Como o isolamento social mudou os hábitos de consumo

O isolamento social é uma das principais medidas de combate ao novo coronavírus. Porém, a medida adotada vem mudando os hábitos de consumo da população.

Esse período de isolamento social é importante para evitar uma propagação maior do vírus, uma vez que uma pessoa afetada, mesmo que assintomática, pode contaminar diversas outras.

Além disso, colabora para não sobrecarregar o sistema de saúde das cidades, como no caso da Itália, que demorou a tomar a decisão para o distanciamento.

Porém, tanta gente dentro de casa tem mudado a rotina de consumidor, que tem buscado por novas plataformas capazes de mandar o tédio embora e de otimizar a rotina empresarial.

Vale ressaltar que essas mudanças de comportamento não tem atingido apenas a população, as medidas de combate a pandemia também estão mudando a maneira como as empresas lidam com os consumidores, ainda mais que a busca por serviços online tem aumentado.

Mas afinal de contas, quais os hábitos os hábitos de consumo que já podem ser observados durante o isolamento social?

O mundo corporativo foi obrigado a adotar novas medidas para se manter funcionamento. Sem sair de casa, o trabalho teve que ser realizado em regime “home office”, além disso, reuniões que estavam programadas, necessitam de ser canceladas ou realizadas por meio de videoconferência.

Para os setores que são considerados serviços essenciais, como mercados, padaria, farmácias, postos de combustível, uma das medidas adotadas foi a flexibilização do horário de trabalho, para evitar que o funcionário se locomova durante os horários de pico, evitando a aglomeração nos transportes públicos.

As escolas e universidades também foram obrigadas a aderir à prática do EAD para manter seus alunos com as aulas em dia. Essas aulas são realizadas por meio de plataformas educacionais criadas pela própria instituição, que conta com materiais atualizados e videoaulas.

Como as medidas de prevenção durante a pandemia incluem evitar lugares aglomerados e contato com outras pessoas, muitos eventos tiveram que ser cancelados ou remanejados. Dessa forma, a melhor maneira de realizá-los foi por meio de alternativas que suprissem a comunicação, tanto de empresas, quanto de artistas e do próprio consumidor.

Uma das maneiras adaptadas foi com o uso da internet, ou seja, com todo mundo em casa, até quem não é muito adepto da tecnologia acabou se rendendo a ela. Com isso, a internet no Brasil acabou batendo seu recorde histórico: foram consumidos 10 terabits por segundo.

Provavelmente, as transmissões de eventos ao vivo foi uma das mudanças mais fáceis de serem notadas, tanto na barra superior das redes sociais, quanto nos trending topics do twitter. Além disso, as redes sociais estão bombando de comentários sobre as famosas lives dos artistas.

Como as apresentações tiveram que ser canceladas, os artistas aderiram as lives como forma de manter contato com os fãs. No dia 11 de abril, uma live realizada pelo Gusttavo Lima teve 750 mil acessos, ultrapassando a cantora pop Beyoncé, que teve audiência de 450 mil na exibição do seu show no festival Coachella em 2018.

Depois dessa live, muitas outras aconteceram, Jorge e Mateus alcançou o pico de 3,1 milhões de acessos, perdeu para a cantora Marília Mendonça, com 3,2 milhões, mas é claro que até a leitura deste texto muitas outras apresentações aconteceram e provavelmente já bateram esse recorde.

Os serviços de streaming também tiveram grande número de acessos, por conta da pandemia e com as pessoas mais tempo em casa, assistir um filminho ou maratonar a série preferida é uma ótima opção para passar o tédio e evitar os riscos de contaminação.

Outro fator importante foi o aumento do consumo com e-commerce e aplicativos de entrega de comida. Como medida para evitar a contaminação por conta da pandemia, o consumidor buscou alternativas seguras de garantir que suas compras estejam em dia.

Segundos dados da Compre&Confie, o e-commerce registrou um crescimento significativo durante o primeiro trimestre deste ano. O número de compras online, teve um salto de 49,8 milhões, 32% a mais que no ano passado.

O aumento das compras online também acabou afetando positivamente as empresas de entregas, que foram obrigadas a contratar mais motoristas e beneficiou o crescimento de startups na área.

Porém, entre todos esses benefícios e mudanças, a preocupação que fica é com o meio ambiente. Com a maior parte das pessoas em casa, é necessário atenção aos desperdícios.

Por conta da intensificação nos hábitos de limpeza, o consumo de água pode acabar sendo mais alto que o habitual. Tomar banhos mais rápidos e fechar a torneira ao escovar os dentes são cuidados que podem ser tomados para evitar o desperdício o valor alto no final do mês.

Em compensação, o consumo de energia elétrica caiu, com a paralisação das indústrias e do comércio, a CCEE (Câmara Comercializadora de Energia Elétrica) apontou uma queda de 10% após as medidas do isolamento.

Essa queda foi maior dentro dos horários comerciais, quando as lojas e as indústrias estão em funcionamento. Porém, para as residências, ainda vale tomar as providências para evitar um gasto maior na conta de luz.

Evitar o uso excessivo de ar condicionado e aquecedor sem a necessidade, tomar banhos mais rápidos, evitar deixar as luzes acesas e manter TVs e computadores ligados apenas quando está sendo usado, são algumas medidas de economia para não receber uma surpresa no final do mês.

Com todas essas mudanças, já podemos perceber que os hábitos estão sendo modificados devido às formas de combate ao Covid-19, podendo gerar práticas diferenciadas no futuro, tanto na forma de convívio social, quanto de consumo.

Se os novos hábitos vão se manter, ainda não sabemos. Mas já observamos que essas modificações de rotina podem ser benéficas, otimizando não apenas a compra de mantimentos, mas também a própria substituição das fontes de lazer.

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