Salário emocional: conheça a remuneração que vai além do dinheiro

Salário ou remuneração? Essa é uma discussão cada vez mais comum na rotina corporativa, e que ganhou um grau a mais de importância com a chegada da ideia de um salário focado em satisfação.

Até por isso, temos que perguntar: você sabe o que significa salário emocional?

O conceito vai além da remuneração que o funcionário recebe na sua conta bancária. Tem tudo a ver com a sua satisfação e o bem-estar em trabalhar na empresa, promovendo índices psicológicos, acima de tudo, e não os materiais proporcionados por um salário alto.

Para que você entenda melhor essa ideia, para este artigo vamos abordar os seguintes assuntos:

  • O que significa salário emocional?;
  • Qual é a importância do salário emocional?;
  • Qual é o impacto disso para os funcionários?;
  • Quais são os melhores exemplos de salário emocional?;
  • Quais cuidados devem ser tomados ao considerar o salário emocional?;
  • Como implementar o salário emocional?;
  • Qual é o valor da cultura organizacional na implantação do salário emocional?

Então vamos lá? Siga com esta leitura e entenda como esse conceito pode trazer resultados positivos para toda a organização!

O que significa salário emocional?

Existem muitos elementos importantes no salário para o brasileiro, e a satisfação profissional está entre eles. Ou seja: não basta uma remuneração acima do que é praticada no mercado, é necessário sentir-se bem no ambiente de trabalho também.

Daí, a ideia do salário emocional como um catalisador para concentrar todos esses aspectos. Além do salário, o conceito aborda todas as coisas positivas e não materiais que influenciam a rotina profissional.

É uma nova forma de enxergar as relações trabalhistas, já que esse pensamento é uma maneira de a empresa investir mais no seu capital humano — e pensando além das cifras de um bom pagamento.

Veja também: qual é a diferença entre salário e remuneração?

Qual é a importância do salário emocional?

Hoje em dia, as gerações mais recentes não vivem apenas para trabalhar. Esse modelo de vida tem se equilibrado mais em uma rotina de satisfação (pessoal e profissional) e realizações. Existem exemplos diversos de pessoas que abandonaram seus cargos de gestão e salários elevados para ter mais qualidade de vidano lugar.

Para as empresas, a oportunidade para atrair e reter os talentos têm que passar pelo conhecimento em saber como implementar o salário emocional. Sem isso, dificilmente esse perfil mais jovem vai se identificar com a identidade da empresa e construir uma relação próspera e duradoura.

Especialistas apontam, inclusive, que o salário monetário ainda importa. É a base de muitas decisões profissionais para aceitar ou não uma oportunidade de emprego. Mas ela é uma estrutura frágil se não vier acompanhada de benefícios e elementos emocionais para construir e sustentar a satisfação do funcionário.

Vale até mesmo apontar algo óbvio: nenhum dos exemplos de salário emocional (que falaremos adiante) compensa uma remuneração baixa. São elementos que somam, e não são vistos individualmente.

Faz certo sentido, inclusive, quando pensamos no peso que a rotina corporativa tem em nossas vidas. Em geral, passamos cerca de um terço dela dedicando-se ao trabalho. Por que não, então, combinar a parte econômica com as possibilidades de motivar-se nesse processo?

Qual é o impacto disso para os funcionários?

Para as empresas, talvez tenha ficado claro que, quanto maior a satisfação do colaborador, melhor é o seu desempenho e performance, contribuindo para o crescimento da organização também.

Inclusive, se você duvida dos impactos positivos desse tipo de investimento e estratégia, deixe salva para depois a leitura de nosso artigo que apresenta seis empresas que investem na motivação dos funcionários!

Profissionais felizes são mais produtivos e todo o clima organizacional entra em harmonia. É um ganho em múltiplas proporções para todos.

Agora, falando especificamente desse benefício para os empregados, as recompensas também se acumulam de maneira diversificada, dá só uma olhada:

  • Melhora no bem-estar coletivo;
  • Mais saúde, por meio de ações coletivas que podem inspirar e encorajar o colaborador a assumir hábitos mais saudáveis;
  • Gestão de tempo otimizada, pois as melhores condições de trabalho fazem com que o foco e a concentração sejam maiores;
  • As relações interpessoais são enriquecidas, também, uma vez que existe um equilíbrio entre as expectativas e a resposta dada pela empresa;
  • Mais disciplina e educação, traduzindo-se no esforço dos colaboradores de quererem estar ali e em constante desenvolvimento junto com a organização;
  • Melhora no padrão de vida. Algo que não se restringe, exclusivamente, à remuneração, mas à maneira com a qual os indivíduos passam a enxergar a vida como um todo.

Se existem tantos fatores dignos de menção, vale agora entender quais são alguns exemplos de salário emocional, concorda? É só nos acompanhar ao próximo tópico!

Quais são os melhores exemplos de salário emocional?

A essa altura, você já deve ter percebido que muitos dos atuais benefícios corporativos pensados em bem-estar e qualidade de vida compõem o todo de um bom salário emocional, certo?

Então, dê uma conferida nos aspectos que separamos e consideramos fundamentais para a sua gestão investir e colher resultados frutíferos de crescimento para a empresa, como:

Como resultado desses benefícios, recompensas e estratégias focadas na motivação dos profissionais, o clima organizacional permanece em constante evolução. Afinal de contas, um ambiente propositivo e estimulante é um local saudável, acima de tudo.

E isso atrai pessoas, faz com que elas queiram estar ali e, por fim, desejem contribuir de maneira ativa para os próximos capítulos do desenvolvimento da organização.

Não à toa, o conceito de salário emocional deve ser visto como um investimento, sim, mas cujos resultados têm sido provados desde que a ideia de gestão de pessoas ganhou força entre os especialistas de RH, décadas atrás.

Quais cuidados devem ser tomados ao considerar o salário emocional?

Embora existam relevantes aspectos positivos em saber como implantar o salário emocional, é também importante reconhecer o apelo estratégico da questão.

Ou seja: não basta uma sala de lazer, com mesa de bilhar e videogame, se o ambiente é tóxico e a pressão por resultados é acima de qualquer limite.

Por isso, é importante começar o planejamento por meio do equilíbrio entre a remuneração financeira e as ações focadas no grau de satisfação dos colaboradores. Além disso, a ideia de salário emocional não deve ser a muleta de motivação dos colaboradores, mas uma ferramenta, apenas.

Isso quer dizer que, em vez de pensar aleatoriamente em soluções, considere o perfil dos seus funcionários. Um auxílio-creche de nada adianta se o quadro de colaboradores tem pouquíssimas pessoas que vão aproveitar o benefício.

Portanto, toda ação deve estar alinhada à cultura organizacional. Tem que agregar valor, e não apenas números ou adjetivos que ficam lindos na descrição de uma vaga de emprego, mas que não tem real utilização no dia a dia da empresa.

Como implementar o salário emocional?

A gestão e o setor de RH têm que estar alinhados e em constante diálogo com os funcionários para entender como o salário emocional pode ingressar positivamente na rotina da empresa.

Depois, a condução do processo vai passar por cada gestor, no dia a dia, a fim de alinhar qualquer pendência com os funcionários e avaliar feedbacks das estratégias adotadas.

Mesmo assim, existe um roteiro básico que pode ser seguido para quem vinha se perguntando como implantar o salário emocional. Veja só as nossas dicas, logo a seguir!

Construa uma liderança engajada

De nada adianta a cultura da empresa ser focada na motivação dos funcionários se a gestão não serve como elemento de inspiração e de afirmação desses valores.

Por isso, comece treinando os líderes para que eles absorvam o conceito do salário emocional e realmente acreditem no impacto da estratégia. Assim, as medidas adotadas vão ocorrer com mais naturalidade e eficiência para todos os envolvidos.

Ofereça oportunidades para todos

Não faça esse tipo de estratégia se as soluções vão beneficiar apenas poucas pessoas. As ações têm que elevar a satisfação de todos, do contrário, qual é o sentido nisso?

Integre os departamentos

Para agregar um valor maior no clima organizacional, suas equipes têm que estar integradas. Por meio disso ocorre mais empatia e um enriquecimento nas relações interpessoais.

Complementarmente, por meio de objetivos comuns entre os departamentos é possível construir uma empresa mais forte e unida. Afinal de contas, se a recompensa é a mesma para todos, o esforço coletivo é o grande trunfo para a sua empresa se diferenciar dos concorrentes e, ainda, crescer de maneira sustentável e harmônica para todos.

Analise o perfil dos colaboradores

Já falamos sobre o assunto, mas vale reforçar: a análise do perfil médio dos seus funcionários tem relação direta com as soluções adotadas de salário emocional.

Crie uma cultura de treinamento

Importante, também, que a empresa disponha de uma cultura de avaliações de desempenho, feedback e também de treinamento. Esse tipo de solução, não só desenvolve todos de maneira simultânea, como pode ser pensado para atender às demandas específicas da empresa.

Quanto mais capacitados os seus colaboradores estiverem, melhor para o desenvolvimento da sua marca e também para o crescimento pessoal e profissional deles.

Qual é o valor da cultura organizacional na implantação do salário emocional?

A resposta mais simples para essa questão é: todo valor possível. Afinal de contas, são os pilares institucionais que vão nortear a empresacom respeito às soluções adotadas, e também para que essas mesmas medidas tenham a ver com o perfil dos colaboradores.

O tom adotado para isso também deve ser transparente, objetivo e alinhado aos valores da marca. Do contrário, soam artificiais e pouco eficientes para perdurarem no dia a dia (é o exemplo da sala de lazer se não há tempo para usá-la, por exemplo).

Então, o salário emocional deve sempre estar alinhado aos valores da empresa e dos colaboradores, e pode ser visto como um fator motivacional, e um investimento que vai render resultados em curto, médio e longo prazo.

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Fonte:Xerpa

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