Orçamento Doméstico: entenda o que é e quais os seus benefícios

Está com o dinheiro contado no final do mês? Ou querendo guardar uma renda para realizar um dos seus sonhos? Então, saiba que se planejar financeiramente, com um orçamento doméstico simples pode te ajudar a conquistar esses objetivos.

Mas, você entende o que é orçamento doméstico? Esse é um método de organização que busca analisar as despesas fixas domésticas mensais e assim achar as melhores formas de controlar melhor a entrada e saída de dinheiro.

Com isso, conseguimos planejar os nossos gastos, nos conhecer melhor financeiramente e também programar metas a longo prazo, como poupanças e investimentos.

Para você entender mais sobre orçamento doméstico, separamos o nosso artigo em alguns tópicos como:

  • Motivos para realizar um orçamento doméstico;
  • Como montar um orçamento doméstico;
  • Defina metas;
  • Dicas extras;
  • Consegui poupar e agora?
  • Aposte no método 50-15-35.

Continue a leitura e confira os benefícios que organizar o seu orçamento mensal trazem na sua vida financeira. Não perca!

Motivos para realizar um orçamento doméstico

Nunca sabemos quando vamos ter um imprevisto financeiro, pode ser por algum motivo médico ou o carro que quebrou na última semana do mês.

Por isso é tão importante termos uma reserva financeira para cobrir esses gastos sem precisar recorrer ao cartão de crédito e ao cheque especial.

Além desses motivos, há muitas outras razões para organizar o seu orçamento mensal. Confira:

Programar metas

Todos nós temos metas, algumas de curto prazo, como comprar uma TV nova, ou de longo prazo, como uma viagem para o exterior, mas para cumpri-las geralmente precisamos ter uma reserva financeira maior, o que só conseguimos com planejamento, dedicação e disciplina.

Com um orçamento mensal bem planejado, conseguimos descobrir quanto dinheiro sobrará por mês (ou também, achar formas de conseguir mais fontes de renda), e assim definir com mais precisão quando vamos realizar alguns sonhos.

Melhor conhecimento

Ao colocar no papel todos os gastos mensais, conseguimos perceber com mais facilidade como é o nosso padrão de consumo (se somos mais moderados ou impulsivos na hora de comprar, por exemplo).

Dessa forma, conseguimos também notamos onde podemos diminuir nossos custos. E, caso o orçamento esteja apertado, planejar trocas e reduções de custos. Por exemplo: ao invés de pedir comida por delivery, cozinhar as próprias refeições.

Planejar gastos

Conhecer os próprios gastos é fundamental para quem quer ter mais controle sobre suas finanças, e também para quem deseja poupar.

Por isso, anote todos os seus gastos, desde o cafezinho depois do almoço, até as prestações do carro. Todos eles são importantes para o seu orçamento doméstico.

Ao notarmos nossos gastos, podemos ter uma noção de quais gastos são supérfluos e quais são nossas reais necessidades, e assim, adequar nossa vida e padrão de consumo a nossa realidade financeira.

Por exemplo, se estou endividado, talvez não seja uma boa escolha trocar de carro ou realizar uma viagem de férias.

Caso precise realizar uma compra, anote ela em uma planilha ou papel, pense sobre a prioridade daquela compra (leve em consideração as demais compras que serão necessárias num futuro breve), pesquise e compare os preços, e só então compre.

Montar uma reserva financeira

Como dito anteriormente, nunca sabemos quando certos imprevistos vão acontecer, e para evitar ficar no vermelho, é importante reservar uma parte da nossa renda para isso, a famosa reserva de emergência.

Segundo os educadores financeiros, a reserva financeira perfeita é aquela que cobriria 6 meses dos seus gastos atuais, se tivermos uma renda fixa. Em caso de rendas variáveis, como de pessoas autônomas, o indicado é o suficiente para doze meses.

Como montar um orçamento doméstico

Agora que você já sabe a importância de se planejar financeiramente, chegou o momento de montar o seu orçamento doméstico. Mas, fique tranquilo, pois não é tão complicado como se pensa.

Apenas é preciso considerar algumas despesas, incluindo os gastos fixos e os gastos esporádicos. Veja o passo a passo que criamos para você, e comece o seu orçamento doméstico agora mesmo:

Análise de gastos e recebimentos

Antes de tudo é essencial avaliar a sua vida financeira, tanto individual quanto familiar. Neste momento, não se esqueça de anotar todas as dívidas, problemas que envolvam dinheiro e que precisam ser resolvidos com urgência, por exemplo: cabeamento estragado ou reformas necessárias na casa.

Além disso, anote toda a renda que entra mensalmente. Caso você seja autônomo e a sua renda varia drasticamente entre os meses, faça uma média dos últimos 6 meses.

Caso você esteja com muitas dívidas ou com o saldo de fim de mês zerado, repense as prioridades e itens que podem ser cortados, por exemplo: as idas ao salão de beleza semanalmente.

Renegocie as suas dívidas

Em caso de dívidas, calcule o quanto você deve e monte um plano para a quitação. Se reúna com os credores e tente negociar o valor a ser pago.

Se essa não for uma opção viável, pense em maneiras de conseguir um dinheiro extra (venda de carros ou imóveis) e formas de diminuir seus gastos (cancelar a TV à cabo, academia, entre outros).

Monte o seu orçamento familiar

Esse é um plano a longo prazo, sendo necessário revê-lo todo mês. Mas consiste basicamente em anotar todas as despesas e subtraí-las da renda mensal. Anote as seguintes despesas num papel ou numa planilha, onde ficar melhor:

Fixas

Aquelas despesas que são mensais, como água, luz, internet, plano de saúde. Como algumas dessas despesas fixas domésticas variam o seu custo conforme o consumo, utilize a regra de fazer uma média das contas dos últimos seis meses.

Variáveis

São custos que não temos todos os meses, como presente para aniversários, gastos com o carro e lazer. Geralmente são essas despesas que escolhemos controlar ou até mesmo cortar, quando nosso saldo fica negativo. Uma dica é estabelecer um limite a ser gasto com elas.

Gastos anuais

Anote aqui os gastos que você terá anualmente, por exemplo: os impostos (IPTU, IPVA) e alguma prestação que necessite pagar.

Pesquise também sobre a possibilidade de ganhar descontos pagando com antecedência a vista, ou caso sua renda esteja apertada, se há a possibilidade de dividir o valor em parcelas.

Defina metas

Após analisar o seu custo de vida e entender como está funcionando a entrada e saída de dinheiro, chegou a hora de definir metas, principalmente as de médio e longo prazo.

Dessa forma, você evita gastar o dinheiro de forma compulsiva com itens que não te trarão benefícios financeiros ou emocionais a longo prazo. As suas metas podem ser:

Curto prazo

São metas que você pretende conquistar entre 1 a 3 anos. Como viagens ou reformas.

Médio prazo

São metas que demoram um pouco mais para chegar, mas nas quais você pode investir mais, por ter poupado durante mais tempo. São planos para se alcançar entre 5 a 10 anos, e que podem ser: pagar uma faculdade ou trocar de carro.

Longo prazo

São metas que necessitam de bastante motivação, pois geralmente são metas para daqui a 10 anos. Podemos citar, por exemplo, o planejamento de uma aposentadoria ou mudança de casa.

Dicas extras

Além de seguir o passo a passo acima, algumas atitudes podem fazer muita diferença na hora de poupar seus rendimentos, entre elas podemos destacar:

Procure por descontos

Algumas contas, como cartão de crédito e condomínio, dão descontos quando você paga elas antecipadamente. Essa é uma ótima opção para gerar mais lucro. Além disso, fique de olho nas promoções de final de estação, para comprar roupas, por exemplo.

Faça o mercado semanalmente

Não deixe para fazer as compras uma única vez por mês. Fazendo semanalmente você consegue ir comprando conforme a necessidade, evitando desperdícios e gastos desnecessários, além de conseguir as melhores promoções.

Evite usar o cartão de crédito

Além de atrapalhar na hora de montar seu planejamento, a maioria dos cartões de crédito possuem taxas, trazendo assim mais um custo para você.

Poupe e depois compre

Ao invés de comprar parcelado ou no cartão de crédito, faça o exercício de primeiro poupar o valor necessário para a compra e depois realizá-la.

Por exemplo, caso você queira trocar de telefone, pesquise e faça uma média do preço do produto, poupe o suficiente para pagar à vista e só então compre.

Lembrando que muitas lojas dão desconto nas compras à vista, reforçando assim a nossa primeira dica extra.

Procure por lazeres gratuitos

Como um passeio no parque, uma volta de bicicleta pela cidade ou dê uma conferida na programação da sua cidade, com certeza haverá atividades gratuitas, como cinemas e museus.

Utilize planilhas online

Caso você ache difícil controlar seus gastos, você pode utilizar alguns aplicativos como o Guia Bolso ou planilha de orçamento doméstico pronta disponível na internet.

Essa ideia de anotar os seus custos numa planilha de orçamento doméstico é recomendada por especialistas, pois dessa forma você consegue ter uma visão mais macro dos seus gastos, facilitando na hora de repensar as despesas.

Além disso, fica mais fácil se lembrar dos gastos, quando anotamos eles com frequência.

Consegui poupar e agora?

Se você seguiu as dicas acima, provavelmente terá conseguido diminuir seus gastos e poupar uma grana.

E para evitar repetir hábitos ruins, que podem te levar ao vermelho novamente, uma opção é refletir e planejar gastos mais conscientes, por exemplo: investir, que é uma ótima forma de conseguir fazer seu dinheiro render mais.

No mercado, há diversas opções para quem quer investir, podendo ser de baixo risco (pouca possibilidade de perder o dinheiro investido) a alto risco (são investimentos mais voláteis, com uma chance de perda de dinheiro).

Para saber mais sobre investimentos e quais as melhores apostas para esse ano, acompanhe o artigo: Descubra 5 investimentos melhores que a poupança em 2021.

Caso você não se sinta seguro investindo por conta própria, há a possibilidade de contratar empresas especialistas no assunto. Nesses casos, você paga uma parte do dinheiro que lucrou investindo em aplicações.

Aposte no método 50-15-35

A maioria das pessoas tem dúvidas do quanto investir por mês. Caso você também tenha dificuldades, você pode se guiar pelo método 50- 15 -35. Ele foi criado por especialistas em economia e é bem fácil de entender.

Primeiro, você deve dividir sua renda em três categorias: gastos essenciais, prioridades financeiras e despesas relacionadas ao estilo de vida. Depois, você deve dividir sua renda entre elas, da seguinte forma:

Gastos essenciais = 50% da renda

Ou seja, gastos com comida, alimentação, transporte, moradia, saúde, educação. São os gastos que você não pode cortar, pois depende deles diariamente. E neles você deve investir metade do seu dinheiro.

Exemplo: se você ganhar R$2.000 por mês, deste R$1.000 reais devem ser investidos nesses itens básicos.

Prioridades financeiras = 15% da renda

Para pessoas com saldo positivo, esse dinheiro deverá ser investido para gerar lucro, podendo ser usado em previdências privadas, reservas financeiras ou investimentos em imóveis ou ações.

Caso você esteja com saldo negativo, essa porcentagem deve ser usada para pagar as dívidas.

Seguindo o exemplo do tópico anterior, você usaria R$300 reais do seu salário nessa categoria.

Estilo de vida = 35% da renda

Nessa categoria entram gastos que podem ser reduzidos em caso de saldo negativo, por exemplo: hobbies, lazer, diversão.

Os especialistas alertam que essa categoria deve ser a última prioridade, pois o foco é ter dinheiro para as duas primeiras (essenciais e investimentos).

É importante frisar, que esse método não precisa ser rígido. Caso você tenha uma meta de curto prazo e queira investir mais de 15% nas prioridades financeiras, isso não será um problema.

Importância do orçamento doméstico

Saber o que é orçamento doméstico, além de como se planejar financeiramente, organizando o seu orçamento doméstico e repensando algumas atitudes é uma forma de evitar ficar devendo, além de ser uma maneira de evitar estresses e noites mal dormidas pensando nas contas a serem pagas.

Com essas mudanças simples de comportamento e gastos, você conseguirá guardar dinheiro para suas metas e criar uma reserva financeira.

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Fonte:Xerpa

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