Business Intelligence como implementar na gestão da empresa

O conceito de Business Intelligence está intimamente ligado à transformação digital, já que trata-se dos diferentes métodos de coleta de dados e sua consequente organização para o monitoramento e análise estratégica. Com isso, diferentes setores da empresa podem se beneficiar dessas informações para a geração de insights, avaliações e planejamentos mais assertivos — além de prevenir-se contra erros.

Convenhamos: a intuição é um elemento diferenciado, mas longe de ser a melhor alternativa quando temos o Business Intelligence para a tomada de decisão, hoje em dia.

Tudo porque esse conceito (tão enraizado nos valores da transformação digital) permite que possamos coletar os dados e, com isso, possamos usar as informações em nosso benefício.

Para ações de monitoramento, desenvolvimento ou mesmo prevenção de riscos, o Business Intelligence pode ser considerado — e em qualquer departamento da sua empresa.

E, de maneira que você entenda os motivos para tanto alarde em relação ao tema, e porque as empresas do futuro usam a tecnologia profundamente, preparamos este post.

Siga com esta leitura, e descubra conosco tudo o que você precisa saber a respeito do Business Intelligence!

O que é Business Intelligence?

O conceito de Business Intelligence (ou BI) foi idealizado a partir do uso estratégico de dados gerados por meio do tráfego digital. Com isso, profissionais especializados são responsáveis por:

  • coletar os dados;
  • organizá-los;
  • analisá-los, com base nos objetivos da empresa;
  • monitorar esses índices e métricas a fim de observar novos insights e acompanhar os resultados.

Assim, o Business Intelligence é uma maneira de agilizar e tornar ainda mais eficiente a tomada de decisão da empresa. Espantar o instinto, transformando-o em assertividade e precisão, portanto.

Só que vale adiantar: o BI não é uma ferramenta ou um software específico: estamos falando de um conjunto de processos que fazem uso de softwares e outras tecnologias e procedimentos. Tudo isso, com um enfoque específico de usar os dados estrategicamente.

Quais são os pilares do Business Intelligence?

Sendo um conjunto de ideias e processos, o BI se ampara em três pilares principais, como mencionamos acima. Abaixo, vamos explicar melhor cada um deles!

Coleta de dados

Seja para ações internas ou externas, o Business Intelligence pode reunir as informações desejadas para ampliar o escopo em determinada situação.

Para o acompanhamento de métricas internas, é possível usar o BI para mensurar:

Entre outros dados que podem ter a ver com as suas necessidades, características e objetivos.

Organização e análise

A reunião dos dados em um só lugar permite a rápida análise dessas informações. Geralmente, dispostos em meios visuais, como gráficos, que facilitam a visualização dos dados.

Ação e monitoramento

Aqui, entra a questão de saber qual plano de ação tomar, com base nos resultados, e no monitoramento das informações compiladas para saber se a estratégia tem rendido melhor, está estagnada ou se os índices estão abaixo do esperado — abrindo novamente o ciclo desses pilares do Business Intelligence.

Business Intelligence e Big Data são a mesma coisa?

Agora que entendemos o conceito de Business Intelligence, é comum que as pessoas associem o seu DNA com uma tecnologia similar: o Big Data.

Acontece que são dois modelos complementares, embora sejam muito diferentes em si. Por exemplo:

  • o BI ajuda a direcionar o dado certo, para a pessoa certa, a partir da análise de dados;
  • o Big Data reúne os dados indiscriminadamente, usando-os apenas por meio de padrões e correlações.

Isso significa que o primeiro chega de maneira mais otimizada e direcionada para a análise estratégica. Por sua vez, o Big Data abrange o leque de possibilidades em decorrência desse caráter amplo.

Consequentemente, é de se entender os motivos pelos quais as grandes marcas fazem uso combinado de ambos os conceitos.

Por que fazer uso do BI na empresa?

Existem muitos benefícios em fazer uso do Business Intelligence. E, apenas destacando as suas aplicações básicas, já deve ter dado para entender a sua relevância atual, não é mesmo?

Vale observar, entretanto, a versatilidade desse conjunto de tecnologias e processos que tem tudo para enriquecer a tomada de decisão da sua empresa. Veja só algumas dessas características, logo abaixo!

Gestão qualificada das informações

O primeiro ponto a ser destacado é que a sua empresa se torna mais organizada, de um modo “virtual”. Com tanto tráfego sendo gerado a cada instante (um exemplo: um minuto na internet representa 3,8 milhões de buscas no Google, ao redor do mundo), é fundamental entender o que importa para a sua empresa.

E o Business Intelligence atua, justamente, dessa maneira diferenciada, filtrando os dados que são valiosos para o crescimento da sua empresa.

Otimização de processos

Os processos são enriquecidos, uma vez que o BI favorece o acompanhamento contínuo de suas principais métricas. Se tem algo abaixo do esperado, é fácil identificar o motivo. Se o ajuste promovido não surtiu efeito, você segue para a próxima etapa até resolver outro tipo de problema.

Como havíamos destacado, fica mais fácil para as empresas perceberem e anteciparem situações problemáticas. E isso só favorece o ambiente corporativo, melhorando continuamente os resultados.

Identificação de oportunidades

Por outro lado, os dados têm muito a dizer sobre os caminhos que podem ser seguidos para melhorar a empresa. Um exemplo disso: no marketing, os seus profissionais podem identificar que o tráfego de dados tem sido potencialmente maior na visualização de vídeos — e em determinados assuntos, apenas.

Assim, o setor começa a focar em mais ações que rendam o engajamento maior do seu público-alvo. E, consequentemente, uma oportunidade foi gerada sem que nada fosse, diretamente, dito ou mencionado para vocês (mas observado por meio dos dados gerados pelos hábitos dos seus consumidores).

Prevenção de riscos

Assim como falamos anteriormente, o Business Intelligence pode ajudar a identificar questões que, seja para o marketing ou para o RH da empresa, se mostram relevantes para evitar problemas.

O absenteísmo, por exemplo, é um índice que pode ser monitorado e, posteriormente, investigado de maneira mais assertiva pelos envolvidos. Assim como o turnover, em que uma posterior entrevista de desligamento pode ajudar a compreender os problemas que levam a tantas demissões).

Quem sabe, a sua empresa esteja sofrendo com muitos afastamentos por acidentes de trabalho? O BI ajuda a identificar esse valor excedente e de grande risco para a saúde dos seus colaboradores.

Por isso, é interessante usar esse conceito também para melhorar o ambiente corporativo em todas as frentes, inclusive, na gestão da saúde corporativa.

Onde usar o BI?

Como destacamos, não existem limites de áreas ou departamentos para usar o Business Intelligence. Afinal de contas, qualquer setor pode ter as suas métricas compiladas e monitoradas, hoje em dia.

Inclusive, já citamos alguns exemplos a respeito do uso do BI no RH e também no setor de marketing. Para a divulgação da empresa e o acompanhamento do comportamento do público-alvo, o BI é fundamental para a tomada de decisão em curto, médio e longo prazo.

Só que o RH não fica atrás disso, não. Por meio do Business Intelligence, nós temos uma série de possibilidades e conceitos novos que têm contribuído com melhorias revolucionárias para o setor.

Por exemplo: o People Analytics é um termo que ganhou força com o BI. Afinal, as informações digitais podem servir para a geração de valor do seu capital humano.

Além disso, os dados gerados podem ser considerados para uma série de outras atividades do departamento de Recursos Humanos. Vamos ver algumas delas?

Como usar o BI no RH?

Abaixo, reunimos algumas das utilizações mais populares e eficientes do Business Intelligence dentro do setor de RH. Veja só!

Recrutamento e seleção

Ponto-chave das estratégias de quem usa o Business Intelligence, o recrutamento da empresa é valorizado pelo uso assertivo de uma campanha direcionada aos objetivos e necessidades da organização.

E, por meio de filtragens automatizadas e uma boa descrição de cada cargo, os seus recrutadores vão ter à disposição todos os meios para uma tomada de decisão rápida e assertiva. Algo que facilita, e muito, a busca pelos “candidatos ideais” para cada posição.

Retenção de talentos

Já havíamos mostrado que o Business Intelligence serve para acompanhar índices internos também. E, por consequência, é possível observar não apenas a produtividade dos colaboradores, mas o engajamento, o nível de satisfação e até mesmo conhecer melhor o perfil de cada um deles.

Dessa maneira, a empresa se municia com estratégias que podem ser usadas para melhorar, constantemente, o clima organizacional — algo elementar para a retenção de talentos (e a atração de profissionais qualificados do mercado, também).

Uma dica para observar esses índices: faça pesquisas, exames e avaliações com os profissionais. Periodicamente. Isso faz com que o setor de RH tenha em mãos os dados necessários para compilar e, assim, analisar.

E, sobre a questão da retenção de talentos, observe também alguns indicadores que contribuam com a identificação de líderes dentro da empresa. Isso pode ajudar, por exemplo, no plano de sucessão que sua organização deveria investir.

Nesse sentido, vale entender como as pessoas reagem às ações da empresa. Exemplo: o engajamento em alguma campanha é baixo? Convém compreender o motivo para que esse índice aumente com o tempo.

É aí que o Business Intelligence se faz tão valioso: ele monitora, no presente, e consegue abrir o caminho de nossa percepção para ações imediatas ou pensadas em longo prazo.

Como aplicar o Business Intelligence na minha empresa?

Interessou-se, até aqui, pelo Business Intelligence? Então, vamos descobrir o que deve ser feito para começar a elaboração de uma estratégia pensada no seu uso?

O primeiro passo para isso é a pesquisa e identificação da melhor solução de gestão (como um software) que ajude a integrar os setores e dados gerados pela empresa. Com isso, fica fácil organizar e analisar os dados obtidos.

Outros pontos que consideramos fundamentais para a sua estratégia de BI funcionar:

  • contar com dados confiáveis e de qualidade, sabendo o que pesquisar — e como encontrá-los;
  • saber interpretá-los e tê-los acessíveis — o que remete, novamente, ao uso de um software capaz de explorar essa possibilidade para as pessoas usarem a informação digital rapidamente e com precisão;
  • ter objetivos bem definidos. De nada adianta compilar uma quantidade incalculável de dados, se você não sabe os motivos pelos quais pretende tê-los;
  • flexibilidade para mudanças rápidas de planos para que o monitoramento de métricas seja rapidamente assertivo, bem como o plano de ação para melhorar os resultados.

Com isso, você já tem tudo em mãos para começar a usar o Business Intelligence. O que nos resta apenas um tópico final para discutirmos.

Quais são as grandes tendências de BI?

As empresas do futuro têm um pezinho firme, no presente, mas são chamadas dessa maneira porque estão sempre à procura de algo que deixem-nas à frente da concorrência em curto, médio e longo prazo.

E muito disso se deve à insaciável curiosidade dos seus profissionais. Por meio do Business Intelligence, é possível ampliar os horizontes de crescimento da organização, mas é preciso sempre ir além.

Daí, a importância em atentar-se às oscilações dinâmicas do mercado e, assim, identificar algumas das grandes tendências do setor!

Chief Data Officer

Por que não abrir um cargo na empresa que seja inteiramente dedicado ao uso estratégico e ao fortalecimento do Business Intelligence? O Chief Data Officer (ou CDO) é o grande nome para a análise e transformação de dados em estratégias.

Pode valer a pena se os seus profissionais têm espaço para esse desenvolvimento, o que permite a implementação de uma ação de sucesso imediatamente.

Evolução da Internet das Coisas

O BI trouxe uma evolução para o conceito de Internet das Coisas — que sequer foi amplamente difundido ainda: uma espécie de forma de localizar objetos conectáveis e conectados à internet.

Assim, os dados podem ser melhor observados para saber como as pessoas se conectam com esses dispositivos e como fazem uso dessas soluções.

Algo que nos aproxima, mais e mais, de um mundo inteiro de informações cambiáveis, e que podem ser usadas para o contínuo aprimoramento dessa relação entre as pessoas e as novas tecnologias.

Histórias geradas a partir da compilação de dados

O storytelling é um conceito cada vez mais em voga: contar histórias é um meio de convencer, estimular e encorajar as pessoas a fazerem o mesmo. Inspiração por meio de casos reais, por exemplo.

No marketing, muitas pessoas já fazem uso do BI e do storytelling para divulgar os cases corporativos, por exemplo. Portanto, os números de relatórios, sempre tão crus, podem ganhar forma, cor e volume em narrativas funcionais para enriquecer as suas estratégias e agregar resultados ainda mais promissores.

Quer um bom exemplo disso no setor de RH? A gamificação. Temos um texto falando a respeito disso! Aproveite para dar uma conferida depois desta leitura!

Por onde começar?

Agora já não existem mais segredos entre você e o Business Intelligence. Por isso, o próximo passo depende exclusivamente de você!

Quer colocá-lo gradualmente na rotina da sua empresa? Então, comece compartilhando este post nas suas redes sociais, e aproveite para marcar os colegas que vão juntar-se a você nessa empreitada revolucionária para transformar os dados em crescimento para a sua organização!

Fonte:Xerpa

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