Como ajudar os funcionários a não se endividarem?

Saber como ajudar os funcionários a não se endividarem permite que a organização expulse — ou minimize a presença — o estresse financeiro de sua rotina. Afinal, esse é uma das grandes causas de estresse, no país, e os impactos disso interferem diretamente na performance dos colaboradores. Para tanto, o RH e a gestão podem se unir para garantir algumas medidas eficazes, nesse sentido, como:

  • estabeleça um programa de educação financeira;
  • negocie condições de financiamento com parceiros;
  • avalie as situações individualmente;
  • crie campanhas de hábitos financeiros saudáveis;
  • ofereça um plano de carreira;
  • trabalhe com o salário sob demanda.

Quando quase 85% de milhares de pessoas entrevistadas dizem que têm dificuldades em lidar com dinheiro, você percebe que tem um problema em potencial à frente.

Essa foi, ao menos, uma das conclusões levantadas com a pesquisa da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). É por isso que as empresas têm desempenhado um papel ativo em aprender como ajudar os funcionários a não se endividarem.

Afinal de contas, esse tipo de problema não fica em casa. Ele acompanha as pessoas para o trabalho, para as suas opções de lazer… O tempo inteiro, já que a falta de dinheiro e as dívidas limitam todas as suas decisões.

Vamos ver, então, como as grandes tendências do mercado têm apontado para a empresa, como auxiliar nesse processo? É só seguir com esta leitura, e entender como ajudar os funcionários a não se endividarem!

Quais são as principais causas para o endividamento?

Antes de ajudar os funcionários a não se endividarem, o seu RH deve estar ciente que o problema surge de diferentes maneiras. E, a seguir, vamos falar um pouquinho sobre as principais delas!

Descontrole

Uma pechincha, na vitrine, faz com que a pessoa esqueça o planejamento financeiro. Uma ida ao supermercado, com a lista em mãos, se transforma em uma saga cheia de itens que sequer constavam no seu papelzinho… Quem se identificou com isso pode sofrer com o descontrole de gastos.

E, hoje em dia, esse pode ser um dos grandes problemas para gerar o endividamento — e o estresse financeiro — porque mostra, acima de tudo, a falta de uma educação financeira.

Por meio dela, as pessoas tendem a analisar estrategicamente as suas compras. Não se trata de ser pão-duro, mas de saber o quanto pode ser gasto, ao longo do mês, sem prejudicar toda a sua renda.

Acúmulo de dívidas

Em outras ocasiões, uma dívida puxou a outra, que trouxe mais contas inadimplentes e, quando menos se percebe, a renda mensal não fecha as contas atuais e, tampouco, as atrasadas.

Esse é um dos grandes problemas do país. Inclusive, a média de inadimplentes só tem crescido — a média de dívidas, no país, é de R$ 3.277, por exemplo.

Nessas situações, as pessoas tendem a recorrer ao cartão de crédito (o pagamento mínimo ou parcelado da fatura, por exemplo) ou mesmo ao cheque especial. Situações que, embora pareçam solucionar o problema, em curto prazo, na verdade podem esconder problemáticas maiores para o futuro — é o caso dos elevados juros praticados.

Empréstimos e financiamentos

Complementando a ideia acima, os empréstimos e financiamentos costumam ser solicitados para a aquisição de um bem (como automóvel ou imóvel) e até mesmo para livrar-se de dívidas menores.

Só que, sem planejamento financeiro ou uma reserva que proteja a pessoa contra imprevistos (como uma demissão), esses recursos logo viram dívidas acumuladas, também.

Gastos emergenciais

Por fim, os gastos emergenciais estão entre os grandes causadores do endividamento. É só pensar, por exemplo, em uma situação na qual você achou que poderia poupar um dinheirinho, no fim do mês, mas teve que investir em medicamentos, fraldas ou qualquer outra necessidade imprevista.

Em um mês, isso só impacta o seu planejamento pontualmente. Mas, quando se torna recorrente, é comum que as pessoas percam não apenas os planos para o futuro, mas o ritmo para arcar com as despesas mensais.

Como a empresa pode ajudar os funcionários a não se endividarem?

Nesse sentido, vale destacar o quanto o estresse financeiro abala a saúde das pessoas. E elas levam esses problemas para dentro das empresas. Ficam irritadas, impacientes, desfocadas, improdutivas e desmotivadas — além de outros sintomas comuns ao estresse.

Portanto, a empresa pode ajudar os funcionários a não se endividarem e, com isso, transformar o custo de ações estratégicas em um investimento para obter resultados melhores, além de:

  • mais engajamento e gratidão dos funcionários;
  • maior poder de retenção e atração de talentos;
  • motivação e produtividade, que geram mais lucratividade para a organização;
  • mais reputação para o seu negócio.

Focar no bem-estar financeiro de toda a organização, portanto, faz com que todos os envolvidos sejam beneficiados. E é por isso que, abaixo, vamos mostrar quais ações podem render esse efeito positivo!

Estabeleça um programa de educação financeira

Ao saber quais são os problemas que mais afetam o dia a dia dos seus profissionais, o RH pode promover um programa consistente de educação financeira. Isso pode envolver:

  • workshops;
  • consultorias;
  • simulações;
  • cursos de educação financeira.

Além de palestras e situações que ajudem os colaboradores a enxergarem soluções para o endividamento que tem prejudicado as suas rotinas e hábitos.

Negocie condições de financiamento com parceiros

É inegável que as empresas têm boas relações com as instituições financeiras com as quais elas mantêm suas contas e lidam com os pagamentos dos colaboradores.

Com isso, podem surgir boas oportunidades para ajudar os funcionários a não se endividarem por meio de parcerias. Imagine, por exemplo, facilidades propostas para que os inadimplentes arquem com menos juros, ou possam pagar em mais parcelas (em uma quantia mensal reduzida)?

As soluções são bastante amplas e diversificadas, mas possíveis. Basta entrar em contato com o gerente e avaliar as melhores opções com base no perfil dos seus funcionários que convivem com o endividamento.

Avalie as situações individualmente

Se o problema não é crônico e, tampouco, concentrado em uma só situação que leva ao endividamento, você pode considerar as soluções individualizadas.

Isso pode levar mais tempo e investimento, para ser concretizado, mas é interessante porque estabelece padrões distintos para que a sua empresa lide, diretamente, contra o estresse financeiro em múltiplas frentes.

Crie campanhas de hábitos financeiros saudáveis

Que tal uma dica prática e bastante simples? Distribua, entre os canais de comunicação da empresa, dicas de hábitos financeiros saudáveis, como:

  • alternativas de investimento;
  • estratégias para poupar dinheiro;
  • ações para identificar gastos supérfluos e desnecessários;
  • dicas para equilibrar os custos e a renda mensal.

Assim, ainda que o envolvimento da empresa não seja grande, já tende a despertar o interesse e a educação financeira nos hábitos das pessoas. Muito funcional, inclusive, se pensarmos de maneira preventiva para ajudar os funcionários a não se endividarem, em primeiro lugar.

Ofereça um plano de carreira

Por meio do plano de carreira, a empresa consegue manter os colaboradores motivados e engajados. Uma solução eficiente para que eles encontrem em uma escala hierárquica profissional, a solução para acabar com as dívidas em curto prazo.

Trabalhe com o salário sob demanda

Por fim, a sua empresa pode ajudar os funcionários a não se endividarem dando a eles autonomia e flexibilidade em seus pagamentos.

E, o melhor: sem modificar nada na sua estrutura de pagamentos e de fluxo de caixa!

Por falar nisso, temos um texto muito interessante que fala, justamente, sobre inovação sem impactar diretamente a folha de pagamento Dê uma conferida após esta leitura 🙂

Voltando à solução citada neste tópico, o salário sob demanda é uma alternativa para que os seus profissionais possam solicitar o adiantamento salarial com base nos dias já trabalhados. Quando quiserem, a hora que necessitarem.

Assim, evita-se o uso do cheque especial, por exemplo, e torna o seu funcionário menos dependentes das datas de vencimento dos boletos. Eles se programam conforme as suas necessidades e objetivos, espantando cada vez mais o endividamento de suas rotinas.

Fonte:Xerpa

Posts Relacionados

Deixe um comentário