O controle financeiro na empresa consiste na gestão do fluxo de caixa e de tudo o que envolve as receitas da organização. A prática é fundamental para verificar se o planejamento está sendo seguido e tomar as medidas necessárias para corrigir eventuais falhas.
Dessa forma, os gestores ficam a par de todas as transações e evitam surpresas desagradáveis, mantendo o negócio competitivo. Pensando nisso, listamos neste post os passos essenciais para você fazer o controle financeiro na empresa:
- faça um planejamento de longo prazo;
- registre todas as transações;
- estabeleça boas práticas de preços;
- negocie prazos com fornecedores;
- busque apoio especializado;
- separe a pessoa física da jurídica.
Quer saber mais sobre essas medidas? Continue acompanhando o post!
Faça um planejamento de longo prazo
Fazer um bom controle financeiro na empresa requer um planejamento de longo prazo. Todos os objetivos e metas devem ser definidos de acordo com seu potencial de retorno financeiro, para que os gestores façam investimentos mais precisos e conscientes.
Esse plano de ação deve considerar fatores como o fundo de reserva, para que a empresa consiga se manter caso surja alguma despesa inesperada.
Também é importante planejar o capital de giro, para garantir o pagamento das contas enquanto o negócio não começa a gerar lucro. Vendas parceladas ou no cartão de crédito, que demoram para cair na conta, também precisam contar com a segurança desse tipo de recurso.
Além de um bom planejamento, também é necessário conhecer todos os detalhes do ciclo operacional de atividades da empresa. Só assim será possível alinhar os investimentos para fazer o negócio rodar com as receitas do próprio faturamento.
Registre todas as transações
Fazer a gestão do fluxo de caixa, ou seja, registrar todos os pagamentos e recebimentos, é uma medida básica para o controle financeiro na empresa. Porém, essas anotações oferecem apenas uma visão simplificada dos gastos.
Para estabelecer uma estratégia ainda mais eficiente, anote toda e qualquer transação financeira, incluindo movimentações entre contas da própria empresa. Até mesmo aquele cafezinho depois de visitar o cliente precisa ser registrado!
Mas por que tanta rigidez? No fim do mês ou do ano, é comum aparecerem diferenças de valores no balancete. Anotar todos os gastos reduz os riscos disso acontecer. Para facilitar o processo, centralize o controle do fluxo de caixa e os registros de gastos em uma pessoa só.
Também é importante que todos guardem os recibos e notas fiscais das despesas corporativas, pois eles servirão de referência caso haja alguma divergência de valores.
Estabeleça boas práticas de preços
Adotar boas práticas de preços é essencial para manter o controle financeiro na empresa. Para isso, é preciso estabelecer alguns critérios, como:
- Ajustar o preço ao bolso do cliente;
- Considerar o público alvo;
- Ser competitivo em relação aos concorrentes;
- Considerar as necessidades da empresa.
Todos esses aspectos devem estar em equilíbrio, para garantir que os preços sejam, ao mesmo tempo, atrativos para os clientes e gerem lucro para o negócio.
Se os valores praticados forem baixos demais, a empresa não gera receita suficiente para arcar com as despesas e fazer novos investimentos. Por isso, é necessário fazer um estudo dos custos e planejar a margem de lucro ao precificar os produtos e serviços.
Negocie prazos com fornecedores
A relação de uma empresa com seus fornecedores deve ser de parceria. Eles existem para agregar valor e qualidade ao negócio, e não para prejudicá-lo.
Portanto, negocie com os fornecedores formas de pagamento que favoreçam o orçamento da organização. É necessário fechar acordos que garantam que a empresa tenha dinheiro em caixa enquanto as receitas não chegam.
Os prazos de pagamentos devem estar alinhados ao calendário de recebimentos da empresa, para evitar o risco de as contas ficarem negativas em determinados momentos.
Reavaliar os contratos vigentes também é importante para o controle financeiro na empresa. Mantenha os acordos condizentes com os valores e práticas atuais do mercado, e esteja ciente de quanto está pagando e de qual serviço está recebendo.
Essa análise é muito útil para negociar contratos mais vantajosos para a empresa. Por exemplo: se você não estiver usando 100% do pacote que contratou de um fornecedor, pode pedir para fazer um downgrade ou até mesmo repensar se vale mesmo a pena seguir com aquele produto ou serviço.
Busque apoio especializado
Muitas vezes, empreendedores iniciantes não têm conhecimento suficiente sobre finanças corporativas. Isso os leva a cometer erros que podem comprometer o futuro do negócio, e que poderiam ser evitados com alguns ensinamentos básicos.
O melhor a se fazer nesses casos é buscar a consultoria especializada de um profissional experiente na área. Ele poderá orientar o empresário a planejar os investimentos da melhor forma, corrigir erros de gestão financeira e sanar as dúvidas que surgem no dia a dia.
A presença desse profissional no dia a dia ajudará os gestores a desenvolverem seus conhecimentos sobre administração e contabilidade, para que eles consigam um dia caminhar com as próprias pernas. Até que esse momento chegue, a participação ativa do consultor é primordial.
Separe a pessoa física da jurídica
Outro erro muito comum entre quem está começando um negócio é confundir o caixa da pessoa física com o da pessoa jurídica. Isso prejudica muito o controle financeiro na empresa, pois fica impossível analisar as finanças de forma adequada.
O fluxo de caixa corporativo sofre influência negativa dos gastos pessoais do empresário e dos sócios, fazendo com que se perca o controle do orçamento.
Para evitar esse problema, defina um pró-labore para os sócios e separe as finanças pessoais de cada um das finanças corporativas. Esse valor deve ser fixo e jamais flexibilizado sem que haja uma discussão prévia com aprovação de todo o board.
Como vimos ao longo do post, o controle financeiro na empresa é essencial para mantê-la saudável e competitiva. Por isso, não deixe de implementar as medidas que citamos por aqui. Assim, você evita assumir riscos desnecessários e fica sempre por dentro das entradas e saídas de receita que acontecem na organização.
Gostou do artigo? Para se aprofundar ainda mais no assunto, confira este outro post com as melhores dicas para aprimorar o seu departamento financeiro.