5 dicas para quem está começando a empreender

Em 2019, o Microempreendedor Individual (MEI) completa 10 anos desde que entrou em vigor. De acordo com o Portal do Empreendedor, serviço do Governo Federal para a categoria, 379 mil novos negócios foram formalizados só nos três primeiros meses deste ano. Um marco para o empreendedorismo e para o trabalho autônomo no país, o microempreendedorismo é uma porta de entrada para o mundo dos negócios.

Apesar do nome “micro”, as etapas básicas para a manutenção e busca do sucesso são as mesmas de uma empresa de médio ou grande porte. Para ajudar quem quer abrir um negócio ou já está dando seus primeiros passos como empreendedor, o CEO da SumUp no Brasil Fabiano Camperlingo separou cinco lições que aprendeu ao longo de mais de 10 anos de experiência em empresas na América Latina e Europa.

1 – Contrate somente os melhores

O início da empresa é delicado. As preocupações são muitas e das mais diversas possíveis. Algumas coisas que você nem espera acabam aparecendo e, não necessariamente, há alguém na companhia para resolver aquele caso específico. Por isso, Camperlingo destaca: “As pessoas escolhidas devem ser inteligentes e multidisciplinares, mostrando que dão conta de executar qualquer tarefa, analisar os números e até mesmo negociar”.

Assegure-se também que a pessoa que vai estar ao seu lado engrenando o negócio esteja interessada em crescer. É preciso que ela esteja ciente de que a empresa precisa alavancar e que acredite na sua ideia, trabalhando não apenas por dinheiro, mas também pelo propósito. “Ao contratar, foque nos chamados ‘A players’, isto é, aqueles que te ajudarão a atingir os melhores resultados”, sugere. Lembrando que o MEI pode contratar formalmente apenas um funcionário.

2 – Teste seu produto

É o bom e velho “test drive”. Teste seu produto antes de colocá-lo à venda. Você precisa conhecer e testar se, de fato, seu produto atende às necessidades do mercado. “É preciso fazer um lançamento menor do produto antes de escalar o negócio. Se você deseja abrir uma lanchonete, por exemplo, convide um grupo de poucas pessoas para provar os sanduíches, testar sabores, avaliar o ambiente e entender se elas pagariam — e quanto — pela experiência. Esse procedimento é essencial para descobrir se o produto ou serviço que você vai oferecer tem apelo frente ao seu público, desde as características físicas ao preço”, detalha.

3 – Fique de olho nas finanças

Não é novidade que todo negócio precisa de dinheiro para funcionar, principalmente nos primeiros meses, quando se investe muito e o retorno imediato é pouco garantido. O controle das finanças, mesmo feito de maneira simples, será indispensável para a consolidação da empresa. “Essa ferramenta, que pode ser uma planilha, precisa conter as despesas e receita do seu negócio, o que ajudará a entender como o caixa está se comportando, se tudo está seguindo de acordo com o planejado e se há lucro no final do mês”.

A partir da análise dos custos, um outro ponto essencial é a precificação do produto ou serviço. Você precisa ter conhecimento sobre qual será a principal fonte que irá gerar lucro para o seu negócio. Para isso, há diversos modelos de negócio e de cobrança — a venda e o lucro em cada unidade vendida ou, por exemplo, um clube de assinaturas. É preciso identificar qual deles o guiará ao lucro desejado.

4 – Foque na experiência do cliente

Conquistar um cliente é um procedimento que requer tempo e investimento, mas o trabalho não acaba por aí. Para construir uma verdadeira relação, é preciso estar atento à qualidade da comunicação e priorizar a satisfação do cliente. “Deixá-lo feliz, oferecendo um atendimento de excelência, garante uma estratégia de negócio saudável, pois ele vai ficar para sempre com você”, destaca Camperlingo.

5 – Escolha pessoas de sua confiança

Se você pretende encontrar um sócio, certifique-se antes se suas visões de mundo e objetivos estão alinhados. Por mais próxima que seja a sua relação com a outra pessoa, lembre-se de que uma sociedade é um tipo de “casamento”. Você realmente se vê numa relação duradoura com essa pessoa? Os laços de confiança são suficientemente fortes para enfrentar desafios e superar dificuldades?

Camperlingo ressalta outro fator crucial para a escolha: saber como você e seu sócio vão se complementar, já que podem assumir diferentes papéis conforme a necessidade do negócio. “Você está trazendo um sócio para sua empresa porque ele possui uma habilidade complementar a sua? Ou trata-se de um aporte financeiro? Seja qual for a razão, deixe as regras muito claras para ambos os lados, assim vocês evitam qualquer frustração ou desavença”, reforça.

Fonte: administradores.com.br

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