Por que temos tanto medo da nossa cabeça?

Por que temos tanto medo da nossa cabeça

Talvez você nem tenha notado, mas há muito tempo sua mente não tem um momento de descanso, exceto durante o sono. Quando não está trabalhando ou estudando, você está prestando atenção no trânsito enquanto ouve o rádio, depois pega o elevador falando ao telefone e então começa a trabalhar. Na hora do intervalo, almoça com o celular na mão, conversa com algum amigo e volta a trabalhar. Quando volta para casa à noite, troca algumas palavras com os familiares, pega novamente o celular, prepara o jantar, liga a televisão, lê um livro, joga videogame.

Seu cérebro não para. Até mesmo quando pensa em “aliviar o estresse”, “esfriar a cabeça”, você o faz ocupando a mente com algo que julga menos importantes. Isso virou tão comum no mundo moderno, que já absorvemos como normal. E, de fato, para muita gente essa maneira de cuidar da mente não traz problemas. Mas, para outras, “ocupar a mente”, seja lá com o que for, é indício de uma dificuldade de lidar consigo. E isso quase sempre acaba levando a uma situação de sofrimento.

Na verdade, é cada vez maior o número de pessoas no mundo que sofrem quando se veem sozinhas com seus próprios pensamentos. Uma pesquisa conjunta dos departamentos de Psicologia das universidades de Harvard e da Virginia constatou que 83% dos participantes não têm o hábito de simplesmente parar e quando querem “descansar a mente” fazem isso com a ajuda da TV, indo ao cinema, lendo ou fazendo qualquer outra atividade de “distração”. E o mais assustador: 67% dos homens e 25% das mulheres que participaram do estudo preferiram receber pequenos eletrochoques do que ficar até 15 minutos sozinhos, isolados apenas com os próprios pensamentos.

Por que não conseguimos suportar o peso das nossas próprias cabeças?

Olhe ao redor e se você não encontrar ao menos duas pessoas no seu círculo de convivência que sofra ou já tenha sofrido com algum dos males modernos que perturbam nossas cabeças (ansiedade, depressão, burnout, estresse, distúrbios alimentares), considere-se uma rara exceção no mundo.

Estamos super-expostos, sujeitos a pressões cada vez maiores no dia a dia (não só profissionais, mas sociais, afetivas, pessoais), forçando mente e corpo a extremos para os quais não estavam preparados. Esse cenário cria inseguranças e medos, fazendo-nos olhar cada vez mais para dentro, gerando descompassos entre áreas e funções dos nossos cérebros, mostram vários estudos recentes.

Imagine seu cérebro como um computador. Agora pense que existem dois softwares instalados nele: um que controla seus pensamentos autocentrados (“Será que esta minha roupa está boa?”; “O que as pessoas vão pensar de mim?”) e outro que cuida dos pensamentos funcionais e criativos (os que você usa para resolver problemas, criar, produzir). Ambos são importantes e têm suas funções. Mas as coisas desandam quando um se sobrepõe ao outro. E o que tem provocado sérios males é justamente o chamado Sistema Default, responsável pelos pensamentos autocentrados, ocupando toda a capacidade de processamento de sua cabeça, como aqueles aplicativos pesadíssimos que travam tudo e não lhe permitem usar mais nada no computador (e até o uso dele mesmo fica comprometido).

Pois bem: quando os pensamentos autocentrados viram esse software pesado, você começa a ter sua capacidade de processamento prejudicada, assim como o computador do exemplo. E aí qualquer minuto sozinho com sua mente pode ser mesmo terrível. Pesquisadores de centros de psicologia e psiquiatria das universidades de Massachusetts, Harvard, Cambridge e do Colorado descobriram que o nosso Sistema Default está diretamente associado a pensamentos autobiográficos sobre o passado (“Ah, o que eu poderia ter sido!”; “Eu poderia ter feito de outro jeito”) e o futuro (“Ah, como será minha vida?”; “Será que vou conseguir evoluir na carreira?”). E manter-se preso nessas redomas é motivo de sofrimento crescente.

Por que temos tanto medo da nossa cabeça

Como reparar o sistema?

Nosso cérebro tem potenciais fantásticos e existem maneiras de trabalhar esses recursos para quebrar ciclos nocivos e colocar você de volta no controle. que é possível “hackear” nosso Sistema Default, para nos tornarmos menos autocentrados e mais presentes. A meditação é um dos recursos reconhecidos cientificamente como capaz de trabalhar esse problema, constataram pesquisadores da Universidade de Toronto.

“Desde pequenos a escola nos prepara para nos tornarmos algo. Aprendemos matemática, física, história, geografia, porque vai ter um vestibular. A gente vai para a faculdade para arranjar um trabalho bacana. E aí a gente trabalha para ter uma boa casa, poder viajar. Mas tudo isso é fora de nós. Quem é que ensina a olhar para dentro, aprender a tecnologia interna, para ter pensamentos prazerosos, saber quem verdadeiramente é ou não é, como dominar a própria mente?”, ressalta Fernando Gabas, criador do Life Matters.

O protocolo de meditação criado por Gabas, o Life Matters, vem sendo trabalhado e aperfeiçoado ao longo dos últimos anos e une conhecimentos milenares a avançadas pesquisas nas áreas de psicologia, psiquiatria e neurociência. Os participantes têm aulas em que aprendem a reconhecer e dominar a própria mente e também realizam atividades práticas, como de mindfulness, respiração consciente, psicologia positiva e outros métodos, guiadas e orientadas.

“Eu posso dizer sem exageros que foi talvez uma das melhores coisas que eu poderia ter feito na minha vida, me levou a experiências fantásticas, que me permitiram ter mais presença e mais foco em tudo que faço no dia a dia. E fazer isso por meio do protocolo foi essencial, por ser muito bem estruturado. Tanto quem já medita quanto nunca meditou consegue avançar, porque ele tem uma ordem bem organizada”, afirma Cris Tamer, participante de uma das turmas do Protocolo Life Matters.

Gabas disponibilizou gratuitamente algumas aulas sobre o assunto. E os interessados em participar do Protocolo completo, as inscrições para a nova turma estão abertas até o dia 14 deste mês de abril. Tanto para acessar as aulas gratuitas quanto para obter mais informações sobre o Protocolo, acesse: www.lifematters.com.br/protocolo

Fonte: administradores.com.br

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