Pequenos negócios de impacto social fazem a diferença no combate ao Coronavírus

Atuação do segmento busca soluções para dificuldades enfrentadas por grupos de risco

O avanço da pandemia do Coronavírus no país mudou a rotina das pessoas após a determinação do fechamento do comércio em muitas capitais brasileiras e a recomendação de isolamento social preventivo. Os reflexos são sentidos em todos os aspectos da sociedade, desde os sociais aos econômicos. Em meio ao clima de apreensão e incerteza, os pequenos negócios considerados de impacto social encontram espaço fértil para atuação no combate aos prejuízos causados pela doença.

De acordo com a analista do Sebrae, Valéria Barros, a missão dos negócios sociais vai muito além de gerar lucro. “Esse tipo de negócio traz um impacto positivo que gera valor de forma coletiva ao buscar soluções para problemas da sociedade”, explicou. Mapeamento realizado em 2019 pela Pipe Social revelou que a maior parte dos negócios de impacto social no país estão localizados na região Sudeste e atuam nas áreas de tecnologia verde, com ações na preservação do meio ambiente, e cidadania, oferecendo soluções de inclusão social, questões de diversidade e gênero, dentre outras.

Em Maceió (AL), a psicóloga Vanessa Fagá e a arquiteta Evelyne Cruz criaram a startup Clube Vida Criativa para promover a ocupação e o bem-estar para o público acima dos 60 anos. Em funcionamento desde agosto do ano passado, a empresa oferece atividades, como oficinais criativas e eventos culturais para idosos na capital alagoana. Diante da crise provocada pelo novo Coronavírus, as empreendedoras estão oferecendo diversos serviços para minimizar os prejuízos causados pela doença, que impõe isolamento social, principalmente de idosos, considerados um dos grupos de risco.

Com o uso intenso das principais redes sociais e ferramentas disponíveis na internet, a empresa tem oferecido lives semanais sobre temas de interesse para os idosos em quarentena, realização de oficinais por meio de videoconferência, aulas on-line de zumba e contato constante por meio de grupo no Whatsapp, com compartilhamento de dicas, orientações sobre como enfrentar o período sem perder qualidade de vida. “Tivemos boa receptividade e ao contrário do que muitos pensam, eles conseguem acompanhar e estão muito conectados aos meios digitais”, contou Vanessa, uma das sócias do negócio. Segundo ela, os serviços on-line não têm gerado lucro, mas tem gerado relacionamento e conexão com os clientes, algo considerado muito importante neste momento.

Além das atividades online, a startup tem oferecido serviços de auxílio para compras e cuidados para os pets, já que muitos idosos possuem animais de estimação e não podem sair de casa. O clube também está cadastrando profissionais autônomos de confiança para oferecer serviços de cabeleireiro, encanador, eletricistas, dentre outros. “Nossa ideia é criar uma rede de apoio positiva para nosso público-alvo que está mais vulnerável e precisa de um atendimento diferenciado com muito carinho”, contou.

O Sebrae tem intensificado ações para estimular, atender e apoiar empreendedores de negócios sociais que buscam agregar uma nova dimensão ao ambiente empresarial de forma sustentável e ganhos coletivos, principalmente neste momento de crise. No Portal Sebrae é disponibilizado, de forma gratuita, o curso on-line “Como montar um modelo de negócio de impacto social” com tutoria incluída.

Além disso, o Sebrae lançou um portal com informações e orientações para empresários sobre como reagir à pandemia. Para conhecer mais, clique aqui.

Fonte: Agência Sebrae

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