PLR significa Participação nos Lucros e Resultados de uma empresa. É bem provável que você já tenha se deparado com esse benefício em alguma vaga de emprego!
É um modelo de remuneração que se baseia na divisão dos lucros de uma organização com seus colaboradores, mas não deve ser confundida com salário. Isso significa que os funcionários têm direito a receber uma quantia extra, caso atinjam metas específicas.
Será que é vantajoso oferecer PLR na empresa? E para os funcionários, o que isso implica? Nesse post, vamos mostrar:
- Quem tem direito a PLR;
- O que a lei diz sobre o assunto;
- Como funciona o pagamento de PLR.
Acompanhe!
O que é PLR?
Esse benefício chamado Participação nos Lucros e Resultados implica numa remuneração extra, cujo valor e frequência depende dos resultados financeiros da empresa.
Nem todas as organizações dão esse tipo de programa, mas saiba que ao adotá-lo a empresa precisa ofertar a todos, sem distinção. O que não é fixo é o valor da bonificação, que varia de acordo com o cargo, produtividade e as metas atingidas do trabalhador.
Sendo assim, o benefício PLR não é uma obrigação nem tem valor definido.
Uma das vantagens de adotar a PLR na empresa é oferecer um incentivo a mais para seus colaboradores. Considerando que é uma remuneração variável, pode acontecer tanto mensalmente quanto anualmente. Por isso, é essencial que o empregador alinhe as expectativas com seus empregados.
No próximo tópico, você vai entender o que a legislação diz sobre o assunto e o funcionamento detalhado do programa!
O que a lei diz sobre o assunto?
As regras da PLR estão descritas na Lei nº 10.101, que diz o seguinte:
Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições:
I – índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;
II – programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.
Isso significa que a bonificação da PLR só acontece quando o colaborador atinge um resultado específico ou algum índice mínimo de produtividade. Sendo assim, trata-se de uma estratégia interessante para as empresas que buscam incentivar seus colaboradores a atingirem metas.
Outra vantagem para as empresas é que não há recolhimento de encargos trabalhistas sobre a PLR. Entretanto, a tributação permanece para o trabalhador, podendo variar de 7,5% a 27,5%.
Mas na prática, como funciona o pagamento da PLR? O que as empresas precisam estabelecer?
Planejando a empresa para oferecer PLR
Cada organização é livre para decidir sobre o funcionamento da PLR, desde que siga a lei e haja uma negociação clara e transparente com os colaboradores.
Existem basicamente 2 formas. A primeira é estabelecer metas a serem atingidas coletivamente até o final do ano. O resultado final é dividido em percentuais para cada pessoa. Se a meta não for alcançada, ninguém recebe o bônus.
Outro caminho é a criação de metas individuais de acordo com a função exercida. Aqui os gestores acompanham indicadores para mensurar o desempenho de cada colaborador.
Fique atento, pois existem exceções quanto ao recebimento de PLR:
- apenas funcionários registrados em carteira recebem PLR. Servidores públicos não têm direito ao benefício;
- em caso de demissão, o trabalhador poderá receber o benefício de forma proporcional, seguindo os meses trabalhados;
- em caso de afastamento por acidente, doença ou licença maternidade o funcionário também não recebe PLR. Isso porque entende-se que ele não contribuiu para os lucros da empresa.
Outro alerta é de que a PLR pode ser cortada ou suspensa caso as metas não sejam atingidas. Como está relacionada com a lucratividade da empresa, se não há lucro não há o que pagar.
Por fim, a lei não estabelece uma data fixa para o pagamento de PLR. A única convenção é de que o valor seja pago em mais de duas parcelas.
Em resumo, as empresas não são obrigadas a pagar PLR e existem casos específicos em que ela pode ser cancelada.
Vale a pena incluir PLR na folha de pagamento?
Como já dissemos, uma das principais vantagens da PLR é incentivar os colaboradores sem precisar arcar com encargos trabalhistas extras.
Se o profissional conhece o funcionamento do programa, passa a ter uma opção a mais para aumentar a renda. Nesse sentido, a PLR também contribui para o fortalecimento da cultura organizacional.
Mas é importante considerar também os pontos negativos. Cabe aos líderes e gestores avaliarem se o programa faz realmente sentido para o seu modelo de negócio.
A PLR pode favorecer um clima de rivalidade dentro do ambiente de trabalho, além de estimular a sobrecarga de trabalho. Por isso, é preciso se atentar para que os funcionários sejam recompensados a curto prazo, seja com elogios, cursos, treinamentos e outros tipos de premiação.
Lembre-se que o trabalhador precisa visualizar os resultados da sua dedicação ao longo do ano! Só assim as empresas conseguem manter motivação, engajamento e produtividade em um nível saudável.
Oferecer um programa de Participação nos Lucros e Resultados pode sim trazer diversas vantagens à sua empresa, como:
- aumentar a motivação dos colaboradores;
- elevar os resultados gerais do negócio;
- interesse maior no desenvolvimento do colaborador como profissional;
- fortalecimento do vínculo entre empresa e funcionário;
- maior comprometimento na realização de metas;
- melhora na retenção e atração de talentos;
- valores isentos de encargos trabalhistas.
A PLR pode se ajustar às estratégias e necessidades da sua organização. Por isso, é fundamental avaliar cuidadosamente o seu modelo de negócio, expectativas, perfil de colaborador e leis envolvidas.
Agora que você já sabe o que significa PLR, consegue avaliar se vale a pena! Seja como benefício a ser oferecido na empresa ou na hora de determinar se aquela vaga de emprego é compatível com o seu perfil.