Fonte de energia eólica é a que mais cresce no país

O Brasil já conta com 16 GW de fonte eólica instalada. Até 2024, a previsão é que o número alcance a marca de 24,4 GW, incluindo os leilões já que já foram efetuados e contratos assinados no mercado livre. O boletim Infovento de 2019, feito pela Associação Brasileira de Energia Eólica, mostrou que no último ano foram gerados 55,9 TWh e 9,7% de toda geração injetada no Sistema Interligado Nacional veio da fonte, que desde de 2011 já somou R$ 31,3 bilhões em investimentos. Ao todo, são 637 parques distribuídos em 12 estados, completando 7.738 aerogeradores em funcionamento.

Recentemente, através de uma videoconferência, a presidente executiva da Abeeólica, Élbia Gannoum, ostentou que a fonte representa 9,3% da matriz elétrica do país, ficando atrás somente da hidrelétrica, com 59,6%. Gannoum também revelou que em 2019, a fonte eólica teve um crescimento de 15,5%, sendo que toda às fontes do Sistema Interligado Nacional teve um crescimento de 1,5%.

Dos 24,4 GW projetados para 2024, 82,2 GW deles serão designados ao ACL. Em 2018, foram contratados 1,9 GW para o mercado livre, enquanto em 2019 cresceu para 2,9 GW, suplantando o mercado regulado, que cresceu 1,8 GW.

Élbia Gannoum acredita em um forte movimento para o ACL ainda em 2020, já que provavelmente não haverá leilão esse ano. “A energia eólica tem um grande potencial no mercado livre”, revela. A respeito dos impactos causados pela pandemia no setor, a executiva acredita que investimentos nas fontes alternativas são essenciais para a retomada da economia. Em 2019, o fator de capacidade no país ficou em 42,7%.

Ben Backwell, CEO do Global Wind Energy Council, revelou que 2020 seria um ano recorde para a indústria eólica, com mais de 76 GW que seriam instalados. Porém, com a pandemia, a expectativa mundial foi reduzida para 61,34 GW. “Esses projetos não vão desaparecer, vão passar para 2021”, comenta.

O CEO da PSR, Luís Augusto Barroso, que também marcou presença na videoconferência, revelou que com a expansão do ACL, o ambiente regulado vai ter a participação cada vez mais reduzida. Para ele, os impactos do preço horário e o fim dos subsídios são essenciais para a eólica no país.

Fonte: Canal Energia

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