Agilidade é condição das empresas focadas no cliente, indica estudo

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Organizações ágeis estão estabelecidas sobre culturas centradas nos consumidores, pois a mentalidade necessária para apoiar a velocidade, adaptatividade e inovação é altamente sintonizada com as necessidades e experiências dos clientes. É isso que aponta a mais recente pesquisa da ADP, uma das maiores fornecedoras de soluções de tecnologia para gestão de capital humano no mundo, encomendada à consultoria Gallup.

Com o título The Real Future of Work, o estudo teve o objetivo de entender diferenciais das companhias ágeis e como os colaboradores enxergam as empresas onde trabalham quanto à agilidade, bem como de apontar caminhos para as marcas atingirem velocidade e qualidade em seus negócios.

Focada nesse propósito, a pesquisa – realizada na França, Alemanha, Espanha e Reino Unido – descobriu que colocar dados do que os clientes valorizam no centro dos processos de negócios ajuda a transpor barreiras no trabalho entre equipes e muda a maneira como os funcionários pensam, se comunicam e atuam.

Essa percepção fica clara na opinião dos colaboradores em relação a como os colegas de trabalho tratam os clientes. Dentre os colaboradores que veem a companhia onde trabalham como ágil – qualidade entendida como o mindset correto, combinado a ferramentas e processos necessários para responder rapidamente às necessidades do negócio -, 51% acreditam que os colegas de trabalho “sempre fazem o que é certo para seus clientes”. A porcentagem cai para 38% em empresas parcialmente ágeis e para 19% nas identificadas como não ágeis.

Assim, segundo o estudo da ADP, uma das vantagens mais poderosas das empresas ágeis é a capacidade de oferecer uma sensação de otimismo sobre a capacidade de sobrevivência e evolução em condições disruptivas de mercado, como as atuais.

Mas, para alcançar essa condição, de acordo com a pesquisa, é preciso que líderes e gerentes mudem a postura de chefes para coachs, evidenciando o desenvolvimento de performance, ao invés do gerenciamento de performance. Para isso é preciso reforçar a coordenação entre times e o aprendizado contínuo.

“Para garantir que suas forças de trabalho sejam versáteis e inovadoras diante de desafios imprevisíveis, os gerentes devem ajudar os membros da equipe a traçar um curso de aprendizado e desenvolvimento contínuos. Esse papel de coaching não só promove a agilidade organizacional, como também ajuda a garantir altos níveis de engajamento dos funcionários”, afirma o presidente da ADP no Brasil, Cesar Marinho.

Fórmula secreta?

Não há uma receita pronta para se tornar uma empresa ágil mas, segundo o estudo The Real Future of Work, três pilares podem ajudar na conquista:

    • Velocidade e eficiência: priorize a velocidade na tomada de decisão e a simplicidade dos processos. Essas características vão contribuir para uma relação empoderada e confiável com colaboradores, clientes e propects, também refletindo qualidade;
    • Liberdade para experimentar: tenha coragem para inovar e desenvolva a abertura para riscos. Softwares de gerenciamento de risco podem ajudar a encorajar gerentes locais na quantificação e comunicação do risco associado à experimentação. Mas a melhor estratégia para minimizar riscos, segundo o estudo, é sempre ser o mais rápido para testar novas soluções, com atenção à coordenação entre equipes e o compartilhamento de informações;
    • Comunicação e colaboração: considere a cooperação entre departamentos e o constante compartilhamento de conhecimentos e conteúdos.

Em um mundo corporativo cada vez mais orientado à agilidade, seguir esses três passos podem ajudar as empresas a se manterem competitivas no mercado de atuação.

Fonte: administradores.com.br

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