Ibovespa Futuro sobe com investidores atentos a eleição para o Senado dos EUA na Georgia; dólar estende ganhos

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta terça-feira (5) com os investidores atentos às eleições para o Senado americano no estado da Georgia. O resultado é fundamental para saber se o partido Republicano continuará a deter o controle do Senado agora que os democratas confirmaram a presidência da Câmara.

A Georgia é alvo de polêmica desde o fim de semana, quando o presidente americano Donald Trump pediu recontagem de votos de última hora para oficiais eleitorais do estado alegando sem provas que derrotou o presidente eleito Joe Biden naquele distrito eleitoral.

Vale lembrar que nos EUA o vice-presidente tem voto de minerva, ou seja, no caso de empates, é ele quem define votações. Portanto, se os democratas obtiverem as duas vagas em disputa na Geórgia, Kamala Harris poderia resolver votações a favor dos democratas. Porém, se os republicanos vencerem uma ou duas das disputas no estado, consolidariam sua maioria no Senado. “Um Congresso dividido dificultaria o andamento de pautas mais arrojadas do Executivo. Em vista disso, mercados tendem a se favorecer com uma vitória republicana no Senado”, aponta a equipe de análise da XP Política.

Contudo, o noticiário sobre o coronavírus segue trazendo alguma pressão vendedora. Ontem, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou um novo lockdown na Inglaterra para conter a proliferação da nova cepa do vírus, que é mais contagiosa.

Também na véspera, o país iniciou a vacinação com o imunizante desenvolvido pela parceria entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, que se junta ao produto desenvolvido pela parceria entre Pfizer e BioNTech.

Espera-se que a Alemanha também anuncie a extensão das medidas de lockdown nesta terça. As restrições atuais incluem o fechamento de escolas, lojas de roupas e restaurantes, e devem continuar a ser implementadas ao menos até o final de janeiro, segundo informações divulgadas pela imprensa.

O país atingiu o seu recorde de novos casos de Covid no dia 30 de dezembro, 49.044. O recorde de mortes foi registrado em 29 de dezembro, 1.122.

Às 9h09 (horário de Brasília), o contrato futuro com vencimento em fevereiro de 2021 subia 0,22%, a 118.915 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial tem alta de 0,23%, a R$ 5,2794 na compra e R$ 5,2804 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em fevereiro cai 0,33%, a R$ 5,284.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 opera estável a 2,82%, DI para janeiro de 2023 recua dois pontos-base a 4,16%, DI para janeiro de 2025 registra variação negativa de dois pontos-base a 5,64% e DI para janeiro de 2027 cai dois pontos-base a 6,38%.

Voltando ao exterior, a pandemia também se acelera nos EUA. O país registrou no dia 2 de janeiro 291.384 novos casos de Covid, seu recorde. O recorde de mortes foi registrado no dia 30 de dezembro, 3.808.

As bolsas asiáticas têm em sua maioria altas, apesar de o noticiário sobre o avanço da Covid também marcar a região. O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, anunciou que o governo considera declarar um estado de emergência para impedir a propagação do coronavírus, especialmente em Tóquio.

O país registrou seu recorde de novos casos de Covid no dia 31 de dezembro, 4.540. O recorde de mortes em um único dia ocorreu em 23 de dezembro, 64.

Vacinação no Brasil

O consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias estaduais de Saúde no Brasil divulgou, às 20h de segunda (4), o avanço da pandemia em 24h no país.

A média móvel de casos confirmados em 7 dias foi de 35.381, queda de 28% frente o período encerrado 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 22.489 casos. A média móvel de mortes em 7 dias foi de 707. Com isso, houve queda de 9% frente a média móvel do período encerrado 14 dias antes. Em apenas um dia foram registradas 562 mortes por covid.

Na segunda, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou os dois primeiros casos de contaminação no estado com a nova variante do coronavírus, a mesma que foi identificada no Reino Unido e é apontada como um dos fatores a contribuírem para a aceleração da pandemia no país. O estado tem 62% dos leitos de UTI ocupados, e espera um pico de novas internações em 15 dias, como resultado de viagens e encontros das festas de final de ano.

Além disso, reportagem publicada na segunda pelo jornal Folha de São Paulo afirma que o governo brasileiro está utilizando de diplomacia para buscar garantir a importação da Índia de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford, que é produzida no país asiático pelo Serum Institute.

Isso porque, no domingo (3), o CEO do instituto, Adar Poonawalla, disse à agência internacional de notícias Associated Press que o governo do país não permitirá a exportação nos próximos meses das doses da vacina que produzirá, colocando em risco os planos do governo brasileiro para o imunizante.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) testa o produto no Brasil, mas ainda não iniciou sua produção, nem ao menos com insumos importados. Por isso, foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a importá-lo da Índia, o que permitiria ao governo federal iniciar a vacinação no país mais rapidamente.

Também na segunda, a Anvisa pediu mais dados da Fiocruz (Fundação para autorizar o uso emergencial da mesma vacina.
A agência alega que precisa avaliar a comparabilidade entre a vacina produzida no Reino Unido, que está sendo testada no Brasil pela Fiocruz, e a vacina fabricada na Índia.

“Para a autorização, a agência precisa avaliar os estudos de comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle. Ou seja, é necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados”, afirmou.

Disputa pela Câmara

Partidos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciaram na segunda apoio à candidatura do deputado federal e presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), na disputa para presidente da Câmara dos Deputados, em eleição prevista para ocorrer no início de fevereiro. O movimento já vinha sendo antecipado pelos partidos.

PT, PDT, PSB, PCdoB e Rede divulgaram nota conjunta em que listam compromissos e objetivos em comum com Rossi, “além de derrotar Bolsonaro e sua pretensão de controlar o Congresso”. Bolsonaro já anunciou apoio público à candidatura do deputado Arthur Lira (PP), líder do bloco conhecido como centrão, para a sucessão da Câmara.

“A eleição para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ocorre em meio a uma profunda crise social, econômica, política e de saúde pública no Brasil, agravada por um governo federal insensível ao sofrimento do povo, irresponsável diante da pandemia e chefiado por um presidente da República que ao longo de sua trajetória sempre se colocou contra a democracia”, diz a nota dos partidos de oposição. Entre os objetivos traçados estão defender a Constituição, proteger a democracia e as instituições do país e garantir a independência do Poder Legislativo.

“Nós, dos partidos de oposição, temos a responsabilidade de combater, dentro e fora do Parlamento, as políticas antidemocráticas, neoliberais, de desmonte do Estado e da economia brasileira”, afirmam as legendas de oposição. Também de oposição, o PSOL não assinou o documento.

Pouco antes da divulgação da nota conjunta dos cinco partidos, o PT, dono da maior bancada da Câmara com 52 deputados, havia anunciado sua posição. Além dos partidos de oposição, Baleia Rossi conta com o apoio do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de outras legendas, como DEM e PSDB, na disputa contra Lira.

Com o apoio obtido até o momento, Maia tem, em tese, número suficiente de votos para fazer seu sucessor. Mas, como o voto é secreto, é possível que políticos votem contrariamente à orientação de suas siglas em troca de verbas e cargos sob controle do governo, por exemplo. Isso poderia abrir espaço para a eleição do candidato apoiado por Bolsonaro.

Radar corporativo

A Klabin informou que seus acionistas aprovaram em assembleia extraordinária a incorporação da Riohold Papel e Celulose. Ao convocar a assembleia, em novembro, a companhia afirmara que o objetivo da incorporação era fazer a integração plena das Unidades de Paulínia, Suzano, Franco da Rocha, Rio Verde e Manaus, compradas da International Paper, aos seus sistemas, além de racionalizar a estrutura societária.

O Credit Suisse reduziu a recomendação para os ativos da Sanepar para underperform (desempenho abaixo da média do mercado).

A Petrobras informou que um tribunal arbitral com sede em Nova York emitiu sentença contra a companhia em arbitragem iniciada pela Iesa Óleo e Gás, o que levará a uma provisão no resultado do quarto trimestre de 2020. Em comunicado, a Petrobras disse que a sentença determinou que sua subsidiária Petrobras Netherlands deverá pagar cerca de US$ 37 milhões e mais juros, enquanto a subsidiária Tupi B.V deverá pagar cerca de US$ 33 milhões e mais juros.

A China suspendeu as importações provenientes de uma fábrica de carne suína operada pela Aurora Alimentos por preocupações relativas ao coronavírus, informou a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) na segunda. O Ministério da Agricultura confirmou que foi informado pelas autoridades chinesas, no dia 28 de dezembro.

A GNA (Gás Natural Açu), joint venture formada por BP, Siemens e Prumo Logística, recebeu a primeira carga de gás natural liquefeito em seu terminal de regaseificação no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, informou a companhia na segunda.

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Fonte: IR sem erro

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