investimento social com base nos objetivos estratégicos da companhia. Com isso, maximiza o impacto social gerado pela companhia, já que esse especialista alinha os objetivos da empresa às demandas sociais – criando uma carteira inteligente e de maior impacto. Ao mesmo tempo, impulsiona instituições com projetos sérios de uma maneira integrada, holística e harmônica.

Leia outras matérias do seu interesse na Revista Mensário do Contabilista de maio. É só acessar. https://www.sindcontsp.org.br/wp-content/uploads/2024/05/Mensario-do-Contabilista-05-2024-1.pdf

Fonte: Sindcont-SP

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