Pandemia faz crescer a procura por planejamento sucessório

Com os efeitos da pandemia, acontece uma corrida do setor empresarial para a reinvenção dos negócios e movimentos para novos projetos e perspectivas. Com isso, nota-se o aumento elevado de procura de empresas familiares para um planejamento sucessórios de seus negócios.

De acordo com informações levantadas pelo Sebrae e IBGE, essas empresas representam aproximadamente 90% dos empreendimentos no país, correspondendo a 75% da força de trabalho, percebem a necessidade de profissionalizar a gestão, a adaptação à nova tecnologias, sobre a as divergências entre as gerações e, especialmente, a administração do negócio.

Esse aumento da procura pelo planejamento sucessório, que é um instrumento jurídico que congrega várias áreas do direito, com o objetivo de desenhar uma estrutura societária capaz de assegurar a sustentabilidade, perenidade e solidez do negócio, também é percebido em curva crescente no Distrito Federal. Empresários que chegaram no início da nova capital e que hoje ainda estão à frente de suas empresas, começaram a pensar na reestruturação e no destino de seus negócios familiares.

Nessa procura por ajuda especializada, empresários preocupados com a sucessão de seus negócios, apresentam indagações de forma quase uniforme: como os filhos tocarão os negócios? Como continuar no controle? Como dividir e reestruturar sem conflitos? E o nome consolidado da empresa? E a tributação? É possível uma reorganização societária? E a participação dos filhos que estão fora da atividade? Como lidar com as inovações e desafios impostos pela pandemia?

Essas indagações refletem no direito de família, no direito sucessório, no direito societário e no direito tributário. Isso porque, fazendas, hospitais, shoppings, faculdades, escolas, redes de supermercados, drogarias e construtoras têm sido atingidas pelas consequências humanas e econômicas impostas pela pandemia de Covid-19.

Nesse novo e preocupante contexto, além das vantagens jurídicas e econômicas, como redução de custos, o planejamento sucessório traz transparência, segurança e confiança para a atividade empresarial familiar. É essencial para assegurar a continuidade dos negócios por mais de uma geração. Empresas familiares, em muitos casos, perdem a continuidade nas gerações seguintes por falta de um planejamento próprio, que tem se acentuado, inclusive, diante dos desafios impostos pela pandemia.

A arquitetura jurídica dos inventários, em muitos casos, mostra um retrato de conflito, de falta de transparência, de ineficiência e do esquecimento das tradições e valores familiares, que é fundante para uma empresa com essa característica.

Esse planejamento, como o próprio nome revela, requer, contudo, tempo e preparação. Como todo planejamento, necessita de estudos, reuniões, mediações, encontros e, em especial, transparência entre os membros familiares. Um processo dessa natureza requer, de um lado, maturação e visão de negócio e, do outro, experiência na condução jurídica do assunto. O planejamento sucessório, ao contrário de conflitos judiciais infindáveis, revela um novo olhar para a concretização do direito no âmbito empresarial e familiar. Com isso, preservam-se não apenas empregos e negócios, mas também a integridade dos núcleos familiares.

Fonte: Metrópoles

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